Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

28/10/2022

Marcha sobre Roma: 100 anos | Marcha sobre Roma: 100 años



Fascismo Vs. Marxismo – «Foi a necessidade que criou a realidade do fascismo, frente à dissolvente, boçal e suicida ideologia marxista.

O marxismo proclama a inumana luta de classes, base de ódios e injustiças, de reacções criminosas e de exclusivismos aniquiladores. O fascismo levanta a doutrina da concórdia e da ajuda mútua entre todas as classes sociais, a harmonia de todos os órgãos de produção para conseguir uma maior equidade distributiva.

O marxismo aspira e tem por fim imediato a ditadura do proletariado; a tirania, portanto, de uma classe sobre todas as outras de um povo, prolongando a abjecta tese de vencedores e vencidos. O fascismo defende a formação de um Estado corporativista, sem intermediários políticos, astuciosos e embusteiros, nem parasitas de espécie alguma, no qual todas as classes de uma Nação, por intermédio de Sindicatos e agremiações, tenham participação no governo do Estado.

O marxismo escraviza os outros, em proveito exclusivo de um partido. O fascismo, pelo contrário, beneficia de igual modo todas as classes sociais.

O marxismo é materialista e ateu. O fascismo é fé e espírito.

O marxismo ao destruir os fundamentos da instituição familiar, célula formativa do princípio nacional, tenta aniquilar o conceito da Pátria. O fascismo protege o desenvolvimento familiar, cooperando no engrandecimento da Pátria.

O marxismo é ódio, é sangue, é destruição, é retrocesso. O fascismo é consonância, é progresso, é bem-estar.

O marxismo é a negação da tradição e da história dos povos, como se a experiência reiterada das gerações fosse uma bagagem inútil. O fascismo, ao recolher todos os ensinamentos do passado, adaptando-os às urgências actuais, serve de ponte salvadora da civilização e da cultura.

O conceito materialista do marxismo anula tudo o que de mais nobre existe no espírito humano, precipitando o homem na irresolução dos seus problemas espirituais. O fascismo, pelo contrário, ao harmonizar o problema social com um conceito poético da História e da vida, cria a mais alta e generosa disposição mental.

O marxismo é desordem, é anarquia, é desagregação, em proveito de uns poucos. O fascismo é ordem, é unidade e é autoridade em benefício de todas as classes sociais.

O marxismo persegue a Religião. O fascismo faz sua a regra evangélica: Dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César.»

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Fascismo Vs. Marxismo – «La necesidad ha creado la realidad del fascismo, frente a la disolvente, energuménica y suicida ideología marxista.

El marxismo predica la inhumana lucha de clases, base de odios e injusticias, de criminales reacciones y de aniquiladores exclusivismos. El fascismo levanta la doctrina de la concordia y la ayuda mutua entre todas las clases sociales, la armonía de todos los órganos de la producción para conseguir una mayor equidad distributiva.

El marxismo aspira y tiene por fin inmediato la dictadura del proletariado; la tiranía, pues, de una clase sobre todas las demás de un pueblo, prolongando la oprobiosa tesis de vencedores y vencidos. El fascismo propugna la formación de un Estado corporativista en el que sin intermediarios políticos, avisados y embusteros, ni parásitos de ninguna especie, todas las clases de una Nación, por medio de Sindicatos y agremiaciones, tengan participación en la gobernación del Estado.

El marxismo esclaviza a los más, en provecho exclusivo de un partido. El fascismo, por el contrario, beneficia por igual a todas las clases sociales.

El marxismo es materialista y ateo. El fascismo es fe y es espíritu.

El marxismo al destruir los fundamentos de la institución familiar, célula formativa del principio nacional, intenta aniquilar el concepto de la Patria. El fascismo protege el desenvolvimiento familiar, cooperando al engrandecimiento de la Patria.

El marxismo es odio, es sangre, es destrucción, es retroceso. El fascismo es compenetración, es progreso, es bienestar.

