Escriptvs

Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

21/06/2025

Racismo antibranco



«A cultura mista é a grande farsa do nosso tempo. É celebrada nos televisores, ensinada nas escolas, invocada como um feitiço moral. Mas, na vida quotidiana, ninguém acredita nela, muito menos aqueles que a erigiram em dogma. Os apóstolos mais fervorosos da coexistência são também os defensores de um distanciamento social que não ousa chamar-se assim. A diversidade é pregada com a mão esquerda e evitada com a direita na escolha da escola dos filhos ou na assinatura do contrato de arrendamento da casa de família. A atribuição de vagas escolares torna-se uma estratégia de evasão reservada aos iniciados. Quem conhece o sistema — e como contorná-lo — melhor do que os progressistas? Na prática, a cultura mista não se sustenta na realidade. O multiculturalismo pode ser vivido, na melhor das hipóteses, como uma experiência musical, gastronómica ou turística, mas nunca como um quotidiano partilhado. Trocam-se receitas orientais, publicam-se selfies num concerto de rap, elogia-se a crioulização nas redes sociais, mas, fora isso, vivemos entre os nossos. A fronteira está em todo o lado: uma rua, uma estação de metro, o preço do metro quadrado. De um lado, os progressistas chiques; do outro, Paristambul; entre os dois, não há sequer cinquenta ou cem metros de distância. As segregações são invisíveis, mas prevalecem em todas as decisões decisivas: habitação, trabalho, educação dos filhos. O universalismo republicano nunca funcionou, ou melhor, só funcionou quando se tratou de assimilar iguais: italianos, espanhóis, portugueses.
[...]
O racismo anti-branco não caiu do céu. É o subproduto direto de um desequilíbrio demográfico sem precedentes, o resultado de uma imigração contínua e maciça que transforma maiorias em minorias no seu próprio território, bairro após bairro, escola após escola. Enquanto houver recusa em conter os fluxos migratórios, o racismo anti-branco continuará a prosperar. Isto não é um acidente; é o sintoma de uma sociedade fragmentada e fracturada, empenhada numa guerra de todos contra todos, onde a maioria de ontem se tornou um pária. O que é o multiculturalismo? Uma sociedade sem coerência, sem um projeto comum, sem futuro — por outras palavras, a própria ausência de sociedade. É como dizer que vivemos num barril de pólvora. Enquanto nos recusarmos a enfrentar a questão da migração, o tabu permanecerá. Porque quebrá-lo significa reabrir o arquivo sobre a imigração em massa que serviu de espinha dorsal às nossas elites durante quarenta anos.
[...]
Precisamos de sair do pensamento vitimista, que reduz o racismo anti-branco a uma vingança histórica contra a escravatura ou a colonização. Esta estrutura interpretativa, disseminada pelo discurso da descolonização, é um engano intelectual. Os testemunhos de racismo anti-branco que recolhi demonstram isso mesmo. Manifesta-se nas ruas, nas escolas, nos estádios, sem que a vítima tenha provocado nada. É gratuito, impulsivo, bestial. A verdadeira força motriz deste ódio não é o passado ou a passividade do passado, é o ressentimento. Nietzsche disse tudo sobre este assunto. O ressentimento é a paixão das almas mal-nascidas. É um ódio impregnado de fracasso, dirigido contra aqueles que são percebidos como superiores, não porque o sejam necessariamente, mas porque encarnam uma imagem invejada que não ousamos reconhecer. O ressentimento deseja o que odeia e odeia o que deseja. É a triste paixão das sociedades multiculturais. Nasce da comparação. Não é alimentada pela colonização — tudo isso já está morto —, mas pelo insucesso, aqui e agora, a começar pelo insucesso escolar. Deste fracasso, nos primeiros anos, surge uma raiva que só encontra vazão na violência racial gratuita.»

* * * * *

«La mezcla es la gran farsa de nuestra época. Se celebra en los platós de televisión, se enseña en las escuelas, se invoca como un conjuro moral. Pero en la vida cotidiana, nadie cree en ella, y menos aún quienes la han erigido en dogma. Los apóstoles más fervientes de la convivencia son también los defensores de un distanciamiento social que no se atreve a llamarse así. Se predica la diversidad con la mano izquierda y se elude con la derecha a la hora de elegir la escuela de los hijos o firmar el contrato de alquiler de la vivienda familiar. La asignación de plazas escolares se convierte en una estrategia de evasión reservada a los iniciados. ¿Quién conoce mejor el sistema —y cómo sortearlo— que los progresistas? Sobre el terreno, la mezcla no resiste frente a la realidad. El multiculturalismo puede vivirse, como mucho, como una experiencia musical, gastronómica o turística, pero nunca como una vida cotidiana compartida. Se intercambian recetas orientales, se publican selfies en un concierto de rap, se alaba la criollización en las redes sociales, pero por lo demás se vive entre los nuestros. La frontera está en todas partes: una calle, una estación de metro, el precio del metro cuadrado. A un lado, la pijoprogresía; al otro, Paristanbul; entre ambos, ni siquiera cincuenta o cien metros de distancia. Las segregaciones son invisibles, pero se imponen en todas las decisiones determinantes: la vivienda, el trabajo, la escolarización de los hijos. El universalismo republicano nunca ha funcionado, o más bien, solo ha funcionado cuando se trataba de asimilar a los iguales, a los italianos, a los españoles, a los portugueses.
[...]
El racismo antiblanco no ha caído del cielo. Es el subproducto directo de un desequilibrio demográfico sin precedentes, resultado de una inmigración masiva y continua que transforma a las mayorías en minorías en su propio territorio, barrio tras barrio, escuela tras escuela. Mientras se siga negando a poner freno a los flujos migratorios, el racismo contra los blancos seguirá prosperando. No es un accidente, es el síntoma de una sociedad fragmentada, fracturada, entregada a una guerra de todos contra todos, donde la mayoría de ayer se ha convertido en un paria. ¿Qué es el multiculturalismo? Una sociedad sin coherencia, sin proyecto común, sin futuro, es decir, la ausencia misma de sociedad. Es como decir que vivimos en un polvorín. Mientras nos neguemos a afrontar la cuestión migratoria, el tabú se mantendrá. Porque romperlo es reabrir el expediente de la inmigración masiva que ha servido de columna vertebral a nuestras élites durante cuarenta años.
[...]
Hay que salir del pensamiento victimista, que reduce el racismo antiblanco a una venganza histórica contra la esclavitud o la colonización. Este esquema interpretativo, difundido por el discurso de la descolonización, es un engaño intelectual. Los testimonios de racismo contra los blancos que he recopilado lo demuestran. Se manifiesta en la calle, en las escuelas, en los estadios, sin que la víctima haya provocado nada. Es gratuito, impulsivo, bestial. El verdadero motor de este odio no es el pasado ni el pasivo del pasado, es el resentimiento. Nietzsche lo dijo todo al respecto. El resentimiento es la pasión de las almas mal nacidas. Es un odio macerado en el fracaso, que se dirige contra aquellos que se perciben como superiores, no porque lo sean necesariamente, sino porque encarnan una imagen envidiada que no nos atrevemos a reconocer. El resentimiento desea lo que odia y odia lo que desea. Es la triste pasión de las sociedades multiculturales. Nace de la comparación. No se alimenta de la colonización —todo eso ya ha muerto—, sino del fracaso, aquí y ahora, empezando por el fracaso escolar. De este fracaso nace en los primeros años una rabia que sólo encuentra salida en la violencia racial gratuita.» [artigo integral]

21/05/2025

Vigarice na Roménia / Estafa en Rumania


«Também na Roménia houve uma segunda volta nas eleições neste domingo [18 de Maio]. Mas não, foi a quarta, de facto, depois que as autoridades romenas, ajoelhadas diante das autoridades de Bruxelas, anularam há alguns meses a primeira volta vencida por Calin Georgescu, o candidato nacional-soberanista da AUR (Aliança para a Unidade Romena). Ao mesmo tempo, elas cancelaram, cheias de medo, a segunda volta, em que as sondagens deram a Georgescu uma grande maioria, enquanto o proibiam de concorrer à terceira volta, que ocorreu há quinze dias. Aquele que então ganhou foi George Simioni, o segundo de Geprgescu, e o fez com nada menos que 20 pontos de distância (algo nunca visto em nenhum lugar) em relação a Nicusor Dan, o candidato da oligarquia liberal e pró-Bruxelas. Não chegou, é verdade, à maioria absoluta, razão pela qual ontem a quarta volta do que alguns chamam farsa democrática foram celebradas. Com uma diferença esmagadora de 20 pontos alcançada na terceira ronda (15 dias atrás) e permanecendo com 5 pontos de diferença ao longo da campanha, a vitória do iliberal foi dada como certa.

Mas...

O que são as coisas! Veja-se: o que foram 5 pontos acima em toda a campanha, no dia da eleição, zás!, de uma assentada converte-se em 8 pontos abaixo.

Com 54% dos votos frente aos 46% de George Simioni, o candidato de Bruxelas abancou-se, diante do espanto geral, com a cobiçada presidência da República. Ao mesmo tempo, um cheiro pestilento a golpe, acompanhado de múltiplas alegações de irregularidades flagrantes, invadia todo o país.»

* * * * *

«También en Rumania había este domingo segunda vuelta electoral. Pero no, era la cuarta, en realidad, después de que las autoridades rumanas, arrodillándose ante las instancias de Bruselas, hubiesen anulado hace algunos meses la primera vuelta ganada por Calin Georgescu, el candidato nacional-soberanista de AUR (Alianza para la Unidad de los Rumanos). Al mismo tiempo, cancelaban, llenos de miedo, la segunda vuelta, en la que los sondeos daban a Georgescu una amplia mayoría, al tiempo que le prohibían presentarse a la tercera vuelta, que tuvo lugar hacer quince días. Quien entonces gano fue George Simioni, el segundo de Geprgescu, y lo hizo con nada menos que con 20 puntos de diferencia (¡algo nunca visto en sitio alguno!) respecto a Nicusor Dan, el candidato de la oligarquía liberal y pro-Bruselas. No alcanzó, es cierto, a la mayoría absoluta, razón por la cual se celebraba ayer la cuarta vuelta de lo que algunos tilden quizás de la farsa democrática. Con una aplastante diferencia de 20 puntos alcanzados en la tercera vuelta (la de hace 15 días) y manteniéndose con 5 puntos de diferencia a lo largo de toda la campaña, la victoria del candidato i-liberal se daba por descontada.

