Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

28/07/2023

Social-democracia e progressismo (e 2) | socialdemocracia y progresismo (y 2)



«O progressismo é muito mais que um programa social e económico para o aqui e agora. É uma filosofia social utópica, que pretende tornar realidade utopias como a proclamada por Platão (A república e o governo dos sábios), ou a Utopia de Thomas More, ou a Cidade de Deus de Santo Agostinho, ou qualquer um dos muitos admiráveis mundos novos idealizados durante séculos... Em tais crenças subjaz o mito iluminista de que a História é uma marcha inexorável e sempre ascendente rumo à perfeição da humanidade. No caso dos social-democratas, a perfeição define-se como uma sociedade desenhada e governada por um Estado socialista justo, eficiente e igualitário. Mais ainda, ao contrário dos marxistas tradicionais, os progressistas social-democratas acreditam que a História não se desenvolve através da luta de classes e da revolução sangrenta, mas através da implacável marcha em frente da democracia. [...]

Como resultado da eficaz propaganda dos social-democratas, todas os agrupamentos políticos acabaram por abraçar o novo credo: a "democracia", sinónimo de "progressismo", um absoluto moral último, que acabou por virtualmente substituir todos os outros princípios morais, incluindo os Dez Mandamentos e o Sermão da Montanha. Chegamos a tal ponto que a esquerda já inclui os liberal-conservadores, conservadores e neo-conservadores, liberais de esquerda, e, inclusive, dela formam parte todas, ou quase todas, as elites intelectuais, académicas e mediáticas, os grupos de vítimas oficialmente reconhecidas pelo sistema, o Estado social-democrata, ou do bem-estar.
É por isto que àqueles que não se abrigam sob a manta do progressismo, o melhor vocábulo que os define é "reaccionário", reaccionário na política e na economia... pois os até agora denominados conservadores ou similares são também progressistas, social-democratas, e participam dos mesmos objectivos e princípios da social-democracia.»

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«El progresismo es mucho más que un programa social y económico para el aquí y ahora. Es una filosofía social utópica que pretende hacer realidad utopías como la proclamada por Platón (La república y el gobierno de los sabios), o la Utopía de Tomás Moro, o la Ciudad de Dios de San Agustín, o cualquiera de los muchos mundos felices ideados durante siglos... En tales creencias subyace el mito de la Ilustración de que la historia es una marcha inexorable y siempre ascendente hacia la perfección de la humanidad. En el caso de los socialdemócratas, la perfección se define como una sociedad gobernada y diseñada por un estado socialista justo, eficiente e igualitario. Además, a diferencia de los marxistas tradicionales, los progresistas socialdemócratas creen que la historia no se desarrolla a través de la lucha de clases y la revolución sangrienta, sino a través de la implacable marcha hacia adelante de la democracia. [...]

Como resultado de la eficaz propaganda de los socialdemócratas, todas las agrupaciones políticas acabaron abrazando el nuevo credo: la "democracia”, sinónima de "progresismo”, un absoluto moral último, que ha acabado reemplazando virtualmente a todos los demás principios morales, incluidos los Diez Mandamientos y el Sermón de la Montaña. Hasta tal punto hemos llegado que, la izquierda ya incluye a liberal-conservadores, conservadores y neoconservadores, liberales de izquierda e incluso forman parte de ella todas o casi todas las élites intelectuales, académicas y mediáticas aliadas y grupos de víctimas oficialmente reconocidas por el sistema, el estado socialdemócrata o estado del bienestar.
Es por ello que, quienes no se cobijan bajo el paraguas del progresismo el mejor vocablo que los define es el de "reaccionario”, reaccionario en lo político y en lo económico… pues, los hasta ahora denominados conservadores o similares también son progresistas, socialdemócratas y participan de los mismos objetivos y principios de la socialdemocracia.»

