Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

31/12/2022

A manipulação do “sufrágio universal” (e 2) | La manipulación del “sufragio universal” (y 2)



«A biopolítica contemporânea não precisa de chapeladas para obter os resultados eleitorais que interessam àquilo que os anglo-saxões chamam establishment, uma estrutura de poderes ao serviço do Dinheiro que elimina por completo a aventura e a indeterminação dos processos políticos. As eleições são sempre ganhas por quem o Dinheiro determina previamente; e, para ‘convencer’ os votantes, o Dinheiro infiltra-se nas suas consciências e modela as suas opiniões, mediante a criação de climas culturais propícios, mediante análises estatísticas extraordinariamente complexas, mediante o patrocínio das mensagens convenientes, etc. E se todas estas formas de domínio biopolítico se mostrarem insuficientes, pode utilizar ainda instrumentos mais traumáticos, lançando operações de falsa bandeira (por exemplo, provocando uma adesão emotiva aos políticos que recebem cartas armadilhadas) ou silenciando escândalos (como fizeram com os telhados-de-vidro de Hunter, o devasso filho do gagá Biden).

Além desta fraude permanente, existe outra fraude ainda mais intrínseca, inerente ao sufrágio universal directo, que a biopolítica tem sabido explorar com toda a determinação de uma forma maligna e implacável. O voto acaba sempre por levar – como assinalava Castellani – “a uma selecção inversa, ao encobrimento quase infalível dos irresponsáveis e dos inconscientes, à exclusão dos melhores”; porque, aí onde se exalta maniacamente a igualdade, as massas acabam por ver toda a forma de superioridade natural ou adquirida como uma ofensa pessoal que devem combater. Deste modo cumpre-se o terrível desígnio de Bloy: “As eleições constituem, cada vez mais, o testemunho de uma aceleração inaudita, fatal, verdadeiramente simbólica e profética em direcção à pequenez de espírito, à baixeza do coração e à idiotice”. Ultimamente, essa aceleração em direcção à pequenez de espírito, à baixeza do coração e à idiotice, alcançou uma velocidade vertiginosa que o Dinheiro sabe utilizar em seu proveito, mediante instrumentos de domínio biopolítico, que fazem da chapelada uma relíquia tão ultrapassada como risível.»

* * * * *

«La biopolítica contemporánea no necesita hacer pucherazos para obtener los resultados electorales que interesan a eso que los sajones llaman establishment, un entramado de poderes al servicio del Dinero que elimina por completo la aventura y la indeterminación en los procesos políticos. Las elecciones siempre las gana quien el Dinero determina previamente; y, para ‘convencer’ a los votantes, el Dinero se infiltra en sus conciencias y modela sus opiniones, mediante la creación de climas culturales propicios, mediante análisis demoscópicos extraordinariamente complejos, mediante el patrocinio de los mensajes que le convienen, etcétera. Y si todas estas formas de dominación biopolítica resultan todavía insuficientes, puede utilizar incluso instrumentos más traumáticos, lanzando operaciones de falsa bandera (por ejemplo, provocando adhesiones emotivas hacia políticos que reciben sobres con balas) o acallando escándalos (como hicieron silenciando las correrías de Hunter, el hijito crápula del gagá Biden).

Además de este fraude permanente, existe otro fraude todavía más constitutivo, inherente al sufragio universal directo, que la biopolítica ha sabido explotar a ultranza de forma maligna e implacable. El voto siempre termina llevando –como señalaba Castellani– “a una selección al revés, al encumbramiento casi infalible de los irresponsables y los inconscientes, a la exclusión de los mejores”; porque, allá donde se exalta maniáticamente la igualdad, las masas terminan viendo toda forma de superioridad natural o adquirida como un agravio personal que deben combatir. De este modo, se cumple el terrible designio de Bloy: “Las elecciones constituyen, cada vez más, el testimonio de una aceleración inaudita, fatal, verdaderamente simbólica y profética hacia la pequeñez de espíritu, la bajeza de corazón y la idiotez”. Últimamente, esa aceleración hacia la pequeñez de espíritu, la bajeza de corazón y la idiotez ha alcanzado una velocidad vertiginosa que el Dinero sabe utilizar en su provecho, mediante instrumentos de dominación biopolítica que hacen del pucherazo una reliquia tan viejuna como risible.» (El Manifiesto)