El marxismo es la negación de la tradición y de la historia de los pueblos, como si la experiencia reiterada de las generaciones fuera un inútil bagaje. El fascismo, al recoger todas las enseñanzas del pasado, adaptándolas a las urgencias actuales, sirve de puente salvador de la civilización y la cultura.

El concepto materialista del marxismo anula todo lo que de más noble tiene el espíritu humano, precipitando al hombre en la irresolución de sus problemas espirituales. El fascismo, por el contrario, al armonizar el problema social con un concepto poético de la historia y la vida, crea la más alta y generosa temperatura mental.

El marxismo es desorden, es anarquía, es disgregación, en provecho de unos pocos. El fascismo es orden, es unidad y es autoridad en beneficio de todas las clases sociales.

El marxismo persigue a la Religión. El fascismo hace suya la norma evangélica: Dad a Dios lo que es de Dios y al César lo que es del César.»

26/10/2022

Uma nova cortina de ferro (2) | Un nuevo telón de acero (2)



«De facto, há neste momento duas guerras diferentes. A primeira é uma guerra fratricida, já que opõe dois países da mesma matriz histórica e que permaneceram associados durante séculos, mas não é uma guerra civil. Também não é uma guerra entre dois nacionalismos, o russo e o ucraniano, mas uma guerra entre a lógica do Estado-nação e a do Império (que nunca teve uma dimensão étnica na Rússia).

Mas é também uma guerra por procuração, uma guerra por procuração de Washington contra o Kremlin, através da Ucrânia. Isto também revela a natureza profunda da segunda guerra, a dos Estados Unidos contra a Rússia. Uma guerra que vai muito mais além da Ucrânia, já que se trata de uma guerra entre dois mundos: uma guerra a favor ou contra a hegemonia liberal, uma guerra dos Estados civilizacionais contra o universalismo desprovido de terra, dos povos preocupados com a sua continuidade histórica contra as “sociedades abertas”, das forças do enraizamento contra as forças da dissolução, das potências continentais contra as “democracias marítimas” (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Austrália, Canadá). Uma guerra de significado mundial. Uma guerra pelo poder mundial.

Isso significa que os chamamentos à “solidariedade ocidental” de Joseph Robinette Biden, o morto-vivo da Casa Branca, nos deixam frios. Pela excelente razão de que não somos ocidentais, mas europeus.»

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«De hecho, en este momento hay dos guerras distintas. La primera es una guerra fratricida, ya que enfrenta a dos países de la misma matriz histórica y que han permanecido asociados durante siglos, pero no es una guerra civil. Tampoco es una guerra entre dos nacionalismos, el ruso y el ucraniano, sino una guerra entre la lógica del Estado-nación y la del Imperio (que nunca ha tenido una dimensión étnica en Rusia).

Pero también es una guerra por delegación, una guerra por delegación de Washington contra el Kremlin a través de Ucrania. Esto también revela la naturaleza profunda de la segunda guerra, la de Estados Unidos contra Rusia. Una guerra que va mucho más allá de Ucrania, ya que se trata de una guerra entre dos mundos: una guerra a favor o en contra de la hegemonía liberal, una guerra de los Estados civilizacionales contra el universalismo desprovisto de suelo, de los pueblos preocupados por su continuidad histórica contra las "sociedades abiertas", de las fuerzas del arraigo contra las fuerzas de la disolución, de las potencias continentales contra las "democracias marítimas" (Estados Unidos, Gran Bretaña, Australia, Canadá). Una guerra de significado mundial. Una guerra por el poder mundial.

Ello significa que los llamamientos a la "solidaridad occidental" de Joseph Robinette Biden, el muerto viviente de la Casa Blanca, nos dejan fríos. Por la excelente razón de que no somos occidentales, sino europeos.»