27/07/2023

Social-democracia e progressismo (1) | socialdemocracia y progresismo (1)



«Depois do falhanço e da queda do comunismo – e com o nazismo e o fascismo mortos e enterrados há mais de meio século – a social-democracia era o único programa estatal que restava, e os seus defensores estavam empenhados em aproveitar ao máximo o seu monopólio ideológico, na nova era pós-comunista. Mas, apesar de muitos pensarem que a social-democracia é sinal de progresso, ela é na realidade inimiga da tradição e da liberdade; e manifesta-se em múltiplas formas, desde o feminismo de género, até às diversas formas de "vitimismo", de tal modo que, perante todos os assuntos cruciais, os social-democratas, independentemente de como se classificam ou auto-denominam, opõem-se à liberdade e à tradição, e manifestam abertamente que a única opção é "mais Estado" e um governo forte, se possível de âmbito mundial.

E deve-se assinalar que a social-democracia se faz acompanhar de um problema deveras importante: ela é muito mais enganosa, traiçoeira e mal-intencionada do que outras formas de estadismo porque pretende, segundo afirmam os seus seguidores, combinar o socialismo com as atractivas virtudes da "democracia", da liberdade de criação, de investigação, etc. E assim, os social-democratas farão tudo ao seu alcance para se envolver em alguma forma de democracia, pois sabem que qualquer opção política que cheire a ditadura, será imediatamente considerada liberticida e totalitária, e acabará por ser derrotada, mais cedo ou mais tarde, fazendo cair, e até desaparecer, a sua estrutura organizativa.

O aparente fervor, a simulada devoção dos social-democratas pela democracia, serve de pretexto para atacar os que afirmam a inviolabilidade "absoluta" do direito à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa. A aversão dos social-democratas à liberdade de expressão leva-os, sempre que têm a oportunidade, a restringir ou proibir o discurso ou a expressão daqueles que consideram "anti-democráticos", pelo simples facto de serem os seus adversários.
No vocabulário dos social-democratas, "anti-democrático" vai desde alguém que possa ser acusado de incorrer no "crime de opinião ou pensamento de ódio", até aos que ousem questionar a ideologia de género, ou "o aquecimento global", ou "as mudanças climáticas de origem antropogénica", ou qualquer outra questão que lhes ocorra, para desqualificar e demonizar aqueles que consideram os seus inimigos.»

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«Después del fracaso y de la caída del comunismo –y con el nazismo y el fascismo muertos y enterrados hace más de medio siglo– la socialdemocracia era el único programa estatal que quedaba, y sus defensores estaban empeñados en aprovechar al máximo su monopolio ideológico, en la nueva era poscomunista. Pero, aunque muchos piensen que la socialdemocracia es signo de progreso, en realidad es enemigo de la tradición y de la libertad; y se manifiesta en múltiples formas, desde el feminismo de género, hasta las diversas formas de "victimismo”, de tal manera que, ante todos los asuntos cruciales, los socialdemócratas, da igual como se etiqueten o autodenominen se oponen a la libertad y a la tradición y manifiestan abiertamente que la única opción es "más estado” y un gobierno fuerte, a ser posible mundial.

Y hay que advertir que la socialdemocracia va acompañada de un problema muy importante: la socialdemocracia es mucho más engañosa, mendaz y malintencionada que otras formas de estatismo porque pretende, según afirman sus seguidores, combinar el socialismo con las atractivas virtudes de la "democracia" y la libertad de creación, de investigación, etc. Así que, los socialdemócratas harán todo lo posible para envolverse en alguna forma de democracia, pues saben que cualquier opción política que huela a dictadura, será inmediatamente considerada liberticida y totalitaria, y acabará siendo derrotada, más pronto que tarde, haciendo caer e incluso desaparecer su estructura organizativa.

El aparente fervor, la impostada devoción de los socialdemócratas por la democracia sirve como pretexto para atacar a quienes afirman la inviolabilidad “absoluta” del derecho a la libertad de expresión y a la libertad de prensa. La aversión de los socialdemócratas a la libertad de expresión les lleva, cada vez que tienen ocasión a restringir o prohibir el discurso o la expresión de quienes ellos consideran “antidemocráticos”, por el simple hecho de ser sus contrincantes.
En el vocabulario de los socialdemócratas "antidemocrático” es desde cualquiera que pueda ser tildado de incurrir en "crimen de opinión o pensamiento de odio”, hasta quien ose cuestionar la ideología de género, o poner en cuestión "el calentamiento global” o "el cambio climático de origen antropogénico”, o cualquier cuestión que se les ocurra para descalificar y demonizar a quienes ellos consideran sus enemigos.»