30/12/2022

A manipulação do “sufrágio universal” (1) | La manipulación del “sufragio universal” (1)



«A chapelada, entendida como a alteração do escrutínio dos votos, parece-me uma velharia imprópria dos tempos da ‘biopolítica’ em vigor; as fraudes não se cometem hoje na contagem dos votos, mas mediante mecanismos muito mais subtis, como a ‘gestão das opiniões’ e, mais ainda, das consciências. Dizia Rousseau que a maioria nunca se engana; e Ibsen, saindo-lhe ao caminho, afirmava que a maioria engana-se sempre. Ambas afirmações são uma patranha: a maioria, nos tempos da biopolítica, nem acerta nem se engana, limita-se apenas a fazer o que lhe mandam; ou, dito com mais propriedade, o que a induzem suavemente a fazer, mediante técnicas persuasivas que actuam como uma chuva fina sobre a consciência (técnicas que, evidentemente, nada têm a ver com a tosca propaganda eleitoral de antanho).

Dizia o visionário Léon Bloy há mais de um século que “o sufrágio universal é e imolaçã́o frenética, sistemática e mil vezes insensata da consciência”; tal afirmação, muito ousada para a época, tornou-se hoje uma realidade inquestionável. E para conseguir que as consciências se imolem à maioria, a biopolítica infiltra-se nelas e implanta muito delicadamente opiniões que os implantados crêem ser opiniões próprias. Como nos ensina Edward Bernays na sua obra clássica Propaganda, “a manipulação consciente e inteligente dos hábitos e opiniões das massas é um elemento fundamental da sociedade democrática”.»

* * * * *

«El pucherazo, entendido como alteración del escrutinio de los votos, se me antoja una antigualla impropia de los tiempos de ‘biopolítica’ reinantes; los fraudes hoy no se cometen en el cómputo de los votos, sino mediante mecanismos mucho más sutiles, tales como la ‘gestión de las opiniones’ y aun de las conciencias. Decía Rousseau que la mayoría no se equivoca nunca; e Ibsen, saliéndole al paso, afirmaba que la mayoría se equivoca siempre. Ambas afirmaciones son paparruchas: la mayoría, en los tiempos de la biopolítica, ni acierta ni se equivoca, sino que se limita a hacer lo que le mandan; o, dicho con más propiedad, lo que la inducen suavemente a hacer, mediante técnicas persuasivas que actúan a modo de lluvia fina o calabobos sobre la conciencia (técnicas que, por supuesto, nada tienen que ver con la burda propaganda electoral a la antigua usanza).

Decía el visionario Léon Bloy hace más de un siglo que “el sufragio universal es la inmolación frenética, sistemática y mil veces insensata de la conciencia”; tal afirmación, por entonces muy osada, hoy se ha vuelto una realidad incuestionable. Y para conseguir que las conciencias se inmolen a la mayoría, la biopolítica se infiltra en ellas e implanta muy delicadamente opiniones que los implantados perciben como opiniones propias. Como nos enseña Edward Bernays en su clásica obra Propaganda, “la manipulación consciente e inteligente de los hábitos y opiniones de las masas es un elemento fundamental en la sociedad democrática”.

24/12/2022

Dez meses | Diez meses


«A impotência da UE está clara para todo o mundo, menos para a máfia mediática e para os governinhos de brinquedo. Estamos a assistir ao derrube do triunfalismo posterior à Guerra Fria, ao “fim da História” e do unilateralismo. A realidade bate, e bate com dureza. Basta observar o desfile de tagarelas e de “especialistas” que nos meios de comunicação ocidentais falam sobre a loucura de Putin. Como não o compreendem, concluem então que deve estar louco.