Pero…

Lo que son las cosas. Mire usted por dónde, lo que eran 5 puntos por encima dur toda la campaña, va, llega el día de las elecciones y, ¡zas!, de golpe y porrazo se convierte en 8 puntos por debajo.

Con un 54% de los votos frente al 46% de George Simioni, el candidato de Bruselas se ha hecho, ante el asombro general, con la codiciada presidencia de la República. Al mismo tiempo, un pestilente olor a puchero, acompañado de múltiples denuncias de flagrantes irregularidades, invadía todo el país.» [artigo integral]

05/09/2024

Uma aliança para derrotar os liberais | Una alianza para derrotar a los liberales


«Há excelentes representantes da direita e um bom número de pessoas honestas na esquerda ocidental. Alternativa para a Alemanha (AfD) é um grande movimento de direita e Sarah Wagenknecht é uma grande pessoa de esquerda. Nos EUA podemos encontrar Trump e Vance (à direita), mas também Tulsi Gabbard e Kennedy (à esquerda). E o mesmo se aplica a outros locais. No entanto, também existem globalistas de esquerda corruptos como Mélenchon, que salvam sempre liberais como Macron quando este é ameaçado pelas ofensivas populistas de Marine Le Pen. Há também radicais europeus de extrema-direita que lutam ao lado dos nazis de Azov contra a Rússia, ignorando ao mesmo tempo o facto de Zelensky ser um palhaço liberal, judeu, toxicodependente e perverso. Tal direita não passa de uma matilha ao serviço do liberalismo da OTAN.

Entre nós acontece o mesmo: há patriotas de direita, ortodoxos, monárquicos e até (Deus me perdoe, não conheço outro nome) “nacionalistas russos” que lutam na frente pelo nosso país. Há também patriotas de esquerda de coração que, para nós, são os heróis da Operação Militar Especial. No entanto, há escumalha russa que ataca Putin pela direita e a Ilyin pela esquerda. Acontece o mesmo em todo o lado.

Os termos direita e esquerda, portanto, podem já não ser tão úteis como anteriormente para compreender o mundo, mas… isto não se aplica aos liberais. Os bons liberais simplesmente não existem. Todos os liberais estão do lado do Governo Mundial e da hegemonia ocidental. Qualquer pessoa que esteja do lado destes poderes é um inimigo tanto da direita como da esquerda, porque o capitalismo é puro mal e deve ser demolido simultaneamente a partir das posições da direita e da esquerda.

Liberais como Soros, por outro lado, manipulam os preconceitos da “direita” e a corrupção dentro da “esquerda” em seu benefício. Para os derrotar precisamos de uma aliança entre a direita e a esquerda contra os liberais: é um imperativo que devemos aplicar tanto na Rússia como em todo o lado.

A verdadeira direita e a verdadeira esquerda representam o povo, enquanto os liberais trabalham para as oligarquias. Não existem bons liberais, uma vez que um bom liberal é um liberal ausente ou (na melhor das hipóteses) um liberal antiquado. Também não faz sentido demonstrar que nem todos os liberais são iguais; sejam de direita ou de esquerda, continuam a ser liberais.»

* * * * *

«Existen muy buenos representantes de la derecha y una buena cantidad de personas honestas en la izquierda occidental. Alternativa para Alemania es un excelente movimiento de derecha y Sarah Wagenknecht es una gran persona de izquierda. En EEUU podemos encontrar a Trump y Vance (derechistas), pero también a Tulsi Gabbard y Kennedy (izquierdistas). Y lo mismo se aplica a otros lugares. Sin embargo, también existen globalistas corruptos de izquierda como Mélenchon que siempre salvan liberales como Macron cuando este se ve amenazado por las ofensivas populistas de Marine Le Pen. Igualmente existen ultraderechistas europeos que luchan del lado de los nazis de Azov* en contra de Rusia, mientras ignoran el hecho de que Zelenski es un payaso liberal, judío, drogadicto y perverso. Tal derecha no es más que un montón de perros al servicio del liberalismo de la OTAN.

Lo mismo sucede con nosotros: existen patriotas de derecha, ortodoxos, monárquicos e incluso (Dios me perdone, pues no conozco otro nombre) “nacionalistas rusos” que luchan en el frente por nuestro país. También existen patriotas de izquierda de corazón que, para nosotros, son los héroes de la Operación Militar Especial. Sin embargo, existen escoria rusa que ataca a Putin desde la derecha y a Ilyin desde la Izquierda. Lo mismo sucede en todas partes.

Así que los términos de derecha e izquierda pueden ya no ser tan útiles como antes para entender el mundo, pero… esto no se aplica a los liberales. Los liberales buenos simplemente no existen. Todos los liberales están del lado del Gobierno Mundial y la hegemonía occidental. Todo aquel que se ponga del lado de estos poderes es un enemigo tanto de la derecha como de la izquierda, porque el capitalismo es pura maldad y debe ser demolido simultáneamente desde posiciones de derecha e izquierda.

Los liberales como Soros, en cambio, manipular los prejuicios de la “derecha” y la corrupción dentro de la “izquierda” en su beneficio. Para vencerlos necesitamos una alianza entre la derecha y la izquierda contra los liberales: es un imperativo que debemos aplicar tanto en Rusia como en todas partes.

La verdadera derecha y la verdadera izquierda representan al pueblo, mientras que los liberales trabajan para las oligarquías. No existen buenos liberales, pues un liberal bueno es un liberal ausente o (en el mejor de los casos) un liberal a la vieja usanza. Tampoco tiene sentido demostrar que todos los liberales no son iguales, ya sean de derecha o de izquierda, siguen siendo liberales.» [artigo original : censurado por la “democracia” occidental]

25/08/2024

O Estado-civilização | El Estado-civilización



«Martin Jacques, no seu livro When China Rules the World [“When China Rules The World: The Rise of the Middle Kingdom and the End of the Western World”, 2009], estabelece uma comparação nítida entre o Estado-Civilização e o Estado-Nação, identificando seis pontos de referência: identidade, unidade, responsabilidade, diversidade, cobertura histórica e cobertura geográfica. Para o Estado civilizacional, a identidade provém da cultura, tal como a língua, a religião, os valores familiares, as relações sociais e os símbolos históricos, enquanto que para o Estado-Nação, a identidade provém da constituição. Neste sentido, a identidade civilizacional é mais primordial, enquanto a identidade do Estado-Nação é modernista.

Para o Estado-Civilização, a unidade da civilização é a prioridade política definidora, enquanto que para o Estado-Nação, a unidade é a “unidade nacional”. Para os Estados-civilização, a manutenção e preservação da unidade é uma responsabilidade sagrada e um dever do Estado, enquanto que para o Estado-Nação a responsabilidade é apenas determinada pela Constituição, onde os direitos e responsabilidades são especificamente definidos. Para o Estado civilizacional, a homogeneidade racial é a principal característica para dar conta da diversidade, enquanto no Estado-Nação se acomoda a diversidade racial e étnica.

Para o Estado-Civilização, o passado é a referência e a norma para o presente; no entanto, no Estado-Nação celebram-se a tradição, os costumes e os mitos nacionais. Para o Estado civilizacional a cobertura geográfica está exclusivamente ligada à história, enquanto que para o Estado-Nação a cobertura geográfica é constitucionalmente garantida a nível nacional.»

* * * * *

«Martin Jacques, en su libro When China Rules the World [“When China Rules The World: The Rise of the Middle Kingdom and the End of the Western World”, 2009], establece una aguda comparación entre el Estado Civilización y el Estado nación, identificando seis puntos de referencia: identidad, unidad, responsabilidad, diversidad, cobertura histórica y cobertura geográfica. Para el Estado civilizacional, la identidad proviene de la cultura, como la lengua, la religión, los valores familiares, las relaciones sociales y los símbolos históricos, mientras que para el Estado nación, la identidad proviene de la constitución. En este sentido, la identidad civilizacional es más primordial, mientras que la identidad del Estado nación es modernista.

Para el Estado Civilización, la unidad de la civilización es la prioridad que define la política, mientras que para el estado nación, la unidad es la "unidad nacional". Para los Estados Civilización, el mantenimiento y la preservación de la unidad es una responsabilidad sagrada y un deber del Estado, mientras que para el Estado nación la responsabilidad sólo la determina la Constitución, donde se definen específicamente los derechos y las responsabilidades. Para el Estado civilizacional, la homogeneidad racial es la característica principal para dar cuenta de la diversidad, mientras que en el estado nación se da cabida a la diversidad racial y étnica.

Para el Estado Civilización, el pasado es la referencia y la norma para el presente; sin embargo, en el Estado nación se celebran la tradición nacional, las costumbres y los mitos. Para el Estado civilizacional, la cobertura geográfica está exclusivamente vinculada a la historia, mientras que para el Estado nación la cobertura geográfica está constitucionalmente garantizada a nivel nacional.» [artigo integral]

23/08/2024

O ataque dos macacos da varíola | El ataque de los monos de la viruela



«Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde declarou uma emergência de saúde global devido a uma nova estirpe de varíola dos macacos, agora chamada Mpox (onde o M significa monkey, ou seja, “macaco”). Emergência mundial? A verdade é que a incidência não parece ser particularmente alarmante. O número global de casos acumulados nos últimos dois anos é de pouco menos de 100 mil afectados em todo o mundo, dos quais apenas 208 resultaram em morte, segundo dados do último relatório do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças da União Europeia.