24/07/2023

A jihad niilista (e 2) | La Yihad nihilista (y 2)



«Putin nunca pretendeu outra coisa além da firmeza e da segurança da Rússia. É um estadista da velha escola: não é um apátrida e considera que fortalecer a soberania da sua nação e assegurar a sua defesa é a missão essencial de um governante. Putin não tem outra ideologia além da manutenção do poder da Rússia. No entanto, os últimos dez anos conheceram uma evolução surpreendente em quem chegou ao Kremlin como herdeiro de Iéltsin: à medida que o Ocidente tratava de lhe impor os seus valores, ele apercebeu-se do que implicava semelhante abdicação da identidade nacional: acabar como a Alemanha, convertida numa anã política sem identidade nacional, sem soberania, dirigida desde Washington, com um povo — o potente e criador Volk alemão do passado — reduzido a uma turba multicultural de eunucos de género. A recusa dos "valores" do Ocidente, da castração e lobotomização do povo russo, do sequestro da sua soberania, do apagamento da sua identidade, tornou-se mais intenso com a guerra da Ucrânia, e levou à aprovação de leis contra a hipersexualização da sociedade e, sobretudo, uma disposição legal que está nos antípodas da aculturação colonial da Europa: a lei sobre o património etnocultural imaterial da Federação Russa, destinado a defender "o conjunto de valores espirituais, morais e culturais inerentes à comunidades étnicas da Federação Russa, transmitidos de geração em geração, que formam o seu sentido da consciência da identidade, e que abarcam o modo de vida, as tradições e a sua forma de expressão, assim como a reconstrução e as tendências modernas no desenvolvimento deste modo de vida, das tradições e do seu modo de as expressar."

Esta lei seria inimaginável há uns anos. Graças à jihad de Biden e Borrell, é, hoje em dia, uma feliz realidade na Rússia. E, sim, Raskin tem razão: o Ocidente não poupará uma gota de sangue ucraniano para intimidar Putin; ele é um exemplo muito mau para as colónias europeias de Washington.»

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«Putin nunca ha pretendido otra cosa que la fortaleza y la seguridad de Rusia. Es un estadista de la vieja escuela: no es un apátrida y considera que acrecentar la soberanía de su nación y garantizar su defensa es la tarea esencial de un gobernante. Putin carece de otra ideología que no sea la del mantenimiento del poder de Rusia. Sin embargo, los últimos diez años han conocido una evolución sorprendente en quien llegó al Kremlin como heredero de Yeltsin: a medida que Occidente trataba de imponerle sus valores, él se daba cuenta de lo que semejante abdicación de la identidad nacional suponía: acabar como Alemania, convertido en un enano político sin identidad nacional, sin soberanía, dirigido desde Washington, con un pueblo —el potente y creador Volk alemán de antaño— reducido a una turba multicultural de eunucos de género. El rechazo a los “valores” de Occidente, a la castración y lobotomización del pueblo ruso, al secuestro de su soberanía, al borrado de su identidad, se hizo más intenso con la guerra de Ucrania, en la que se han aprobado leyes contra la hipersexualización de la sociedad y, sobre todo, una disposición legal que está en las antípodas de la aculturación colonial de Europa: la ley sobre el patrimonio etnocultural inmaterial de la Federación de Rusa, destinado a defender “el conjunto de valores espirituales, morales y culturales inherentes a las comunidades étnicas de la Federación Rusa, transmitidos de generación en generación, que forman su sentido de la consciencia de la identidad y que abarcan el modo de vida, las tradiciones la forma de su expresión, así como la reconstrucción y las tendencias modernas en el desarrollo de este modo de vida, de las tradiciones y de su modo de expresarlas”.

Esta ley habría resultado inimaginable hace unos años. Gracias a la Yihad de Biden y Borrell, hoy en día es una feliz realidad en Rusia. Y sí, Raskin tiene razón, Occidente no ahorrará ni una gota de sangre ucraniana para hostigar a Putin. Es un muy mal ejemplo para las colonias europeas de Washington.»