O Ocidente, tal como o conhecíamos até agora, acabou. Para lá da confusão, da estupidez, da arrogância, da histeria, das sanções, o Ocidente já não tem mais nada na sua bagagem. Já só lhe resta esvaziar o vodka na sanita, proibir a música e o cinema russo, mudar o nome a uma bebida ou a uma salada, proibir a presença de gatos russos em concursos internacionais, eliminar uma árvore russa de uma competição virtual, apreender o iate de um milionário russo, ou envergar uma camisola azul e amarela. É patético. E, sobretudo, não deixar que qualquer meio de comunicação russo possa instalar a dúvida nos borregos com a sua “desinformação”. É como durante a URSS, mas mais estúpido.

O judo consiste em enganar e utilizar a força do adversário contra ele próprio. Putin, um cinturão negro, levou o Ocidente ao suicídio com o judo. Qual é a conclusão a que se chegará no mundo inteiro? Foi-lhe dito alto e bom som o seguinte: “Colocai o vosso dinheiro nos nossos bancos: podemos confiscá-lo. Colocai os vossos valores no nosso território: podemos roubá-los. Utilizai a nossa moeda: podemos anulá-la. Deixai o vosso iate num porto nosso: podemos pirateá-lo. Deixai o vosso ouro nas nossas caixas-fortes: podemos apoderar-nos dele”. Esta é a mensagem que ecoará em todo o planeta. Esta é uma lição que o mundo não esquecerá. Esta é uma mostra crua e dura de que a “ordem mundial baseada em regras” significa simplesmente que uns estabelecem as regras (que não estão obrigados a cumprir) e que os outros devem limitar-se a obedecê-las.»

* * * * * 

«La impotencia de la UE está clara para todo el mundo, menos para la mafia mediática y gobiernitos como el de Sánchez.
Estamos asistiendo al derrumbe del triunfalismo posterior a la Guerra Fría, al “fin de la Historia” y del unilateralismo. La realidad golpea, y golpea muy duramente. Basta con observar el desfile de parlanchines y de “expertos” en los medios occidentales que hablan de la locura de Putin. Como no lo comprenden, entonces concluyen que debe estar loco.

Occidente, tal como lo conocíamos hasta ahora, se ha acabado. Al margen de la confusión, las estupideces, la arrogancia, la histeria, las sanciones, Occidente ya no tiene más nada en su equipaje. Ya sólo le queda vaciar el vodka en el váter, prohibir la música y el cine ruso, cambiarle el nombre a una bebida o una ensalada, prohibir la presencia de gatos rusos en concursos internacionales, eliminar un árbol ruso de una competición virtual, incautar el yate a un millonario ruso, o ponerse una camiseta azul y amarilla. Es patético. Y sobre todo no dejar que un medio ruso pueda hacer dudar a los borregos con su “desinformación”. Como durante la URSS, pero en más estúpido.

El judo consiste en engañar y utilizar la fuerza del adversario contra éste. Putin, un cinturón negro, ha llevado a Occidente al suicidio con el judo. ¿Cuál es la conclusión a la que se llegará en el mundo entero? ¿Qué le ha dicho Occidente al mundo entero? Les ha dicho alto y fuerte los siguiente: “Colocad vuestro dinero en nuestro bancos: lo podemos confiscar. Colocar vuestros valores sobre nuestro territorio: los podemos robar. Utilizad nuestra moneda: podemos anularla. Dejad vuestro yate en un puerto nuestro: lo podemos piratear. Dejad vuestro oro en nuestras cajas fuertes: podemos apoderarnos de él”. Este es el mensaje que resonará en todo el planeta. Esta es una lección que el mundo no olvidará. Esta es una muestra cruda y dura de que el “orden internacional basada en reglas” significa simplemente que unos establecen las reglas (que no están obligados a cumplir) y que los demás deben limitarse a obedecerlas.» (Alerta Digital 4.4.22 e sempre actual)