Para colocar as coisas na sua devida dimensão, recordemos que a população mundial é de 8,2 mil milhões de pessoas. […] Quanto ao perfil médio dos doentes, é inequívoco: homens com cerca de 35 anos que – não deveria ser pecado dizê-lo – contraíram a doença após a prática homossexual através da troca de fluidos. Ou seja, nem pelo número de casos nem pelo universo dos afectados se poderia dizer que estamos realmente perante uma emergência de alcance planetário. Agora, supõe-se que tenha surgido uma nova variante denominada Clade I que seria transmitida pelas vias respiratórias e que justificaria a intensificação do alarme. Não importa que ninguém até agora tenha sido capaz de descrever satisfatoriamente esta variante. Também não importa que numerosos virologistas tenham explicado que não se trata de “varíola dos macacos”. Nada disso interessa. A OMS, rapidamente escoltada pelos meios de comunicação da oligarquia, apressou-se a espalhar o alarme. A classe política, mais uma vez, tem sido obediente ao apito. Ainda bem que (veja lá!) há vacina. Ah, sim: a 25 de Janeiro de 2022 (exactamente quando a pandemia anterior estava a terminar), a patente de uma vacina contra o VIH (SIDA) com vector do vírus da varíola foi concedida à Bavarian Nordic e à Janssen. Mais ainda: nesse mesmo mês, foi autorizado um medicamento injectável contra o vírus nos Estados Unidos. Coincidência. […]

Os jornais da oligarquia já começam a dizer – mentindo com todos os dentes – que o sector mais exposto à nova estirpe são as crianças e por isso devem ser vacinadas (é preciso ser canalha). E aqui aparece um investigador espanhol do CSIC a explicar, não sem efeitos hilariantes, que a vacina espanhola para a COVID também é válida para a varíola dos macacos.
O que é realmente prodigioso neste teatro é que já passámos por isto. Da primeira vez, quando o COVID rebentou, tudo funcionou como uma tragédia feroz. Os mortos eram reais, mas hoje sabemos que nem todos morreram pelas causas que nos contaram. As possibilidades de contágio também eram reais, mas nem de longe tão fatais ou tão abundantes como nos foi dito. As medidas de isolamento – era difícil de saber na altura – eram perfeitamente inadequadas. A vacinação foi uma grande farsa, pelo discurso redentor dos que estiveram envolvidos. O mundo foi condenado a uma paralisação forçada que, sem dúvida, teve os seus benefícios, mas causou danos incalculáveis aos comuns mortais. Tudo isto entre os aplausos quase unânimes da classe política, a cumplicidade indecente das instituições médicas e a obediência submissa dos grandes meios de comunicação. Um perfeito exercício de despotismo em nome da “saúde” aplicado a uma população em grande parte aterrorizada. Já sabendo tudo isto, como se atrevem a tentar de novo?

Hoje, poucas horas antes das instituições de saúde da UE tomarem as suas decisões, já sabemos algumas coisas fundamentais. Sabemos que as possibilidades reais de infecção por Mpox, para a grande maioria da população, são extremamente reduzidas. Sabemos que a comercialização de uma vacina específica, ou seja, uma operação da indústria farmacêutica, teve um papel determinante no lançamento da campanha. Sabemos que a OMS não é uma instituição benevolente para a humanidade, mas sim uma ferramenta de governação global nas mãos da indústria privada. Sabemos que o conhecimento real da nossa classe política em matéria epidemiológica é ostensivamente fraco e que os “especialistas” em que afirma confiar agem motivados por interesses que pouco têm a ver com a ciência médica. Sabemos que a comunicação social oligárquica manipula a realidade e constrói enormes mentiras baseadas em meias verdades. E sabemos, finalmente, que em última análise existem tribunais dispostos a defender os direitos dos cidadãos, quando estes têm a coragem de se opor aos novos déspotas. Por outras palavras, sabemos o suficiente para não reviver o pesadelo de há quatro anos.
Se desta vez, finalmente, os cidadãos voltarem a baixar a cabeça, a culpa já não será dos déspotas: a culpa será dos próprios cidadãos. Têm que resistir.»

* * * * *

«La semana pasada, la Organización Mundial de la Salud declaró la emergencia sanitaria mundial por una nueva cepa de la viruela del mono, que ahora hay que llamar Mpox (donde la M significa monkey, o sea, «mono»). ¿Emergencia mundial? La verdad es que no parece que la incidencia sea especialmente alarmante. La cifra global de casos acumulados en los dos últimos años es de algo menos de 100.000 afectados en todo el mundo, de los cuales sólo 208 desembocaron en muerte, según datos del último informe del European Centre for Disease Prevention and Control de la Unión Europea.

Para poner la cosa en su justa dimensión, señalemos que la población mundial es de 8.200 millones de personas. […] En cuanto al perfil medio de los pacientes, es inequívoco: varones de en torno a 35 años que —no debería ser pecado decirlo— han contraído la enfermedad después de una práctica homosexual por intercambio de fluidos. Es decir, que ni por número de casos ni por universo de afectados podría decirse que realmente estemos ante una emergencia de alcance planetario. Ahora bien, se supone que ha aparecido una nueva variante llamada Clado I que se transmitiría por vías respiratorias y que justificaría la intensificación de la alarma. No importa que nadie hasta la fecha haya sido capaz de describir satisfactoriamente esta variante. Tampoco importa que numerosos virólogos hayan explicado que esto no es «viruela del mono». Todo eso da igual. La OMS, rápidamente escoltada por los medios de comunicación de la oligarquía, se ha apresurado a extender ya la alarma. La clase política, una vez más, ha sido obediente al toque de silbato. Menos mal que, mire usted por dónde, hay una vacuna. Oh, sí: el 25 de enero de 2022 (justo cuando terminaba la pandemia anterior) se concedió la patente de una vacuna contra el VIH (sida) con vector de virus de la viruela para Bavarian Nordic y Janssen. Es más: en ese mismo mes se autorizaba en los Estados Unidos un fármaco —inyectable— contra el virus. Casualidad. […]

Los periódicos de la oligarquía ya empiezan a decir —mintiendo con toda la boca— que el sector más expuesto a la nueva cepa son los niños y que por eso hay que vacunarlos (hay que ser canalla). Y en esto aparece un investigador español del CSIC explicando, no sin efectos hilarantes, que la vacuna española para la COVID vale también para la viruela del mono.
Lo realmente prodigioso del espectáculo es que ya hemos pasado por aquí. La primera vez, cuando el estallido del COVID, todo funcionó como en una feroz tragedia. Los muertos eran de verdad, pero hoy sabemos que no todos murieron por las causas que nos dijeron. Las posibilidades de contagio también eran reales, pero ni mucho menos tan fatales ni tan abundantes como nos contaron. Las medidas de aislamiento —entonces resultaba difícil saberlo— eran perfectamente improcedentes. La vacunación tuvo mucho de farsa, por el discurso redentor en el que se envolvieron. Se condenó al mundo a un parón forzado que sin duda tuvo sus beneficiarios, pero que al común de los mortales nos causó daños sin cuento. Todo ello entre el aplauso casi unánime de la clase política, la complicidad indecente de las instituciones médicas y la obediencia sumisa de los grandes medios de comunicación. Un perfecto ejercicio de despotismo en nombre de la «salud» aplicado sobre una población mayoritariamente aterrorizada. Sabiendo ya todo esto, ¿cómo se atreven a intentarlo de nuevo?

Hoy, pocas horas antes de que las instituciones sanitarias de la UE tomen sus decisiones, sabemos ya unas cuantas cosas fundamentales. Sabemos que las posibilidades reales de contagio del mpox para la inmensa mayoría de la población son extremadamente reducidas. Sabemos que en el lanzamiento de la campaña ha jugado un papel determinante la comercialización de una vacuna concreta, es decir, una operación de la industria farmacéutica. Sabemos que la OMS no es una institución benefactora de la humanidad, sino una herramienta de gobierno global en manos de la industria privada. Sabemos que los conocimientos reales de nuestra clase política en materia epidemiológica son ostensiblemente entecos y que los «expertos» en los que aquella dice apoyarse actúan movidos por intereses que tienen poco que ver con la ciencia médica. Sabemos que los medios de comunicación de la oligarquía manipulan la realidad y construyen enormes mentiras sobre la base de medias verdades. Y sabemos, en fin, que en última instancia hay tribunales dispuestos a defender los derechos de los ciudadanos cuando éstos tienen el valor de oponerse a los nuevos déspotas. O sea que sabemos lo suficiente para no volver a vivir la pesadilla de hace cuatro años.
Si esta vez, en fin, los ciudadanos vuelven a bajar la cabeza, ya no será culpa de los déspotas: será culpa de los propios ciudadanos. Hay que resistir.»[texto completo]

18/08/2024

Ou eles ou nós | O ellos o nosotros


«A principal lição que aprendemos depois dos acontecimentos em Inglaterra é que os governos, os juízes, a polícia e as instituições do Ocidente não estão lá para nos proteger, os contribuintes nativos, mas para nos deixar indefesos, para nos entregar desarmados e confusos perante aqueles que as elites nomearam para nos substituir, uma vez concluído o processo da nossa extinção. Raramente se viu com maior clareza que os governos liberais são inimigos do seu próprio povo.

É fundamental compreender que o Estado com o seu aparelho de leis, funcionários e instituições se torna no pior inimigo da nação, uma vez que foi programado pelas elites para a combater e extinguir. As alegadas políticas de “igualdade” serviram apenas para criar um Herrenvolk de recém-chegados a quem tudo é permitido e tudo é pago; o dinheiro, claro, é fornecido pelo europeu, que se vê menosprezado nos serviços de assistência pública, que sustenta com os seus impostos, em comparação com as novas pessoas da oligarquia. É fundamental que o nativo compreenda que o Estado é seu inimigo, que o expropria com os seus impostos para dar o fruto do seu trabalho a outros; um Estado cujo fim é a nossa queda e que é essencialmente hostil à nossa cultura, aos nossos valores e à nossa simples existência. Por isso, não devemos a mínima lealdade a um monstro que apenas serve para nos empobrecer, desproteger e aculturar. E menos ainda deveríamos respeitar as elites, que têm o desígnio aberto de nos destruir e que há muito nos declararam uma guerra de morte contra nós. A essência do combate é: ou eles ou nós. Quem souber ser implacável vencerá. Escusado será dizer quem está a perder.»