23/07/2023

A jihad niilista (1) | La Yihad nihilista (1)



«Frente a toda esta aculturação imperialista surgiram dois focos de resistência: um foi a própria América, onde uma grande parte da população ainda não está completamente enlouquecida, e até conserva uma forte tradição religiosa e um inegável sentido da realidade. O interlúdio de Trump, que tanto enfureceu as elites mundiais, foi um choque no próprio centro do poder global e mostrou a sua debilidade. O outro é a Rússia, um caso peculiar porque sofreu uma das experiências mais brutais de destruição cultural da História: o regime comunista, especialmente no período de 1917 a 1937. Sem dúvida, uma das razões para acreditar na Divina Providência é que a Rússia tenha preservado a sua identidade, e até a haja restaurado, graças a um instrumento cego dos seus desígnios — Estaline — que, para sustentar o seu regime, apercebeu-se da necessidade de despertar o patriotismo russo e de avivar o sentido nacional entre os súbditos da lúgubre tirania leninista. De 1937 a 1953, a Rússia conhece uma evidente restauração, tanto da sua cultura como da sua sociedade, e não há dúvida que essa tendência se acentuou à medida que o comunismo se convertia numa inútil carcaça burocrática. Foi aquela restauração que impediu a Rússia dos anos 90 de se transformar no subúrbio terceiro-mundista da Europa. A Putin não lhe restou outra tarefa que a de recompor as estruturas do Estado, porque a natureza do povo, o invencível narod russo, tinha resistido à prova do caos social-democrata/liberal das eras Gorbatchov e Iéltsin. A Rússia dos últimos vinte anos deu uma lição ao mundo: há uma saída do niilismo. O liberalismo tem cura.»

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«Frente a toda esta aculturación imperialista surgieron dos focos de resistencia: uno fue la propia América, donde gran parte de la población no está del todo loca, sino que conserva una fuerte tradición religiosa y un innegable sentido de la realidad. El interludio de Trump, que tanto enfureció a las élites mundiales, fue un golpe en el centro mismo del poder global y mostró su debilidad. El otro es Rusia, caso peculiar porque sufrió uno de los experimentos más brutales de destrucción cultural de la historia: el régimen comunista, especialmente en el período de 1917 a 1937. Sin duda, una de las razones para creer en la Divina Providencia es que Rusia haya preservado su identidad y hasta la haya restaurado gracias a un instrumento ciego de sus designios —Stalin— , quien para sostener su régimen se dio cuenta de la necesidad de despertar el patriotismo ruso y de avivar el sentido nacional entre los súbditos de la desangelada tiranía leninista. De 1937 a 1953, Rusia conoce una evidente restauración, tanto de su cultura como de su sociedad, y no cabe duda de que esa tendencia fue en aumento a medida que el comunismo se convertía en una inútil carcasa burocrática. Fue aquella restauración lo que impidió que la Rusia de los 90 se convirtiera en una arrabal tercermundista de Europa. A Putin no le quedó otra tarea que recomponer las estructuras del Estado, porque la naturaleza del pueblo, el invencible narod ruso, había resistido la prueba del caos socialdemócrata-liberal de las eras de Gorbachov y Yeltsin. La Rusia de los últimos veinte años le ha dado una lección al mundo: del nihilismo se sale. El liberalismo tiene cura

12/07/2023

Dinheiro, imprensa e liberalismo | Dinero, prensa y liberalismo


«Não há nenhum movimento proletário, nem sequer comunista, que não actue pelo interesse do dinheiro, na direcção assinalada pelo dinheiro, e com a duração marcada pelo dinheiro — sem que disso se apercebam os líderes que são verdadeiramente idealistas [nota: O grande movimento que utiliza os lemas marxistas não colocou os patrões na dependência dos trabalhadores, antes colocou a ambos — patrões e trabalhadores — sob a dependência da Bolsa]. O dinheiro pensa; o dinheiro dirige; tal é o estado das culturas decadentes, desde que a grande cidade se apoderou do resto do país. E, em última instância, não é sequer em menosprezo do espírito, o qual terminou vencedor, mas vencedor no reino das verdades, ou seja, no reino dos livros e dos ideais, reino que não é deste mundo. Os seus conceitos tornaram-se sagrados para a civilização incipiente. Mas o dinheiro vence no seu reino, que pertence precisamente a este mundo e só a este. [...]