23/12/2022

Querem proibir Homero | Quieren prohibir a Homero



«Segundo informou na altura o Washington Post, os energúmenos de um centro “educativo” do Massachusetts proibiram há uns meses o ensino da Odisseia de Homero. Por ser machista, heteropatriarcal, violento, racista... Enfim, o habitual. É curioso que num mundo como o nosso, centrado nas notícias-espectáculo, tal coisa tenha passado despercebida. Curioso? Não é curioso, é normal que num mundo como o nosso semelhante notícia não escandalize ninguém, nem abra noticiários, nem ocupe a primeira página dos jornais.

No entanto, a coisa é arrepiante. Pela primeira vez na história da nossa civilização proibiu-se a Odisseia de Homero, a obra que, juntamente com a Ilíada e os relatos mitológicos de Hesíodo, constituía a “bíblia” sobre a qual se cimentava toda a cultura da Antiguidade, continuando a marcar o saber e o sentir dos homens durante os séculos em que a nossa civilização florescia e os bárbaros não pretendiam destruí-la.
Porque é disto precisamente que se trata: de acabar com as nossas raízes, com a nossa civilização. Com a mais alta, dito seja com todo o respeito pelas outras.

É indiferente que “apenas” num centro escolar do Massachusetts se tenha proibido o ensino da Odisseia (juntamente com o aplauso tributado no Twitter pelos professores censores e pelos seus já descerebrados alunos). É indiferente que “apenas” se tenha cortado a Odisseia e, entretanto, preservado a Ilíada (vá-se lá saber porquê), bem como a infinidade de obras do nosso acervo cultural, a maioria das quais não cumprem os preceitos do politicamente correcto e sobre as quais acabará por cair, mais tarde ou mais cedo, o machado do verdugo. Ou da verduga.»

* * * * *

«Según informaba en su momento el Washington Post, los energúmenos de un centro “educativo” de Massachusetts prohibieron hace unos meses la enseñanza de la Odisea de Homero. Por machista, heteropatriarcal, violento, racista... Lo de siempre, enfin. Es curioso que en un mundo como el nuestro centrado en las noticias espectaculares, tal cosa haya pasado desapercibida. ¿Es curioso, decía?... No, qué va a ser curioso, es normal que en un mundo como el nuestro semejante noticia no haya escandalizado a nadie, ni abierto los telediarios, ni ocupado las primeras páginas de los periódicos.

La cosa, sin embargo, es estremecedora. Por primera vez en la historia de nuestra civilización se ha prohibido la Odisea de Homero, la obra que, junto a la Iliada y los relatos mitológicos de Hesíodo, constituía la “biblia” sobre la que se cimentaba toda la cultura de la Antigüedad al tiempo que continuó marcando el saber y el sentir de los hombres durante los siglos en que nuestra civilización florecía y los bárbaros no pretendían destruirla.
Porque de esto precisamente se trata: de acabar con nuestras raíces, con nuestra civilización. Con la más alta, dicho sea con todo el respeto por las demás.

Da igual que “sólo” en un centro escolar de Massachusetts se haya prohibido la enseñanza de la Odisea (junto con el aplauso tributado en Twitter por los profesores censores y por sus ya descerebrados alumnos). Da igual que “sólo” se haya puesto en la picota la Odisea y se haya, en cambio, preservado la Iliada (vayan ustedes a saber por qué), así como la multitud de obras de nuestro acervo cultural, la mayoría de las cuales incumplen los preceptos de lo políticamente correcto y sobre las que acabará cayendo, tarde o temprano, el hacha del verdugo. O de la verduga.» (El Manifiesto)