25/10/2022

Uma nova cortina de ferro (1) | Un nuevo telón de acero (1)



«Evidentemente, não se pode dizer que “não estamos em guerra com a Rússia” e ao mesmo tempo decretar contra ela sanções de uma magnitude sem precedentes, defender publicamente uma “guerra económica e financeira total contra a Rússia” (Bruno Le Maire) e fornecer armas aos ucranianos. Os europeus aceitaram docilmente adoptar sanções contra a Rússia, das quais serão as primeiras vítimas por serem contrárias aos seus próprios interesses, sobretudo em matéria de energia e indústria (a Rússia é mais auto-suficiente do que a Europa). Ao entregar armas pesadas e aviões à Ucrânia, não para restabelecer a paz, mas para prolongar a guerra, os países ocidentais correram o grave risco de ser considerados co-beligerantes.

Saímos, então, da era do pós-guerra-fria. Levantou-se uma nova cortina de ferro, desta vez por iniciativa do Ocidente. O continente euro-asiático volta a estar partido em dois. A Finlândia e a Suécia querem entrar na OTAN, a Suíça abandona a sua neutralidade, a Alemanha rearma-se com 100.000 milhões de euros e a União Europeia assume o papel de fornecedor de armas, enquanto os que antes faziam campanha pela abolição de todas as fronteiras agora proclamam as da Ucrânia como invioláveis. Um ponto de inflexão histórico. As consequências também serão históricas.

O ex-presidente checo Václav Klaus disse-o sem rodeios: tomada como um refém pela OTAN, a Ucrânia foi desde o princípio “apenas um peão num jogo muito maior”. O primeiro perdedor neste assunto é, com efeito, o desafortunado povo ucraniano, agora bombardeado pelos russos depois de ter sido cinicamente utilizado como peão no tabuleiro estratégico estado-unidense.

Os outros grandes perdedores são os europeus, que, ao alinharem quase unanimemente com as posições estado-unidenses, demonstraram uma vez mais que não contam para nada. Uma Europa independente e não-alinhada poderia ter trabalhado para conseguir uma solução política do conflito, um acordo negociado e a reconstrução de um novo espaço de segurança colectiva à escala continental, ao mesmo tempo que se respeitavam tanto os interesses europeus como os russos. Também poderia ter adoptado o equivalente da Doutrina Monroe. Mas não foi isso o que aconteceu. Ao aliar-se rotundamente com os ditados anglo-saxões e ao adoptar medidas que só atiram lenha para a fogueira, a União Europeia perdeu toda a credibilidade.»

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«Evidentemente, no se puede decir que "no estamos en guerra con Rusia" y al mismo tiempo decretar sanciones de una magnitud sin precedentes contra ella, defender públicamente una "guerra económica y financiera total contra Rusia" (Bruno Le Maire) y suministrar armas a los ucranianos. Los europeos han aceptado dócilmente adoptar sanciones contra Rusia, de las que serán las primeras víctimas por ser contrarias a sus propios intereses, sobre todo en materia de energía e industria (Rusia es más autosuficiente que Europa). Al entregar armas pesadas y aviones a Ucrania, no para restablecer la paz, sino para prolongar la guerra, los países occidentales han corrido el grave riesgo de ser considerados cobeligerantes.

Hemos salido, pues, de la era de la posguerra fría. Se ha creado un nuevo telón de acero, esta vez por iniciativa de Occidente. El continente euroasiático vuelve a estar partido en dos. Finlandia y Suecia quieren entrar en la OTAN, Suiza abandona su neutralidad, Alemania se rearma con 100.000 millones de euros y la Unión Europea asume el papel de proveedor de armas, mientras que los que antes hacían campaña por la abolición de todas las fronteras ahora proclaman que las de Ucrania son inviolables. Un punto de inflexión histórico. Las consecuencias también serán históricas.

El expresidente checo Václav Klaus lo dijo sin rodeos: tomada como rehén por la OTAN, Ucrania ha sido desde el principio "sólo un peón en un juego mucho mayor". El primer perdedor en este asunto es, en efecto, el desafortunado pueblo ucraniano, ahora bombardeado por los rusos tras haber sido utilizado cínicamente como peón en el tablero estratégico estadounidense.