Em Inglaterra descobriu-se o ideal da liberdade de imprensa e, ao mesmo tempo, o facto de que a imprensa serve a quem a possui. A imprensa não propaga, antes cria a opinião "livre".

As duas coisas juntas são o «liberalismo», isto é, são livres dos constrangimentos da vida apegada à terra, seja em direitos, formas ou sentimentos. O espírito é livre para toda a espécie de crítica, e o dinheiro é livre para todo o tipo de negócio. Mas ambas também se orientam, sem contemplações, para uma classe que não reconhece sobre si a superioridade do Estado. O espírito e o dinheiro, dado que são inorgânicos, não querem o Estado, como forma orgânica de alto simbolismo, que impõe respeito, antes como o mecanismo que serve para determinada finalidade.»

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«No hay movimiento proletario, ni siquiera comunista, que no actúe en interés del dinero y en la dirección marcada por el dinero y con la duración fijada por el dinero —sin que de ello se aperciban aquellos de los jefes que son verdaderamente idealistas [nota: El gran movimiento que hace uso de los lemas marxistas no ha puesto a los patronos bajo la dependencia de los trabajadores, sino que ha puesto a ambos —patronos y trabajadores— bajo la dependencia de la Bolsa]. El dinero piensa; el dinero dirige; tal es el estado de las culturas decadentes, desde que la gran ciudad se ha adueñado del resto del país. Y en última instancia no es siquiera en menoscabo del espíritu, el cual ha resultado vencedor, pero vencedor en el reino de las verdades, es decir, en el reino de los libros y los ideales, reino que no es de este mundo. Sus conceptos se han tornado sagrados para la civilización incipiente. Pero el dinero vence en su reino, que precisamente pertenece a este mundo y sólo a éste. [...]

En Inglaterra descubrióse el ideal de la libertad de prensa y, al mismo tiempo, el hecho de que la prensa sirve a quien la posee. La prensa no propaga, sino que crea la opinión «libre».

Ambas cosas juntas son «liberalismo», esto es, son libres de las constricciones de la vida, adherida a la tierra, ya sean derechos, formas o sentimientos. El espíritu es libre para toda especie de critica y el dinero es libre para toda clase de negocio. Pero ambas también se orientan, sin contemplaciones, hacia el predominio de una clase que no reconoce sobre sí la superioridad del Estado. El espíritu y el dinero, puesto que son inorgánicos, no quieren el Estado, como forma orgánica de alto simbolismo, que impone respeto, sino como mecanismo que sirve para determinada finalidad.»

10/07/2023

O modelo social em vigor | El modelo social actual



«Tal como outros exportam melões, os Estados Unidos da América exportam democracia. E para isso têm que dar lições ao resto do mundo, e convencer os reticentes das benesses que teriam ao importar o modelo americano. A cruzada internacional pro-gay faz parte de um package global onde o que se vende é um modelo social: o modelo de um país onde metade da população nunca vota, onde dois partidos repartem o poder há séculos, onde os grandes grupos económicos decidem quem se apresenta às eleições, onde os mesmos grupos decidem que programa se aplica, onde ninguém elege aos que verdadeiramente tomam decisões, onde cerca de cinquenta milhões de pessoas vivem abaixo do limiar da pobreza, onde existe a pena de morte e onde qualquer maluco ao virar da esquina pode enfiar-nos um balázio. Mas os gays, sim, são devidamente festejados [...]