* * * * *

«La principal lección que hemos aprendido tras los sucesos de Inglaterra es que los gobiernos, los jueces, los policías y las instituciones de Occidente no están para protegernos a nosotros, los contribuyentes nativos, sino para dejarnos indefensos, para entregarnos desarmados y confundidos ante aquellos que las élites han designado para sustituirnos, una vez completado el proceso de nuestra extinción. Pocas veces se ha visto de forma más clara que los gobiernos liberales son enemigos de sus propios pueblos.

Es fundamental entender que el Estado con su aparato de leyes, funcionarios e instituciones se vuelve el peor enemigo de la nación, pues ha sido programado por las élites para combatirla y extinguirla. Las presuntas políticas de “igualdad” sólo han servido para crear un Herrenvolk de recién llegados a los que todo se les permite y todo se les paga; el dinero, por supuesto, lo pone el europeo, quien se ve preterido en los servicios de asistencia pública, que él sostiene con sus tributos, frente al nuevo pueblo de la oligarquía. Es fundamental que el nativo entienda que el Estado es su enemigo, que le expropia con su fiscalidad para regalar el fruto de su trabajo a otros; un Estado cuyo fin es nuestra perdición y que es esencialmente hostil a nuestra cultura, a nuestros valores y a nuestra simple existencia. Por lo tanto, no le debemos la menor lealtad a un monstruo que sólo sirve para empobrecernos, desprotegernos y aculturarnos. Y menos aún se debe respetar a las élites, que tienen el abierto designio de acabar con nosotros y que hace mucho tiempo que nos han declarado una guerra a muerte. La esencia del combate es: o ellos o nosotros. Vencerá quien sepa ser implacable. No hace falta decir quién va perdiendo.» [texto integral]

26/07/2024

Dois golpes complementares | Dos golpes complementarios


«Para todos os efeitos, dois golpes de Estado complementares foram tentados este mês. O primeiro contra Trump falhou enquanto o segundo contra Biden foi bem sucedido. O objectivo era substituir os candidatos de ambos os partidos por testas-de-ferro escolhidos pelas elites nas
suas respectivas convenções, em vez de concorrer com aqueles que ganharam as primárias. Isso garantiria que o «partido único» ia permanecer no poder durante os próximos quatro anos, independentemente da votação de Novembro, embora a preferência da elite vá claramente para a vitória de um democrata.
A coroação de Kamala como candidata democrata dissipou de facto as ilusões sobre a democracia nesse partido, mas é improvável que se pensasse nela para desempenhar esse papel em primeiro lugar, já que a expectativa era que o assassino não falhasse quando disparou sobre Trump. Ele devia ter sido assassinado, o que teria levado a uma convenção republicana aberta alguns dias depois, e teria feito com que a convenção planeada pelos democratas para o próximo mês parecesse menos anormal.
Como Trump sobreviveu, e era óbvio que a sua vantagem sobre Biden
se havia tornado demasiado grande para ser manipulada, foi tomada a decisão de trocar Biden por Kamala, em vez de realizar uma convenção democrata aberta para ungir quem a elite realmente pretendia. Alguns dissidentes de elite podem ainda criar problemas, tentando tirá-la do caminho, mas sua coroação parece ser um facto consumado neste momento. A velocidade com que tudo isto se desenrolou aponta para um complot planeado com antecedência (mas parcialmente improvisado).»

* * * * *

«A todos los efectos, este mes se intentaron dos golpes de Estado complementarios. El primero contra Trump fracasó mientras que el segundo contra Biden tuvo éxito. El objetivo era sustituir a los candidatos de ambos partidos por testaferros elegidos por sus élites en las respectivas convenciones en lugar de ir con los que ganaron las primarias. Esto garantizaría que el «unipartido» se mantuviera en el poder durante los próximos cuatro años, independientemente de la votación de noviembre, aunque la preferencia de la élite es claramente que gane un demócrata.
La coronación de Kamala como candidata demócrata de facto disipó las ilusiones sobre la democracia por parte de ese partido, pero es poco probable que se supusiera que iba a desempeñar este papel en primer lugar, ya que la expectativa era que el asesino no iba a fallar cuando disparara a Trump. Se suponía que iba a ser asesinado, lo que habría llevado a una convención republicana abierta unos días más tarde que habría hecho que la planeada por los demócratas para el mes siguiente pareciera menos anormal.
Como Trump sobrevivió y era obvio que su ventaja sobre Biden se había vuelto demasiado grande para manipularla, se tomó la decisión de cambiar a Biden por Kamala en lugar de celebrar una convención demócrata abierta para ungir a quien fuera que la élite realmente quería en su lugar. Algunos disidentes de la élite todavía podrían crear problemas para tratar de apartarla del camino, pero su coronación parece ser un hecho consumado en este momento. La rapidez con la que todo esto se desarrolló apunta a un complot planeado de antemano (pero parcialmente improvisado).» [artigo integral]

05/07/2024

O parasitismo Cultural | El parasitismo Cultural


O parasitismo Cultural surge da mesma forma que o parasitismo surge na política. Um parasita é simplesmente uma forma de vida que vive dentro ou sobre o corpo de outra forma de vida, à sua custa. Envolve, portanto, o direccionamento de parte da energia do hospedeiro para um fim estranho ao seu interesse. Isto é absolutamente inevitável: se a energia de um organismo está a ser gasta em algo que não seja o seu próprio desenvolvimento, está a ser desperdiçada. O parasitismo é inevitavelmente prejudicial para o hospedeiro. Os danos aumentam proporcionalmente ao crescimento e disseminação do parasita.

Qualquer grupo que não participe no sentimento-Cultura, mas que viva dentro do corpo-Cultura, implica necessariamente uma perda para a Cultura. Tais grupos formam áreas de tecido anestésico, por assim dizer, no corpo da Cultura. Tal grupo, ao situar-se fora da necessidade histórica, do Destino da Cultura, milita inevitavelmente contra esse Destino. Este fenómeno não depende de forma alguma da vontade humana. O parasita está espiritualmente fora, mas fisicamente dentro. Os efeitos sobre o organismo hospedeiro são perniciosos, tanto física como espiritualmente.

O primeiro efeito físico dos grupos não participantes dentro do corpo de uma Cultura, é que os números da população da Cultura são deste modo reduzidos. Os membros do grupo estranho ocupam o lugar dos indivíduos pertencentes à Cultura, que assim nunca nascem. Reduz artificialmente o número das populações culturais pelo número do grupo parasita. No parasitismo animal e humano, um dos numerosos efeitos sobre o hospedeiro é a perda de nutrição, e o parasitismo cultural é análogo. Ao reduzir o número de indivíduos da Cultura, um parasita da Cultura está a privar a Ideia Cultural da única forma de nutrição física de que necessita – um fornecimento constante de material humano adequado à sua tarefa de vida.

* * * * *

El parasitismo Cultural surge de la misma manera que el parasitismo político. Un parásito es simplemente una forma de vida que vive en, o sobre, el cuerpo de otra forma de vida y a sus expensas. Significa pues, la canalización de una parte de la energía del anfitrión en una dirección ajena a sus intereses. Esto es completamente inevitable: si la energía de un organismo se gasta en algo que no tiene nada que ver con su propio desarrollo, está siendo derrochada. El parasitismo es inevitablemente dañino para el anfitrión. El daño aumenta proporcionalmente al crecimiento y a la expansión del parásito.

Todo grupo que no toma parte en el sentimiento de la Cultura, pero que vive dentro del cuerpo Cultural, necesariamente implica una pérdida para la Cultura. Tales grupos, forman zonas de tejido anestésico, por así decirlo, en el cuerpo Cultural. Al permanecer fuera de la necesidad histórica del Destino de la Cultura, inevitablemente militan contra ese Destino. Ese fenómeno no depende, en manera alguna, de la voluntad humana. El parásito está espiritualmente fuera, pero físicamente dentro. Los efectos sobre el organismo anfitrión son deletéreos, tanto física como espiritualmente.

El primer efecto físico de los grupos no participantes en el cuerpo de una Cultura consiste en que la población de la Cultura se reduce a causa de ello. Los miembros del grupo extraño ocupan el lugar de individuos pertenecientes a la Cultura, que así nunca llegan a nacer. Reduce artificialmente la población de la Cultura en la misma proporción que la importancia numérica del grupo parasitario. En el parasitismo animal y humano, uno de los numerosos efectos sobre el anfitrión es la pérdida de alimentación, y el parasitismo Cultural es análogo. Al reducir el número de los individuos de una Cultura, un parásito Cultural priva a la Idea Cultural de la única clase de alimento físico que necesita: el suministro constante de material humano adecuado a su tarea vital. (Francis Parker Yockey, Imperium, 1948)

18/06/2024

A segunda traição em Itália | La segunda traición en Italia


«Consegue-se compreender que, uma vez na vida, em determinada circunstância histórica (a que protagonizou, neste caso, um tal Gianfranco Fini, pretenso dirigente da direita radical ou identitária na primeira década deste século), uma determinada orientação política tenha alcançado (ou quase) o poder e se visse traída por quem a levou a tais alturas. São coisas que, por abomináveis que sejam, mais ou menos se entendem à conta da baixeza humana inerente às tarefas políticas. Tal foi o caso deste Gianfranco Fini, secretário-geral do MSI (Movimento Sociale Italiano) até que o próprio Fini dissolveu a formação neofascista para criar uma Aleanza Nazionale descafeinada, partido que, ainda assim, permitia albergar certas ilusões de dissidência; por fim, no contacto com o poder (Fini chegou a presidente da Câmara de Deputados e a Ministro das Relações Exteriores), tais ilusões desvaneceram-se e a máscara que cobria a personagem desfez-se em bocados.
Pois bem, que tais coisas — tão descarada traição — sucedam uma vez na vida, pode-se, como dizia, mais ou menos entender, desprezar e até esquecer.
Agora, quando no mesmo país, na década seguinte, volta a repetir-se uma traição quase idêntica, e por parte dos mesmos, a coisa começa a ser mais do que inquietante e merece ser seriamente interrogada.