Los otros grandes perdedores son los europeos, que, al alinearse casi unánimemente con las posiciones estadounidenses, han demostrado una vez más que no cuentan para nada. Una Europa independiente y no alineada podría haber trabajado para lograr una solución política del conflicto, un acuerdo negociado y la reconstrucción de un nuevo espacio de seguridad colectiva a escala continental, al tiempo que se respetaban los intereses de los europeos tanto como los de los rusos. También podría haber adoptado el equivalente a la Doctrina Monroe. Pero esto no es lo que ocurrió. Al alinearse rotundamente con los dictados anglosajones y al adoptar medidas que echan mucha leña al fuego, la Unión Europea ha perdido toda credibilidad.»

23/10/2022

O multiculturalismo | El multiculturalismo



«Quando se afirma que a moda do multiculturalismo fracassou, estamos na verdade perante um mal-entendido. A multicultura só falhou na perspectiva dos seus opositores. Ou seja, não conseguiu criar a sociedade maravilhosa que supostamente ia nascer dessa convivência entre diferentes culturas.

Na realidade, a multicultura, esse projecto de impor diferentes culturas num mesmo espaço geográfico (o Ocidente), triunfou, logrou os seus objectivos, alcançou as suas metas com êxito: semear a desordem, o caos, a violência, e levar por fim o Ocidente à sua desaparição.

Era esse o objectivo do multiculturalismo: não o de alcançar umas sociedades harmoniosas dentro de uma impossível convivência entre grupos diametralmente diferentes, irreconciliavelmente antagónicos. Antes minar as suas fundações raciais, étnicas, culturais e civilizacionais, através de uma colonização massiva de grupos impossíveis de assimilar, pela sua natureza e pelo seu número.

Não se tratava de infundir sangue novo, mas de estabelecer as bases de uma inevitável hecatombe, com a implantação de povoações estrangeiras que, uma vez alcançada a massa crítica, opor-se-ão aos autóctones e os aniquilarão. Tratava-se de lançar as sementes da discórdia e do confronto, com a intenção de levar essas sociedades à destruição desde o interior.»

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«Cuando uno afirma que el invento del multiculturalismo ha fracasado, realmente, estamos ante un malentendido. La multicultura sólo ha fracasado desde la óptica de sus oponentes. Es decir, no ha logrado crear la sociedad maravillosa que supuestamente iba a salir de esa convivencia entre distintas culturas.

En realidad, la multicultura, ese proyecto de imponer distintas culturas en un mismo espacio geográfico (Occidente), ha triunfado, ha logrado sus objetivos, ha alcanzado sus metas con éxito: sembrar el desorden, el caos, la violencia, y llevar al final Occidente a su desaparición.

Ese era el objetivo del multiculturalismo: no lograr unas sociedades armoniosas dentro de una imposible convivencia entre grupos diametralmente diferentes, irreconciliablemente antagónicos. Sino de socavar sus cimientos raciales, étnicos, culturales y civilizacionales, mediante una colonización masiva de grupos imposibles de asimilar, por su naturaleza y su número.

No se trataba de aportar sangre nueva, sino de poner las bases de una inevitable degollina, con la implantación de unas poblaciones extranjeras que una vez alcanzada la masa crítica, se enfrentaran con los autóctonos y los aniquilaran. Se trataba de sembrar las semillas de la discordia y el enfrentamiento, con la intención de llevar a esas sociedades a su destrucción desde adentro.» (Arturo - alertadigital.com)

20/10/2022

Acerca do genocídio | Acerca de genocidio




«O clube com mais sócios no mundo é o dos inimigos dos genocídios passados. Em número de membros só é comparável com o clube dos amigos dos genocídios em curso.»

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«El club con más socios del mundo es el de los enemigos de los genocidios pasados. Solo tiene el mismo número de miembros el club de los amigos de los genocidios en curso».