Não há aqui um preto-e-branco absoluto, antes uma gama intermédia de tonalidades. O movimento gay pode ter alguma razão, ao reclamar para umas minorias historicamente marginalizadas, uma parte do respeito que lhes é devido. Mas a sobre-representação que alcançaram no Ocidente é paradigmático do tipo de civilização da qual são ícones: a civilização mais materialista da História. Uma civilização americanomorfa que se pretende portadora de uma verdade universal obrigatória. E o que está em jogo é, ou a extensão universal dessa civilização, ou então a manutenção de uma pluralidade de civilizações, algumas delas ainda tradicionais, que mantêm escalas de valores diferentes. Também no que respeita ao sexo.

Dizia Nietzsche que aquele que não conhece na terra nada melhor do que a satisfação do seu instinto, tem a alma cheia de lodo. Em nenhuma civilização o sexo teve uma presença menor do que a sua importância exige. Mas, no seu imaginário colectivo, praticamente nenhuma civilização o situou no topo. No topo, sempre se colocaram outras coisas. Ao colocar o sexo no mais alto pedestal das ânsias humanas, o movimento gay é sintomático de que tipo de civilização é a nossa.»

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«Así como otros exportan melones, los Estados Unidos de América exportan democracia. Y para eso tienen que dar lecciones al resto del mundo, y convencer a los reticentes de lo bien que les iría al importar el modelo americano. La cruzada internacional pro-gay forma parte de un package global en el que lo que se vende es un modelo social: el modelo de un país donde la mitad de la población nunca vota, donde dos partidos se reparten el poder desde hace siglos, donde los grandes grupos económicos deciden quién se presenta a las elecciones, donde los mismos grupos deciden qué programa se aplica, donde nadie elige a los que de verdad deciden, donde cerca de cincuenta millones de personas viven por debajo del umbral de la pobreza, donde existe la pena de muerte y donde cualquier tronado a la vuelta de la esquina puede a usted descerrajarle a usted un tiro. Pero eso sí, los gays son debidamente festejados. [...]

No hay aquí blancos y negros absolutos, sino una gama intermedia de tonalidades. El movimiento gay puede tener una parte de razón al reclamar para unas minorías históricamente marginadas la parte de respeto que les es debido. Pero la sobrerrepresentación que en Occidente han alcanzado es paradigmática del tipo de civilización de la que son iconos: la civilización más materialista de la Historia. Una civilización americanomorfa que se pretende portadora de una verdad universal obligatoria. Y lo que está en juego es, o bien la extensión universal de esa civilización, o bien el mantenimiento de una pluralidad de civilizaciones, algunas de ellas todavía tradicionales, que mantienen escalas de valores diferentes. También en lo que atañe al sexo.

Decía Nietzsche que aquél que no conoce nada mejor en la tierra que la satisfacción de su instinto, tiene el alma llena de fango. En ninguna civilización el sexo ha tenido una presencia menor que la que su importancia exige. Pero en su imaginario colectivo, prácticamente ninguna civilización lo ha situado en lo más alto. En lo más alto siempre se han situado otras cosas. Al colocar al sexo en el más alto pedestal de los afanes humanos, el movimiento gay es sintomático del tipo de civilización que es la nuestra.»

08/07/2023

O dinheiro e a "liberdade de opinião" | El dinero y la "libertad de la opinión"


«Se se entende por democracia a forma que a terceira classe, como tal, deseja imprimir a toda a vida pública, então será preciso acrescentar que democracia e plutocracia significam o mesmo. São, uma a respeito da outra, o mesmo que o desejo a respeito da realidade, o mesmo que a teoria a respeito da prática, o mesmo que o conhecimento a respeito da concretização. Há um elemento trágico-cómico na luta desesperada que os reformadores e mestres da liberdade conduzem contra o efeito do dinheiro, quando eles próprios sustentam essa luta com o dinheiro. Entre os ideais da classe formada por aqueles que não pertencem a classe alguma, está não só o respeito ao grande número — respeito que se expressa nos conceitos de igualdade, de direito inato e, também, no princípio do sufrágio universal —, como também a liberdade de opinião pública, sobretudo a liberdade de imprensa. Estes são os ideais. Mas, na realidade, a liberdade de opinião pública requer a elaboração da dita opinião, e isto custa dinheiro; a liberdade de imprensa requer a possessão da imprensa, que é uma questão de dinheiro, e o sufrágio universal requer a propaganda eleitoral, que permanece na dependência dos desejos de quem a financia.