12/12/2022

A cobardia da Igreja actual | La cobardía de la Iglesia hoy



«Efectivamente, nos primeiros séculos, a Igreja teve de empenhar-se a fundo nas tácticas defensivas, ou seja na Apologia. No tempo em que se construía a Igreja para dentro, esta empregou os seus melhores efectivos na defesa do acosso exterior; porque era extremamente difícil que o mundo a deixasse desenvolver-se. Aí estão as catacumbas, e aí estão as perseguições sangrentas. A rejeição da sociedade era enorme – como a que sofre hoje, mas mais visceral. Hoje predomina entre todo o tipo de adversários a táctica da tolerância: eu tolero-te, mas ficas a saber que não só não gosto nada de ti como até te odeio. Neste sistema também sofremos uma guerra mortal, mas sem derramamento de sangue. Uma guerra que está a desgastar a Igreja de uma maneira espantosa; porque a táctica pastoral dominante é a de não opor resistência, antes pelo contrário, mimetizar-se o mais possível com o inimigo. E é evidente que esta táctica não é nada boa. A prova está em que a Igreja, hoje, não pára de retroceder e de encolher – ao passo que as perseguições dos primeiros séculos (e, sobretudo, a valente resposta dos cristãos) fizeram-na crescer e fortalecer-se. Prova evidente de qual é a táctica correcta e qual a incorrecta. [...]

Isto significa que à pastoral de hoje falta o elemento apologético. O católico deve saber defender a sua fé ante os que o atacam e os que o ridicularizam. Não parece ser uma boa táctica continuar com a mesma estratégia e com a mesma pastoral de quando o catolicismo era a religião universal, que ninguém colocava em dúvida, e quando era raro que alguém não fosse à missa de domingo, ou passasse sem a confirmação da religião. Não é acertado actuar como se a nossa moral continuasse a ser a moral universal. Se te arruinaram o campo derramando nele toneladas de sal, não podes continuar a semear como se nada se tivesse passado. Será um milagre se essa sementeira não for totalmente estéril. Por isso há (e não são poucos) os que nem sequer se dão ao trabalho de semear. A solução óbvia não é deixar de semear, como tantos fazem, nem continuar a semear como se fazia antes de envenenar o campo (e são muitos os que continuam com essa táctica), mas voltar a arar o terreno, ainda mais fundo, para torná-lo novamente fértil. [...]

Hoje, um cristão bem preparado, com o catecismo e a teologia agora necessárias, deve ser capaz de defender com coerência e firmeza a sua posição antiabortista, a sua defesa do matrimónio cristão indissolúvel, a sua posição contra a eutanásia, a sua posição contra a sodomia, a sua convicção de que a Igreja é um dos grandes dons que Deus nos deu, não só aos católicos, como a toda a humanidade. Tudo isto acrescentado ao que se ensina na catequese ordinária (na qual se incluem as homilias). Porque se o cristão não é hoje capaz de responder com claridade e firmeza aos ataques que lhe vêm pelos flancos todos os dias, mostrando a credibilidade da sua fé, anda bem perdido: mais lhe vale passar despercebido, não chamar as atenções, calar-se e dissimular. Porque não é caso para dar a cara, para que outros a partam. Essa não é uma forma muito acertada de ser cristão. Não temos de nos envergonhar da cruz, não temos de a esconder.»

* * * * *

«Efectivamente, en los primeros siglos, la Iglesia tuvo que emplearse a fondo en las tácticas defensivas, es decir en la Apología. Al tiempo que se construía la Iglesia hacia dentro, empleó ésta a sus mejores efectivos en defenderse del acoso exterior: porque era sumamente difícil que el mundo la dejase desarrollarse. Ahí están las catacumbas, y ahí las sangrientas persecuciones. El rechazo de la sociedad era tremendo. Como el que sufre hoy, pero más visceral. Hoy predomina entre los adversarios de todo género la táctica de la tolerancia: te soporto, pero sepas que no sólo no me gustas nada, sino que hasta te odio. En este sistema hemos de sufrir también la guerra a muerte pero incruenta. Una guerra que está desgastando a la Iglesia de una manera tremenda: porque la táctica pastoral dominante es no oponer resistencia, antes al contrario, mimetizarse todo lo posible con el enemigo. Y no, es evidente que esta táctica no es nada buena. La prueba está en que no para de retroceder y de menguar hoy la Iglesia; mientras que las persecuciones de los primeros siglos (y sobre todo la valiente respuesta de los cristianos) la hicieron crecer y robustecerse. Prueba evidente de cuál es la táctica correcta y cuál la incorrecta. […]