Refiro-me obviamente ao caso do actual Governo italiano de Georgia Meloni e do seu partido Fratelli d’Italia. Meloni, procedente também das fileiras do MSI, fundou o seu novo partido FdI e alimentou, ao longo da sua trajectória na oposição, umas animadoras propostas, cheias de firmeza social e patriótica, que a levaram a chocar de frente com as políticas da quadrilha burocrática da União Europeia, e a combater radicalmente a invasão de Itália pelas massas imigrantes. Tudo isto fez com que, da esmagadora vitória eleitoral de Meloni e dos seus Fratelli, nascesse, por um lado as mais jubilosas esperanças e, por outro, os mais angustiados temores sobre o início de um novo despertar político em Itália e, indirectamente, no conjunto da Europa.
Mas logo se desvaneceu o júbilo de uns e os temores dos outros. Os hierarcas de Bruxelas, que no início tinham lançado todo o tipo de ataques a Meloni, na qual pressentiam o nascimento de um novo Orbán de dimensões ainda mais temíveis, não tardaram a absolvê-la em todos os seus juízos. A própria hierarca máxima, a alemã Úrsula von der Leyen, já lhe tinha dado a sua bênção urbi et orbi, reconhecendo a Meloni o carácter de fiel servidora da quadrilha globalista e anti-europeia.

O acolhimento da filha pródiga na família globalista (fala-se inclusivamente da possível integração dos Fratelli d’Italia no Partido Popular Europeu, aliado dos socialistas) deu-se a par da assídua e pertinaz política da primeira-ministra italiana como fiel servidora dos Estados Unidos e da OTAN em todos os aspectos, e muito em particular na guerra da Ucrânia, para a qual a Itália contribui com o seu armamento, como o melhor dos aliados.
Tudo isto se junta à política imigracionista, na qual Georgia Meloni voltou a dar um espectacular vira-casaca, traindo todas as suas ferventes declarações contra a invasão, à qual Itália está particularmente submetida. Todo o seu programa eleitoral, todas as medidas proclamadas em viva voz contra as mafias e os barcos das ONGs que socorrem os pretensos “náufragos”, tudo isso ficou em águas de bacalhau; de modo que, hoje em dia, o número de imigrantes que chega a Itália já superou os números existentes antes da chegada de Meloni ao Governo.»

* * * * *
«Uno puedo comprender que, alguna vez en la vida, en una determinada circunstancia histórica (la que protagonizó, en este caso, un tal Gianfranco Fini, pretendido dirigente de la derecha radical o identitaria en la primera década de este siglo), una determinada orientación política haya alcanzado (o casi) el poder y se haya visto traicionada por quien la aupó hasta tales alturas. Son cosas que, por abominables que sean, se pueden más o menos entender a cuenta de la bajeza humana inherente al quehacer político. Tal fue el caso de este Gianfranco Fini, secretario general del MSI (Movimento Sociale Italiano) hasta que el propio Fini disolvió la formación neofascista para crear una edulcorada Aleanza Nazionale, partido que, sin embargo, aún permitía albergar ciertas ilusiones disidentes hasta que, al contacto con el poder (Fini llegó a presidente de la Cámara de Diputados y a ministro de Exteriores), tales ilusiones se desvanecieron y la careta que cubría al personaje quedó hecha trizas.
Pues bien, que tales cosas —que tan descarada traición— suceda una vez en la vida, se puede, como decía, más o menos entender, despreciar y luego olvidar.
Ahora bien, cuando en el mismo país y a lo largo de la siguiente década se vuelve a repetir una traición casi idéntica, y por parte de los mismos, la cosa empieza a ser más que inquietante y merece ser seriamente interrogada.

Me estoy refiriendo obviamente al caso del actual Gobierno italiano de Georgia Meloni y de su partido Fratelli d’Italia. Meloni, procedente también de las filas del Movimento Sociale Italiano, fundó su nuevo partido Fratelli d’Italia e impulsó, a lo largo de su trayectoria en la oposición, unas alentadoras propuestas llenas de firmeza social y patriótica que la llevaron a enfrentarse a cara de perro a las políticas del tinglado burocrático de la UE y a combatir radicalmente la invasión de Italia por las masas inmigrantes. Todo ello produjo que la aplastante victoria electoral de Meloni y de sus Fratelli hiciera saltar, por un lado, las más jubilosas esperanzas y, por el otro, los más angustiados temores acerca del comienzo de un nuevo despertar político en Italia e, indirectamente, en el conjunto de Europa.
Pronto, sin embargo, se desvanecieron los júbilos de los unos y los temores de los otros. Los jerarcas de Bruselas, que al principio habían lanzado todo tipo de ataques contra Meloni, en quien presentían el nacimiento de un nuevo Orbán de dimensiones aún más temibles no han tardado demasiado en absolverla con todos los pronunciamientos favorables. La mismísima jerarca máxima, la alemana Úrsula von der Leyen, ya le ha otorgado su bendición urbi et orbi, reconociéndole a Meloni el carácter de fiel servidora del tinglado globalista y antieuropeo.

La acogida de la hija pródiga en la familia globalista (se habla incluso de la posible integración de Fratelli d’Italia en el Partitdo Popular Europeo, aliado a los socialistas) también ha corrido parejas con la asidua y pertinaz política de la primer ministra italiana como fiel servidora de Estados Unidos y de la OTAN en todos los aspectos y muy en particular en la guerra de Ucrania, a la que Italia contribuye aportando su armamento como el mejor de los aliados.
Todo lo anterior se conjunta con la política inmigracionista, donde Georgia Meloni ha vuelto a efectuar un espectacular cambio de chaqueta, traicionando todas sus fervientes declaraciones en contra de la invasión a la que Italia está particularmente sometida. Todo su programa electoral, todas las medidas proclamadas a voz en cuello contra las mafias y los barcos de las ONGs que socorren a los pretendidos “náufragos”, todo ello se ha quedado en agua de borrajas, de modo que, a día de hoy, el número de inmigrantes que llegan a Italia ya ha superado las cifras existentes antes de la llegada del Gobierno Meloni.»[artigo integral]

21/05/2024

Um Estado fora-da-lei | Un estado fuera de la ley


«Israel é hoje uma das maiores potências nucleares do mundo. Iniciou o seu programa nuclear clandestino em 1952 com o apoio tecnológico dos Estados Unidos e da França, violando os tratados. Acredita-se que o regime desenvolveu as suas primeiras armas nucleares cerca de 1967-68. Depois disso, a produção de armas nucleares acelerou-se a um ritmo rápido, com o apoio ocidental. Segundo diversas estimativas, o regime de Tel Aviv possui hoje mais de uma centena de ogivas nucleares, com plutónio suficiente para produzir pelo menos umas 200 armas nucleares.

Apesar do seu programa nuclear ilícito ser um segredo de polichinelo, o regime tem-se negado obstinadamente a confirmá-lo ou a negá-lo. Também os seus patrocinadores ocidentais têm mantido a boca fechada no que respeita ao assunto, saltando sempre em defesa do regime e das suas actividades destabilizadoras na região ocidental da Ásia. Segundo os observadores, o que tem encorajado o regime a acelerar as suas actividades nucleares ilegais e secretas, enquanto se nega a ser membro do Tratado de Não Proliferação (TNP), é o patrocínio dos Estados ocidentais e dos lobbies sionistas no Ocidente.

Os dois países mais críticos do programa nuclear pacífico do Irão, são também os aliados mais próximos de Israel: Estados Unidos e França. Estes dois países, com direito de veto na ONU, ajudaram o regime a desenvolver o seu programa nuclear: França forneceu-lhe reservas de material fissionável, adequado às armas, no início dos anos 1960 e os Estados Unidos no final dessa década.

É importante sublinhar que Israel não é signatário do TNP e rejeitou repetidamente os apelos para se unir ao acordo-chave do regime internacional de controlo de armas, e também se negou a permitir o acesso dos inspectores da agência nuclear da ONU às suas instalações. Apesar disto, a agência nuclear da ONU tem adoptado um tratamento de luva de veludo com Israel, evidentemente por pressão ocidental. A viagem não anunciada do chefe da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica), Rafael Grossi, a Tel Aviv antes da reunião do Conselho de Governadores da agência nuclear da ONU (OIEA) em Viena, no ano passado, foi outra evidência do conluio entre o regime e a agência.»

* * * * *

«Israel es hoy una de las mayores potencias nucleares del mundo. Inició su programa nuclear clandestino en 1952 con apoyo tecnológico de Estados Unidos y Francia, violando el protocolo. Se cree que el régimen desarrolló sus primeras armas nucleares alrededor de 1967-1968. Después de eso, la producción de armas nucleares se aceleró a un ritmo rápido, con el apoyo occidental. Según diversas estimaciones, el régimen de Tel Aviv posee hoy más de un centenar de ojivas nucleares con suficiente plutonio para producir al menos 200 armas nucleares.

A pesar de que su programa nuclear ilícito es un secreto a voces, el régimen se ha negado obstinadamente a confirmarlo o negarlo. Incluso sus patrocinadores occidentales han mantenido la boca cerrada al respecto, siempre saltando en defensa del régimen y sus actividades desestabilizadoras en la región de Asia Occidental. Según los observadores, lo que ha envalentonado al régimen a acelerar sus actividades nucleares ilegales y secretas, mientras se niega a ser parte del TNP, es el patrocinio de los Estados occidentales y los lobbies sionistas en Occidente.