Os representantes das ideias não vêem mais do que um aspecto; os representantes do dinheiro, trabalham com o outro aspecto. Todos os conceitos de liberalismo e de socialismo foram postos em movimento pelo dinheiro e em interesse do dinheiro.»

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«Si se entiende por democracia la forma que la tercera clase, como tal, desea imprimir a toda la vida publica, entonces hay que añadir que democracia y plutocracia significan lo mismo. Son una con respecto a la otra lo que el deseo con respecto a la realidad, lo que la teoría con respecto a la práctica, lo que el conocimiento con respecto al éxito. Hay un elemento tragicómico en la desesperada lucha que los reformadores y maestros de la libertad dirigen contra el efecto del dinero, y es que ellos mismos sostienen esa lucha con dinero. Entre los ideales de la clase formada por los que no pertenecen a ninguna clase está no solamente el respeto al gran número —respeto que se expresa en los conceptos de igualdad, de derecho innato y también en el principio del sufragio universal—, sino también la libertad de la opinión pública, sobre todo la libertad de prensa. Estos son ideales. Pero en realidad, la libertad de la opinión pública requiere la elaboración de dicha opinión, y esto cuesta dinero; la libertad de la prensa requiere la posesión de la prensa, que es cuestión de dinero, y el sufragio universal requiere la propaganda electoral, que permanece en la dependencia de los deseos de quien la costea.

Los representantes de las ideas no ven más que un aspecto; los representantes del dinero, trabajan con el otro aspecto. Todos los conceptos de liberalismo y de socialismo han sido puestos en movimiento por el dinero y en interés del dinero.»

03/07/2023

Enquanto a França arde | Mientras arde Francia



«Emmanuel Macron é hoje a imagem perfeita da impotência, enquanto a França arde, como prelúdio a outros previsíveis incêndios por muitos outros cantos da Europa.
É a impotência bem merecida dos políticos europeus do consenso social-democrata da mentira, da irresponsabilidade e da temeridade criminosa, associada a toda a política de imigração das décadas passadas, que teve o seu catastrófico zénite naquele chamamento de fronteiras abertas feito por Merkel em 2015.

O sociólogo socialista Giovanni Sartori avisou, há 25 anos, que a Europa se dirigia a uma catástrofe, porque a imigração inassimilável lhe estouraria no coração. E podia ter sido evitado.
Fechando as fronteiras exteriores, com aviso a todos os países de origem que ninguém chegado ilegalmente jamais poderia regularizar a sua situação, e com deportações maciças, contundentes e eficazes. A Suécia prepara agora medidas, depois de afundar-se nos terríveis efeitos dos erros passados, com cidades tomadas por bandos foragidos do Corno de África.

O senso comum foi derrotado vezes sem conta. Foi mais forte a agenda ideológica das forças do consenso social-democrata que vêem na imigração uma das formas de dissolver as nações europeias e as suas identidades, para criar um super-espaço multicultural.

Pois aí o têm, o espaço multicultural do terror e da impotência dos governantes. Incapaz de proteger a vida, a segurança e a propriedade dos franceses, o lastimável presidente Macron suplica aos piores bárbaros que tenham por bem não queimar toda a França. Enquanto em Bruxelas, Macron, Scholz, Sánchez, Von der Leyen e toda a tropa de culpados por estas derrocadas tentam forçar os outros a cair na mesma ratoeira e atraiçoar as suas nações.»

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«Emmanuel Macron es hoy la imagen perfecta de la impotencia mientras arde Francia, como preludio a otros previsibles incendios por otros muchos rincones de Europa.
Es la impotencia bien merecida de los políticos europeos del consenso socialdemócrata de la mentira, de la irresponsabilidad y la temeridad criminal que supone toda la política de inmigración de las pasadas décadas y que tuvo su catastrófico cenit en aquel llamamiento de fronteras abiertas que hizo Merkel en 2015.