Eso significa que a la pastoral de hoy le falta el elemento apologético. El católico ha de saber defender su fe ante los que la atacan y ante los que la ridiculizan. No parece una buena táctica seguir con la misma estrategia y con la misma pastoral de cuando el catolicismo era la religión universal, no puesta en duda por nadie, y cuando lo raro era que alguien no fuese a misa los domingos o pasase de la asignatura de religión. No es un acierto actuar como si nuestra moral siguiese siendo la moral universal. Si te han arruinado el campo derramando en él toneladas de sal, no puedes seguir sembrando como si tal cosa. Milagro será que esa siembra no resulte totalmente estéril. Por eso los hay (y no pocos) que ni siquiera se molestan en sembrar. La solución obvia no es dejar de sembrar, como hacen tantos, ni tampoco seguir sembrando como se venía haciendo antes de envenenar el campo (son muchos los instalados en esa táctica), sino volver a roturar, aún más hondo, para hacerlo fértil de nuevo. […]

Hoy, un cristiano bien preparado, con la clase de catecismo y de teología que hoy se necesita, ha de ser capaz de defender con coherencia y firmeza su posición antiabortista, su defensa del matrimonio cristiano indisoluble, su posición contra la eutanasia, su posición contra la sodomía, su convicción de que la Iglesia es uno de los grandes dones que nos ha dado Dios no sólo a los católicos, sino a toda la humanidad. Todo esto, añadido a lo que se le enseña en la catequesis ordinaria (en la que se incluyen las homilías). Porque si hoy el cristiano no es capaz de responder con claridad y firmeza a los ataques que le vienen por esos flancos todos los días, mostrando la credibilidad de su fe, anda bien perdido: más le vale pasar inadvertido, no hacerse notar, callar y disimular. Porque no es el caso de dar la cara para que te la partan. Y ésa no es una forma demasiado acertada de ser cristiano. No hemos de avergonzarnos de la cruz, no hemos de esconderla.» (Alerta Digital)

06/12/2022

Que liberdade de expressão? (e 2) | ¿Qué libertad de expresión? (y 2)



«Ao fim de quarenta anos, o panorama mediático transformou-se: apareceram televisões internacionais de informação contínua, sítios internet e redes sociais. Simultaneamente, assistimos a uma gigantesca concentração dos media nas mãos de um punhado de proprietários. No entanto, nenhum dos problemas listados em 1978 mudou. Pelo contrário, com o mundo unipolar eles pioraram.

A profissão jornalística consiste hoje em dia em redigir despachos de agências ou em contextualizar essas notícias para os media. As agências de notícias não têm fontes, são factuais, enquanto os media propõem comentários e análises referindo-se às agências de notícias. A contextualização requer muitos conhecimentos históricos, económicos, etc., dos quais os actuais jornalistas são em grande parte desprovidos. O imediatismo nas rádios e nas televisões não lhes confere tempo para a leitura de livros e muito menos para a consulta de arquivos, salvo durante investigações de fundo. Assim, os comentários e as análises foram ficando consideravelmente empobrecidos.

A ideologia dominante no Ocidente, que tende a ser «global», tornou-se uma religião sem Deus. Só há dois campos: o do “Bem” e o dos “apóstatas”. A verdade é determinada por um consenso no seio das elites enquanto a população a rejeita. Toda a crítica é considerada blasfema. Já não há mais espaço para o debate e, portanto, para a democracia.