Los dos países más críticos con el programa nuclear pacífico de Irán son también los aliados más cercanos de Israel: Estados Unidos y Francia. Estos dos países con veto de la ONU ayudaron al régimen a desarrollar su programa nuclear: Francia le proporcionó reservas de material fisionable apto para armas a principios de los años 1960 y Estados Unidos a finales de los años 1960.

Es importante destacar que Israel no es signatario del TNP y ha rechazado repetidamente los llamamientos para unirse al acuerdo clave del régimen internacional de control de armas y también se ha negado a dar acceso a sus instalaciones nucleares a los inspectores de la agencia nuclear de la ONU. A pesar de eso, la agencia nuclear de la ONU ha adoptado un enfoque de guante de terciopelo hacia Israel, evidentemente bajo presión occidental. El viaje no anunciado del jefe de la AIEA, Rafael Grossi, a Tel Aviv antes de la reunión de la junta de gobernadores de la agencia nuclear de la ONU en Viena el año pasado fue otra evidencia de la colusión entre el régimen y la agencia.» [artigo integral]

15/05/2024

O espírito capitalista | El espíritu capitalista


«Sombart observa que, com o tempo, se produziu uma alteração na mentalidade burguesa e, por isso, fala da passagem do que designa por “burguês à moda antiga” (dos inícios do capitalismo no séc. XVIII) ao homem económico moderno, homo economicus. O burguês à antiga era “um empresário capitalista que procurava o lucro como objectivo e fundava empresas como um meio para alcançá-lo”, pois isto era considerado uma virtude burguesa. No entanto percebe-se que o burguês à antiga se guia, antes de tudo, pela consideração do bem e do mal: a riqueza não é um fim em si mesmo, mas um meio para criar e conservar valores em relação com a vida. Procura a calma e o descanso acima de tudo. Pelo contrário, o espírito do homem económico moderno caracteriza-se pela sua atracção pelo ilimitado e pelo infinito. Não é por acaso que, em A Decadência do Ocidente, Spengler fala dessa paixão “faustica” ocidental pelo ilimitado e pelo infinito. O homem económico moderno procura ganhar tanto quanto seja possível, fazer prosperar o seu negócio ao máximo, sem outro interesse além do próprio lucro. É uma lógica interminável: é, simultaneamente, ilimitada e, em sentido teleológico, sem outro fim à vista. A figura do Fausto de Goethe, aliado do demónio Mefistófeles, parece ser a imagem invertida do homem piedoso liberto das grilhetas eclesiásticas que estava só perante Deus. Os seus instrumentos são a magia e o dinheiro. Este livro apareceu precisamente nos alvores das revoluções técnica, industrial e económica ocidental. Goethe vê o amanhecer desta empresa sem precedentes, que tem como objectivo reconstruir o mundo, misturando o conformismo burguês e o Antigo Regime, ao qual já não lhe restam forças para continuar a existir. Fausto é a encarnação da nova aventura iniciada pelo capitalismo.

Livre do poder da racionalização, o homem de negócios moderno pode concentrar-se inteiramente em ampliar o seu comércio com a intenção de querer cada vez mais. A este último tortura-o a aspiração ao infinitamente grande: lucrum in infinitum, a procura do lucro pelo lucro. Mas a procura do lucro é necessária a qualquer economia capitalista que queira prosperar, pelo que deve sempre ir além das suas necessidades. Baudrillard interessou-se especialmente pelo acto do consumo no mundo moderno. O posicionamento do homem moderno é de um homem ávido do consumo interminável das “experiências” que lhe pode proporcionar o mundo comercial. Este mundo comercial não é, na realidade, mais do que um mercado do desejo que se vê obrigado a passar pela sedução (Michel Clouscard) e pelo espectáculo (no sentido em que Guy Debord o entende em A Sociedade do Espectáculo) como “fetichismo da mercadoria”, que foi teorizado primeiramente por Marx. O objectivo é controlar o universo simbólico para perpetuar e acentuar a lógica capitalista. Como diz Baudrillard em A Sociedade do Consumo: “É preciso experimentar tudo, porque, ao consumidor, persegue-o o medo de ‘perder’ alguma coisa, ou seja, o desfrute de qualquer tipo. Nunca sabe se tal ou qual contacto, tal ou qual experiência (Natal nas Canárias, enguia com whisky, museu do Prado, LSD, fazer amor à japonesa) não lhe causará uma ‘sensação’ única. Já não é o desejo, nem sequer o ‘gosto’ ou uma inclinação específica o que está em jogo; é uma curiosidade generalizada impulsionada por uma obsessão difusa: é a ‘moral da diversão’ ou o imperativo de divertir-se, de explorar ao máximo todas as possibilidades de se emocionar, desfrutar ou gratificar-se”.

É nessa orientação forçada da actividade capitalista onde reside a possibilidade psicológica tanto da aspiração ao infinitamente grande como ao infinitamente pequeno. A aspiração ao infinito só se pode satisfazer, por sua vez, mediante o desenvolvimento da técnica moderna e o ódio à harmonia natural. Esse desenvolvimento pretende “alcançar um estado que não se define por nada, a não ser pela capacidade de alcançar novos estados”, como explica Cornelius Castoriadis, e reintegrar desse modo o infinito no mundo material. Se os empresários quiserem seguir o ritmo das invenções tecnológicas, só o poderão fazer ampliando indefinidamente os seus negócios. Em consonância com esta evolução, produz-se o infinitamente pequeno através da contracção do tempo e da minimização de custos. O capitalismo, com a ajuda da tecnologia, determina o ritmo da vida espiritual do homem económico moderno, que se vê obrigado a apressar-se, ainda que não queira seguir por esse caminho. O que diferencia fundamentalmente o homem moderno do homem tradicional, é que ele deixou de ser a medida de todas as coisas. Os traços psíquicos do homem moderno definem-se por uma racionalização absoluta que impregna todos os âmbitos da vida, e uma proclamação da superioridade do lucro sobre todos os outros valores. De facto, certo número de virtudes burguesas, próprias do burguês de antigamente (diligência, poupança, honorabilidade), perderam-se no homem económico moderno e tornaram-se, pelo contrário, em princípios objectivos inerentes a toda a conduta económica. A natureza da actividade económica deixou de ser empírica (a economia da procura e do uso) para passar a ser racional (a economia da oferta e do intercâmbio).»

* * * * *

«Sombart observa que con el tiempo se produjo un cambio en la mentalidad burguesa y por eso habla de un paso de lo que llama el “burgués de viejo cuño” (de los comienzos del capitalismo en el siglo XVIII) al hombre económico moderno, homo economicus. El burgués a la antigua era “un empresario capitalista que buscaba el beneficio como objetivo y fundaba empresas como un medio para alcanzarlo”, ya que esto era considerado como una virtud burguesa. Sin embargo, se entiende que el burgués a la antigua se guía ante todo por la consideración del bien y del mal: la riqueza no es un fin en sí mismo, sino un medio para crear y conservar valores en relación con la vida. Busca la calma y el descanso por encima de todo. En cambio, el espíritu del hombre económico moderno se caracteriza por su atracción por lo ilimitado y lo infinito. No es casualidad que en La decadencia de Occidente Spengler hable de esa pasión “fáustica” occidental por lo ilimitado o lo infinito. El hombre económico moderno busca ganar tanto como sea posible, hacer prosperar su negocio lo más que pueda, sin otro interés que la propia ganancia. Es una lógica interminable: a la vez ilimitada y, en sentido teleológico, sin otro fin a la vista. La figura del Fausto de Goethe, aliado del demonio Mefistófeles, parece ser una imagen invertida del hombre piadoso liberado de los grilletes eclesiásticos que estaba solo ante Dios. Sus instrumentos son la magia y el dinero. Precisamente este libro apareció en los albores de las revolución técnica, industrial y económica occidental. Goethe ve el amanecer de esta empresa sin precedentes que tiene como objetivo reconstruir el mundo, mezclando el conformismo burgués y el Antiguo Régimen al cual ya no le quedan fuerzas para continuar existiendo. Fausto es la encarnación de la nueva aventura iniciada por el capitalismo.

Libre del poder de la racionalización, el hombre de negocios moderno puede concentrarse enteramente en ampliar su comercio con la intención de querer cada vez más. A este último le tortura la aspiración a lo infinitamente grande: lucrum in infinitum, la búsqueda de la ganancia por la ganancia. Pero la búsqueda de la ganancia es necesaria para cualquier economía capitalista si quiere prosperar, por lo que siempre debe ir más allá de sus necesidades. Baudrillard se interesó especialmente por el acto de consumo en el mundo moderno. El planteamiento del hombre moderno es el de un hombre ávido de consumo interminable de “experiencias” que le puede proporcionar el mundo comercial. Este mundo comercial no es en realidad más que un mercado del deseo que se ve obligado a pasar por la seducción (Michel Clouscard) y el espectáculo (en el sentido en que Guy Debord la entiende en La sociedad del espectáculo) como “fetichismo de la mercancía”, que fue teorizado por primera vez por Marx. El objetivo es controlar el universo simbólico para perpetuar y acentuar la lógica capitalista. Como dice Baudrillard en La sociedad del consumo: “Hay que probarlo todo, porque al consumidor le persigue el miedo a ‘perderse’ algo, es decir, el disfrute de cualquier tipo. Nunca sabe si tal o cual contacto, tal o cual experiencia (Navidad en Canarias, anguila o whisky, el Prado, L.S.D., hacer el amor a la japonesa) no le producirá una ‘sensación’ distinta. Ya no es el deseo, ni siquiera el “gusto” o una inclinación específica lo que está en juego, es una curiosidad generalizada impulsada por una obsesión difusa: es la ‘moral de la diversión’ o el imperativo de divertirse, de explotar al máximo todas las posibilidades de emocionarse, disfrutar o gratificarse”.