El sociólogo socialista Giovanni Sartori avisó hace ya 25 años de que Europa iba a la catástrofe porque la inmigración inasimilable le estallaría en el corazón. Pudo haberse evitado.
Cerrando las fronteras exteriores, con el aviso a todos los países de origen de que nadie llegado ilegalmente podría jamás regularizar su situación y con deportaciones masivas, contundentes y eficaces. Suecia está ahora preparando medidas tras hundirse en los terribles efectos de los errores del pasado con ciudades tomadas por bandas de forajidos del Cuerno de África.

El sentido común ha sido derrotado una y otra vez. Ha podido más la agenda ideológica de las fuerzas del consenso socialdemócrata que ven en la inmigración una de las formas de disolver las naciones europeas y sus identidades para crear un superespacio multicultural.

Pues ahí lo tienen, el espacio multicultural del terror y de la impotencia de los gobernantes. Incapaz de proteger la vida, la seguridad y la propiedad de los franceses, el lastimoso presidente Macron suplica a los peores bárbaros que tengan a bien no quemar toda Francia. Mientras en Bruselas, Macron, Scholz, Sánchez, Von der Leyen y toda la tropa de culpables de estas socavaciones intentan forzar a otros a caer en la misma trampa y traicionar a sus naciones.»

02/07/2023

A morte do Ocidente | La muerte de Occidente


«O Ocidente eram Roma frente a Cartago e Grécia frente aos persas. Hoje, o Ocidente já não é nada disso. [...]

Hoje o Ocidente é um ancião decrépito com evidentes problemas cognitivos, corrupto e lascivo, que tenta dissimular a sua indisfarçável senilidade com um certo sorriso odontológico e os gestos mecânicos de um boneco articulado. O Ocidente é hoje Joe Biden (e os seus duplos). É a histeria "woke" e a maldição sobre a própria História, o ódio a si próprio de quem se olha e apenas reconhece o vazio do que um dia existiu. E o gesto estúpido das multidões narcotizadas repetindo a si mesmas «oh, como sou feliz» sem afastar o olhar do telefone enquanto se ajoelham perante o seu próprio vazio. E seres que não são homens nem mulheres, nem têm filhos, nem terra, nem Deus; seres que não são nem têm nada. Hoje o Ocidente deixou de ser Roma para ser Cartago.

Hoje o Ocidente está a suicidar-se pela sua própria ideologia, como diz Emmanuel Todd. Hoje o Ocidente quer morrer. Hoje o Ocidente merece morrer. Pois bem: que morra. E então, talvez, os últimos homens sobre esta terra, já não abençoada, descobrirão uma forma de começar de novo. Talvez, então, possamos recuperar a ingenuidade daquele primeiro grego ao qual apareceu, em sonhos, o perfil do Pártenon.»

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«Occidente eran Roma frente a Cartago y Grecia frente a los persas. Hoy Occidente ya no es nada de eso. [...]

Hoy Occidente es un anciano decrépito con evidentes problemas cognitivos, corrupto y lascivo, que intenta disimular su indisimulable senilidad con cierta sonrisa odontológica y gestos mecánicos de muñeco articulado. Occidente hoy es Joe Biden (y sus dobles). Es la histeria de lo woke y la maldición sobre la propia historia y el odio a sí mismo de quien se mira y sólo reconoce el vacío de lo que un día existió. Y el gesto bobo de las multitudes narcotizadas repitiéndose a sí mismas «oh, qué feliz soy», sin apartar la vista del móvil, mientras se ponen de rodillas ante su propio vacío. Y seres que no son hombres ni mujeres, ni tienen hijos, ni tienen tierra ni tienen Dios, seres que no son ni tienen nada. Hoy Occidente ha dejado de ser Roma para ser Cartago.

Hoy Occidente se está suicidando por su propia ideología, como dice Emmanuel Todd. Hoy Occidente quiere morir. Ergo, hoy Occidente merece morir. Pues bien: que muera. Y entonces, tal vez, los últimos hombres sobre esta tierra, ya no bendita, descubrirán una forma de empezar de nuevo. Tal vez, entonces, podamos recuperar la ingenuidad de aquel primer griego al que se le apareció, en sueños, el perfil del Partenón.»