A imprensa alternativa tornou-se tanto mais pobre quanto ela se baseia nos mesmos dados que os media internacionais: os despachos das agências de notícias. Basta, com efeito, controlar a AFP, a AP e a Reuters para nos imporem uma visão dos factos. Pode-se condimentá-la segundo esta ou aquela tendência, republicana ou democrata, conservadora ou progressista, etc., mas acabará por dar sempre o mesmo prato.

Desde os atentados do 11 de Setembro, os que contestam a versão oficial dos acontecimentos são qualificados de «conspiracionistas». Desde a eleição de Donald Trump, os que contestam os dados das agências de notícias são acusados de deformar a realidade e de imaginar fake news (notícias falsas). Os jornalistas, após se terem interdito de veicular o pensamento dos «conspiracionistas», quer dizer, dos dissidentes, tentam agora “corrigir” as fake news com “check news”.

Ora, no mesmo período, a crença nas versões dos grandes media afundou. Nos Estados Unidos, o Instituto Gallup avalia a confiança na imprensa escrita desde 1973 e na imprensa audiovisual desde 1993. Assim, a dos jornais passou de 51% para 16% e a das rádios e das televisões passou de 46% para 11%.»

* * * * *

«En 40 años se ha visto una transformación del paisaje mediático. Han aparecido televisoras ‎internacionales de información continua, sitios web informativos y las llamadas “redes sociales”. ‎Al mismo tiempo se ha producido una gigantesca concentración de los medios en manos de un ‎puñado de propietarios. Pero no se ha resuelto ninguno de los problemas señalados en 1978. ‎Al contrario, el mundo unipolar los ha agravado.

El trabajo periodístico consiste hoy sobre todo en redactar despachos de agencia o en ‎contextualizar esos despachos para los medios que los publican. Las agencias de prensa reportan ‎sin precisar las fuentes mientras que los medios proponen comentarios y análisis refiriéndose… a ‎lo que reportan las agencias de prensa. Pero la contextualización exige amplios conocimientos históricos, económicos, etc., conocimientos ‎que la enorme mayoría de los periodistas actuales simplemente no tiene. La inmediatez de la ‎radio y la televisión no deja a los periodistas el margen de tiempo que necesitarían para leer libros ‎y mucho menos para consultar archivos, exceptuando quizás la realización de investigaciones ‎de fondo. Resultado: los comentarios y análisis se han empobrecido considerablemente.

La ideología dominante en Occidente, que tiende a convertirse en «global», ha pasado a ser una religión sin Dios. Ya sólo se habla de dos bandos: el del Bien y el de los apóstatas. La “Verdad” ‎se determina por consenso, pero un consenso en el que sólo intervienen las élites mientras que ‎el pueblo lo rechaza. Toda crítica es considerada blasfematoria. Ya no hay espacio para ‎el debate, y por ende tampoco hay espacio para la democracia.

Y la prensa alternativa está adoleciendo de la misma pobreza dado el hecho que también se basa ‎en lo mismo que utilizan los medios internacionales: los despachos de las agencias de prensa. ‎Para imponer al mundo una visión de los hechos sólo hay que controlar las agencias AFP, AP y ‎Reuters. Lo que nos “sirven” esas agencias de prensa puede acomodarse con la salsa de ‎cualquier tendencia –republicana o demócrata– pero el plato sigue siendo el mismo.

Desde los atentados del 11 de septiembre de 2001, cualquiera que ponga en duda la versión ‎oficial de aquellos acontecimientos se verá automáticamente calificado de «complotista» o ‎‎«conspiracionista». Desde la elección de Donald Trump, quienes cuestionan lo que publican las ‎agencias de prensa son acusados de deformar la realidad y de inventar «fake news». ‎Los periodistas, que ya se prohibieron a sí mismos hacer referencia a lo que dicen o escriben los ‎‎«complotistas» –que en realidad son disidentes–, ahora se dedican a “corregir” las ‎‎«fake news» en larguísimos “check news”.