Es esa orientación forzada de la actividad capitalista donde reside la posibilidad psicológica tanto de la aspiración a lo infinitamente grande como a lo infinitamente pequeño. La aspiración al infinito sólo puede satisfacerse, a su vez, mediante el desarrollo de la técnica moderna y el odio hacia la armonía natural. Este desarrollo pretende “alcanzar un estado que no se define por nada, salvo por la capacidad de alcanzar nuevos estados”, como explica Cornelius Castoriadis, y reintegrar de ese modo lo infinito en el mundo material. Si los empresarios quieren seguir el ritmo de las invenciones tecnológicas sólo podrán hacerlo ampliando indefinidamente sus negocios. En consonancia con esta evolución se produce lo infinitamente pequeño mediante la contracción del tiempo y la minimización de los costes. El capitalismo, con la ayuda de la tecnología, determina el ritmo de la vida espiritual del hombre económico moderno que se ve obligado a darse prisa, aunque no quiera seguir ese camino. Lo que diferencia fundamentalmente al hombre moderno del hombre tradicional es que ha dejado de ser la medida de todas las cosas. Los rasgos psíquicos del hombre económico moderno se definen por una racionalización absoluta que impregna todos los ámbitos de la vida y una proclamación de la superioridad de la ganancia sobre todos los demás valores. De hecho, cierto número de virtudes burguesas propias del burgués de antaño (diligencia, ahorro, honorabilidad) se han perdido en el hombre económico moderno y más bien se han convertido en principios objetivos inherentes a toda conducta económica. La naturaleza de la actividad económica ha pasado de ser empírica (la economía de la demanda y el uso) a ser racional (la economía de la oferta y el intercambio).»[artigo integral]

10/05/2024

O que se passa com os fundos russos congelados no Ocidente? | ¿Que pasa con los activos rusos congelados en Occidente?


«A respiração assistida à Ucrânia por parte dos EUA já está consumada e Volodimir Zelenski receberá o que anda a exigir há seis meses, para continuar entrincheirado e agarrado ao seu cargo como intermediário no conflito do Ocidente contra a Rússia. A questão, agora, é quem paga a conta – e Washington olha para Bruxelas.
Nas reuniões anuais de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) em Washington, dias depois, funcionários estado-unidenses colocaram pressão sobre os seus pares europeus que se recusam a utilizar parte dos 280.000 milhões de dólares em activos russos congelados em território comunitário. Dito de outra forma: os EUA querem recuperar o seu investimento na Ucrânia, seja como for, e como é altamente provável que Kiev não consiga pagar, Washington pretende então que Bruxelas assuma todas as dívidas.

E aqui abrem-se dois caminhos favoráveis à Rússia. Por um lado, a maior parte desses activos russos na Europa estão em poder da Euroclear, que possui 210.000 milhões. Segundo declarou em Março um funcionário dessa entidade financeira, em caso de confisco ilegal dos activos, a Euroclear poderia enfrentar numerosos processos judiciais por parte do Banco Central da Rússia, que, através dos tribunais russos, provavelmente tomaria os 33.000 milhões de euros da Euroclear que estão no depósito nacional de valores de Moscovo. Acrescentou que a Rússia poderia também iniciar acções legais para arrestar outros valores da Euroclear, depositados em Hong Kong e Dubai. E o mais interessante: é provável que existam mais processos levantados por bancos ocidentais que perderam o seu dinheiro na Rússia. "Por esse mecanismo, a Euroclear poderia ficar totalmente vazia, na prática", explicou, ao indicar que, se a Euroclear ficasse sem capital, o Banco Central belga teria de lhe retirar a sua licença, o que causaria provavelmente uma crise financeira global.»

* * * * *

«La respiración asistida a Ucrania por parte de EEUU ya está zanjada y Volodímir Zelenski recibirá lo que ha estado exigiendo desde hace seis meses para seguir atrincherado y atornillado a su cargo en su papel de intermediario en el conflicto de Occidente contra Rusia. La cuestión ahora es quién paga la cuenta: Washington mira a Bruselas.
En las reuniones anuales de primavera del Fondo Monetario Internacional (FMI) y el Banco Mundial (BM) en Washington días pasados, funcionarios estadounidenses metieron presión a sus pares europeos que reniegan de utilizar parte de los 280 mil millones de dólares en activos rusos congelados en territorio comunitario. Dicho de otra forma: EEUU quiere recuperar su inversión en Ucrania como sea, y como es altamente probable que Kiev no pueda pagar esas deudas, entonces Washington pretende que Bruselas asuma todas las deudas.

Y aquí se abren dos caminos favorables a Rusia. Por un lado, la mayoría de esos activos rusos en Europa están en poder de Euroclear, que posee 210.000 millones. Según declaró en marzo un funcionario de esa entidad financiera, en caso de confiscación ilegal de los activos, Euroclear podría enfrentar numerosas demandas por parte del Banco Central de Rusia, que a través de tribunales rusos probablemente tomaría los 33.000 millones de euros de Euroclear que están en el depósito nacional de valores en Moscú. Añadió que Rusia también podría emprender acciones legales para incautar efectivo de Euroclear en depósitos de valores en Hong Kong y Dubái. Y lo más interesante: es probable que haya más demandas de bancos occidentales que perdieron su dinero invertido en Rusia. "Ese es el mecanismo mediante el cual Euroclear podría quedar totalmente vacío, básicamente", explicó, al indicar que, si Euroclear se quedara sin capital, el Banco Central belga tendría que retirarle su licencia, lo que probablemente causaría una crisis financiera global.» [artigo integral]

07/05/2024

A filantropia de George Soros | La filantropía de George Soros



«Um exemplo emblemático, entre os muitos disponíveis, oferece-nos o modus operandi do financeiro apátrida e arauto liberal-progressista da Open Society, George Soros. Em 1992 perpetrou um ataque especulativo contra a lira italiana e a libra esterlina, graças ao qual ganhou, numa única noite, uma imensa fortuna. Em concreto, pediu emprestados dez mil milhões de libras esterlinas e converteu-as em marcos alemães. Esperou que a libra se depreciasse nos mercados em 15% e, nesse momento, revendeu os marcos e obteve em troca quase doze mil milhões de libras. Deste modo pôde devolver os dez mil milhões que tinha pedido emprestados, mais os juros correspondentes, e ficar com o resto, com um benefício de cerca de dois mil milhões de libras esterlinas.

Nisto, Soros pode tomar-se como um exemplo “de manual” dessa especulação financeira que, em síntese, consiste em “apostar” e obter benefícios “jogando” com a diferença de preços no tempo e no espaço dos instrumentos financeiros, mercadorias e moedas, sem trazer nenhum valor acrescentado. Para que a especulação sobre a economia e sobre a sociedade se torne hegemónica, são condições indispensáveis o monopólio da moeda e a completa liberdade dos capitais. E foi com vista a este resultado que o capitalismo financeiro se desenvolveu, especialmente depois dos acordos de Bretton Woods e mediante os sucessivos processos de desregulamentação financeira.»

* * * * *

«Un ejemplo emblemático, entre los muchos disponibles, nos lo ofrece el modus operandi del financiero apátrida y heraldo liberal-progresista de la Open Society, George Soros. En 1992 perpetró un ataque especulativo contra la lira italiana y la libra esterlina, gracias al cual ganó, en una sola noche, una inmensa fortuna. En concreto, pidió prestados diez mil millones de libras esterlinas y las convirtió en marcos alemanes. Esperó a que la libra se depreciara en los mercados un 15% y, en ese momento, revendió los marcos y obtuvo en el cambio casi doce mil millones de libras. De este modo pudo devolver los diez mil millones que había pedido prestados, con los intereses correspondientes, y quedarse el resto, con un beneficio de cerca de dos mil millones de libras esterlinas.

El de Soros puede tomarse como un ejemplo “de manual” de esa especulación financiera que, en síntesis, consiste en “apostar” y obtener beneficios “jugando” con la diferencia de precios en el tiempo y en el espacio de los instrumentos financieros, mercancías y monedas, sin aportar ningún valor añadido. Para que la especulación sobre la economía y sobre la sociedad se haga hegemónica, son condiciones indispensables el monopolio de la moneda y la completa libertad de los capitales. Y es con miras a este resultado que el capitalismo financiero se desarrolló, especialmente tras el final de los acuerdos de Bretton Woods y mediante los sucesivos procesos de desregulación financiera.» [artigo integral]

05/05/2024

Liberdade de imprensa? | ¿Libertad de prensa?


«A liberdade de imprensa não existe nem se espera, neste momento. E atente-se no paradoxo que impregna este assunto: em geral, aqueles que mais vociferam por tal direito são os que impedem a sua efectiva vigência. Se calhar não é preciso, mas vou explicar: os grandes meios e as grandes corporações mediáticas são hoje os propagandistas da liberdade de informação e opinião, mas sempre dentro dos margens que eles determinam — impõem — mediante a insuportável subtileza da “linha editorial”. A quem sair do guião, o desterro. A quem não dobrar a espinha e não puser todo o seu saber e talento ao serviço dos amos, porrada. A quem se rebelar contra esta ignomínia, cancelamento pelo menos.

A liberdade de imprensa é uma quimera, mais uma, gerada pelas elites; uma mentira caridosa que serve para os encarregados de manter o discurso ideológico contemporâneo nos seus precisos limites se celebrarem a si próprios. A final de contas: uma censura piedosa.»

* * * * *

«La libertad de prensa ni existe ni se la espera de momento. Y atentos a la paradoja que entraña este asunto: por lo general, quienes más vociferan por tal derecho son los que impiden su efectiva vigencia. A lo mejor no hace falta que lo explique, pero me explico: los grandes medios y las grandes corporaciones mediáticas son hoy los propagandistas de la libertad de información y opinión, pero siempre dentro de los cauces que ellos determinan —imponen— mediante la insoportable sutileza de la “línea editorial”. Al que se salga del guión, ni agua. Al que no humille la cerviz y ponga todo su saber y talento al servicio de los amos, palo. A quien se rebele contra esta ignominia, cancelación como poco.

La libertad de prensa es una entelequia, una más, generada por las élites; una mentira bonachona que sirve para que los encargados de mantener el discurso ideológico contemporáneo en sus precisos límites se celebren a sí mismos. Al final de todo: una piadosa censura.» [artigo integral]

21/04/2024

A “aliança defensiva” | La “alianza defensiva”


«Isto não é uma graçola: a OTAN, que fez 75 anos no último 4 de Abril, autodenomina-se como um "aliança defensiva". E isto apesar do seu passado e presente, verdadeiramente sanguinários e as não menos sanguinárias ambições do futuro, que implicam a sua expansão global.

Contrariamente ao que afirma a narrativa hegemónica no contexto do conflito ucraniano, a primeira guerra na Europa desde 1945 foi a da OTAN contra a antiga Jugoslávia. Em 1999, sem contar com a autorização do Conselho de Segurança da ONU, o chamado 'bloco defensivo' começou a bombardear o país no que denominou uma 'intervenção humanitária'. As baixas mortais entre a população civil estimam-se em mais de 2.500 pessoas. Dado que nos ataques se empregaram munições com urânio empobrecido, a agressão continua a ceifar vidas, vítimas das doenças provocadas pela 'humanitária' contaminação radioactiva.

Só neste século, as guerras da OTAN tiraram a vida a mais de 350.000 civis e deslocaram à força outros 38 milhões. Afeganistão, Iraque, Líbia e Síria são apenas alguns dos países agredidos. São cálculos feitos em 2022 pela Universidade Brown dos EUA.

A estes números impressionantes haveria que acrescentar os resultados pelo conflito da Ucrânia, provocado e alimentado pela OTAN. Além de ser, "de facto", uma parte na contenda, o chamado ‘bloco defensivo' também é cúmplice dos atentados terroristas de Kiev em território russo, segundo o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolái Pátrushev. Deve-se recordar que, há uns dias, o presidente francês qualificou como "legítimos" os ataques de Kiev contra refinarias russas, enquanto a cadeia CNN confirmou que os voos dos drones ucranianos, que fustigam objectivos civis na Rússia, são "acordados" com os seus aliados ocidentais.

Por outras palavras, a OTAN chega ao seu 75º aniversário como uma organização terrorista em toda a linha. E, como toda a organização terrorista, deve ser apagada da face da Terra. Sem piedade.»

* * * * *

«Esto no es broma: la OTAN, que cumplió 75 años este 4 de abril, se autodenomina como una "alianza defensiva". Y esto a pesar de su pasado y presente, verdaderamente sanguinarios y no menos sanguinarias ambiciones a futuro que implican su expansión global.

Contrario a lo que afirma la narrativa hegemónica en el contexto del conflicto ucraniano, la primera guerra en Europa desde 1945 fue la de la OTAN contra la antigua Yugoslavia. En 1999, sin contar con la autorización del Consejo de Seguridad de la ONU, el llamado 'bloque defensivo' procedió a bombardear el país en lo que denominó como una "intervención humanitaria". Las bajas mortales entre la población civil se estiman en más de 2.500 personas. Dado que en los ataques se emplearon municiones con uranio empobrecido, la agresión sigue cobrando vidas, víctimas de enfermedades provocadas por la 'humanitaria' contaminación radioactiva.

Solo en este siglo, las guerras de la OTAN acabaron con la vida de más de 350.000 civiles y desplazaron por la fuerza a otros 38 millones. Afganistán, Irak, Libia y Siria son tan solo algunos de los países agredidos. Son cálculos hechos en el 2022 por la Universidad Brown de EEUU.

A estas impactantes cifras habría que añadir las causadas por el conflicto de Ucrania, provocado y alimentado por la OTAN. Además de ser, "de facto", una parte de la contienda, el llamado 'bloque defensivo' también es cómplice de los atentados terroristas de Kiev en el territorio ruso, según el secretario del Consejo de Seguridad de Rusia, Nikolái Pátrushev. Cabe recordar que hace unos días el canciller francés calificó como "legítimos" los ataques de Kiev contra refinerías rusas, mientras que la cadena CNN confirmó que los vuelos de los drones ucranianos que golpean objetivos civiles en Rusia son "consensuados" con sus aliados occidentales.

En otras palabras, la OTAN llega a su 75 aniversario como una organización terrorista en toda regla. Y como toda organización terrorista, debe ser borrada de la faz de la Tierra. Sin piedad.»[artigo original]

08/04/2024

Dois pesos e duas medidas (II) | El doble rasero (II)


«Imaginemos o comportamento da classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China bombardeassem e matassem de fome uma população encerrada de dois milhões de habitantes, metade dos quais são crianças. Imagine-se, mesmo. Imagine-se a raiva, o azedume e a animosidade. Imagine-se a cobertura mediática ininterrupta. 

Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, a cobertura mediática desta guerra superou a de todas as guerras estado-unidenses nas três décadas anteriores. Se a Rússia exterminasse deliberada e sistematicamente civis na Ucrânia, ou noutros lugares, a cobertura dos meios ocidentais sobre estes crimes de guerra seria muito maior. Nesta altura é quase um chavão dizer “imagine-se se a Rússia ou a China fizessem isto”, mas tais comparações são importantes para manter uma perspectiva sobre a malvadez da classe política e mediática ocidental no que respeita agora a Gaza. As reportagens dos meios de comunicação sobre a fome em Gaza não mencionam sequer a palavra “Israel”. Será de crer que aconteceria o mesmo, se fosse perpetrado por um governo que desafia o império ocidental? Claro que não.

Imagine-se a atitude da classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China cortassem deliberadamente o abastecimento a uma população encerrada de milhões. 

Imagine-se a reacção da classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China bombardeassem implacavelmente áreas urbanas densamente povoadas, que é sabido albergarem tantas crianças. 

Imagine-se a atitude da classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China levassem a cabo, deliberada e metodicamente, a limpeza étnica de uma população oprimida, por razões puramente racistas. 

Imagine-se como reagiria a classe política e mediática ocidental se surgissem diariamente evidências de que a Rússia ou a China estavam a cometer horríveis crimes de guerra. 

Imagine-se a reacção da classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China fossem surpreendidas com mentiras atrás de mentiras, enquanto cometiam tais atrocidades massivas. 

Imagine-se o que faria a classe política e mediática ocidental se a Rússia ou a China tentassem apresentar provas descaradamente fabricadas de crimes cometidos pela população, com o objectivo de justificar as suas atrocidades. 

Viveríamos então num panorama político e mediático completamente diferente. Se a Rússia ou a China fizessem o que faz Israel, haveria enormes campanhas presidenciais para ver quem se oporia mais vigorosamente. Já se teriam imposto todas as sanções, todos os bloqueios possíveis e imaginários ao governo responsável por estes actos. A imprensa ocidental lançar-se-ia precipitadamente a denunciar todas as atrocidades e todas as mentiras, e retransmiti-las-ia em todas as plataformas durante meses, premiando-se mutuamente pelo seu trabalho.» 

* * * * * 

«Imaginemos el comportamiento de la clase política y mediática occidental si Rusia o China bombardearan y mataran de hambre a una población encerrada de dos millones de habitantes, la mitad de los cuales son niños. En serio, imagínese. Imagínese la rabia, la acritud y la animosidad. Imagínese la cobertura mediática ininterrumpida. 

Cuando Rusia invadió Ucrania, la cobertura mediática de esa guerra superó la de todas las guerras estadounidenses en las tres décadas anteriores. Si Rusia exterminara deliberada y sistemáticamente a civiles en Ucrania o en otros lugares, la cobertura de los medios occidentales sobre estos crímenes de guerra sería mucho mayor.
A estas alturas es casi un cliché decir “imagínense si Rusia o China hicieran esto”, pero tales comparaciones son importantes para mantener una perspectiva sobre cuán malvada está siendo la clase política y mediática occidental con respecto a Gaza en este momento. Estamos viendo artículos en los medios de comunicación sobre el hambre en Gaza que ni siquiera mencionan la palabra “Israel”. ¿Cree que eso sucedería si lo perpetrara un gobierno que desafía al imperio occidental? Por supuesto que no. 

Imagínese la actitud de la clase política y mediática occidental si Rusia o China cortaran deliberadamente el suministro a una población encarcelada de millones. 

Imagínense la reacción de la clase política y mediática occidental si Rusia o China lanzaran implacablemente bombas explosivas sobre áreas urbanas densamente pobladas que se sabe que albergan a tantos niños. 

Imagínese la actitud de la clase política y mediática occidental si Rusia o China llevaran a cabo deliberada y metódicamente la limpieza étnica de una población oprimida por razones puramente racistas. 

Imagínese cómo reaccionaría la clase política y mediática occidental si a diario surgiera evidencia de que Rusia o China están cometiendo horribles crímenes de guerra. 

Imaginemos la reacción de la clase política y mediática occidental si Rusia o China fueran sorprendidas diciendo mentiras tras mentiras mientras cometieran atrocidades tan masivas. 

Imagínese lo que haría la clase política y mediática occidental si Rusia o China intentaran presentar pruebas descaradamente fabricadas de crímenes cometidos por la población objetivo para justificar sus atrocidades. 

Viviríamos en un panorama político y mediático diferente. Si Rusia o China hicieran lo que hace Israel, habría enormes campañas presidenciales para ver quién se opondría más vigorosamente. Se habrían impuesto todas las sanciones, todos los embargos posibles e imaginables al gobierno responsable de estos actos. La prensa occidental se lanzaría precipitadamente a denunciar todas las atrocidades y todas las mentiras, y las retransmitiría en todas las plataformas durante meses, premiandose mutuamente por su trabajo.»[artigo integral]