Y mientras tanto se ha desplomado la confianza de la gente en lo que divulgan los grandes ‎medios. En Estados Unidos, el instituto Gallup ha publicado una evaluación sobre el nivel de ‎confiabilidad que el público concede a la prensa escrita (desde 1973) y a la prensa audiovisual ‎‎(desde 1993). La confianza del público en los periódicos cayó del 51 al 16% y su confianza en ‎lo que transmiten la radio y la televisión se desplomó del 46 al 11%.» [voltairenet.org]

05/12/2022

Que liberdade de expressão? (1) | ¿Qué libertad de expresión? (1)



«Após a Segunda Guerra Mundial, o Direito Internacional moderno foi estabelecido com a ideia de combater a «propaganda de guerra» (Resolução 110 da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 3 de Novembro de 1947 e Resolução 381 de 17 de Novembro de 1950). Rapidamente, os legisladores internacionais, quer dizer os Estados soberanos, acordaram que não se podia lutar contra a guerra senão velando pela «livre circulação das ideias» (Resolução 819 de 11 de Dezembro de 1954).

Ora, no decurso dos últimos anos, assistimos a um recuo extraordinário que nos priva do pensamento dos outros, nos expõe à propaganda de guerra e, por fim, nos precipita para um conflito mundial. Este fenómeno começou com a censura privada nas redes sociais do Presidente em exercício dos Estados Unidos, depois continuou com a censura pública dos media russos no Ocidente. Agora, o pensamento alheio já não é entendido como um instrumento de prevenção das guerras, mas como um veneno que nos ameaça.

Os Estados ocidentais dotam-se de instâncias encarregadas de «rectificar» as informações que eles dizem falsificadas (fake news). A OTAN pensa na criação de uma unidade, baptizada Information Ramstein, encarregue de censurar já não mais as fontes de informação russas, mas as ideias russas no meio dos 30 Estados membros da Aliança Atlântica. Trata-se de uma completa reviravolta de valores da Aliança Atlântica que foi baseada na continuação da Carta do Atlântico, a qual incorporava as «quatro liberdades» do Presidente Franklin Roosevelt. Sendo a liberdade de expressão a primeira delas.»

* * * * *

«Después de la Segunda Guerra Mundial, el derecho internacional se constituyó con la idea de ‎contrarrestar la «propaganda de guerra» (ver la resolución 110 de la Asamblea General de ‎la ONU, adoptada el 3 de noviembre de 1947 y la resolución ‎‎381 del 17 de noviembre de 1950). Rápidamente, los ‎legisladores en temas internacionales, o sea los Estados soberanos estuvieron de acuerdo en que ‎sólo era posible luchar contra la guerra garantizando la «libre circulación de las ideas» (Ver la ‎‎(resolución 819 del 11 de diciembre de 1954).

Sin embargo, durante los últimos años ha podido verse un extraordinario retroceso que ‎nos impide saber lo que piensan los demás, nos deja a la merced de la propaganda de guerra y, ‎en definitiva, nos empuja hacia un conflicto mundial. Ese fenómeno comenzó con la censura privada ejercida en las redes sociales contra un presidente ‎estadounidense en funciones, continuó después con la censura pública [de los gobiernos] ejercida ‎en Occidente contra los medios rusos. Y, en este momento, el acceso al pensamiento de los ‎demás ya no se ve como una herramienta que debe evitar las guerras sino como un veneno.

Así que Estados occidentales se dotan de órganos encargados «corregir» o «rectificar» las ‎informaciones que ellos tildan de falsas, de fake news. En este momento, la OTAN se plantea la creación de una unidad que se denominaría Information ‎Ramstein y cuya misión ya no será censurar las fuentes de información rusas sino censurar las ideas rusas ‎en los 30 países miembros de la alianza atlántica. Eso marca una inversión total de los valores de la alianza atlántica, fundada en base a la Carta del ‎Atlántico, documento que incluía las «cuatro libertades» del presidente Franklin Roosevelt. ‎La primera de esas libertades es la libertad de expresión.»