09/10/2022

A luta de classes hoje | La lucha de clases hoy



«A ordem neoliberal actua hoje como uma águia com duas asas: temos a asa esquerda de farpela cor-de-rosa, e também a asa direita azulada do dinheiro. A direita e a esquerda neoliberais, subordinadas ao capital, representam os de cima contra os de baixo, o capital contra o trabalho, a globalização capitalista contra as nações soberanas e democráticas. Por isso em Itália voltou a ganhar o Partido Único articulado neoliberal, com a sua alternância sem alternativa. […] Por isso, o verdadeiro gesto revolucionário que há a fazer consiste, em primeiro lugar, superar a dicotomia direita-esquerda, que beneficia unicamente os de cima, para criar uma nova geografia política dos de baixo, ou seja, do Povo das classes trabalhadoras das classes médias. […]

Hoje é necessário ter ideias de esquerda e valores de direita, e por ideias de esquerda entendo a defesa do trabalho e a solidariedade, a comunidade e os interesses das classes trabalhadoras. Por direita entendo a pátria e a família, a honra e a transcendência. Nada disto se consegue encontrar hoje em dia, nem na direita de um azul deslavado nem na esquerda cor-de-rosa neoliberal, que são simples apêndices da cultura do nada cosmopolita.

A luta de classes existe e, como dizem as próprias classes dominantes, estão a ganhá-la sob a forma de um massacre em sentido único. A luta de classes existe hoje em dia, mas não sob a forma como Marx a pensou: a nova composição de classes apresenta de facto em cima o bloco oligárquico financeiro capitalista, e na base a união da média burguesia e das classes trabalhadoras. Nas palavras de Hegel, o amo global elitista contra o servo nacional popular. Mas a diferente luta de classes do nosso presente tem também a ver com o facto de não se tratar apenas de uma luta material e económica, como o é certamente. Trata-se também de uma luta cultural e espiritual, porque o elitista Amo Global está enraizado no relativismo pós-moderno e niilista, na cultura do cancelamento e na nova ordem mental que reflecte o nada da forma mercantil globalizadora. O Servo Nacional do Povo, pelo contrário, continua enraizado na História e na cultura, na tradição e na comunidade, nos laços com os territórios e com as pessoas, com o Sagrado e com a transcendência, pelo que a luta de classes é também uma luta cultural, que se apresenta igualmente como uma luta entre os fluxos do território, e a regulação, entre a desregulação e as normas que podem dar sentido ao mundo e à existência. A chamada cultura do cancelamento, que não é uma cultura do apagamento, mas consiste em apagar toda a cultura, é o que melhor expressa a civilização do nada da actual classe plutocrática mundial, assim como o movimento de desenvolvimento do capital que precede como o nada, do conhecido filme e livro A História Interminável. Combater na luta de classes significa, no presente, defender os interesses das classes médias e trabalhadoras, tratar de ir além da coisificação do capitalismo; mas também tratar de deter o avanço do nada tecno-capitalista valorizando a nossa civilização, a nossa história, a nossa cultura. Por isso, hoje em dia, defender Platão e Aristóteles não é, para Dotti, um gesto aristocrático importante, mas um gesto fundamental para defender a nossa civilização.»

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«El orden neoliberal actúa hoy como un águila con dos alas: tenemos el ala izquierda rosa del vestido, y luego el ala derecha azulada del dinero. La derecha y la izquierda neoliberales, supeditadas al capital, representan a los de arriba contra los de abajo, al capital contra el trabajo, a la globalización capitalista contra las naciones soberanas y democráticas. Por eso en Italia ha vuelto a ganar el Partido Único articulado neoliberal, con su alternancia sin alternativa. […] Por eso, el verdadero gesto revolucionario que hay que hacer consiste, en primer lugar, en superar la dicotomía de la derecha y la izquierda que beneficia únicamente a los de arriba para crear una nueva geografía política de los de abajo, es decir, del Pueblo de las clases trabajadoras de las clases medias. […]

Hoy es necesario tener ideas de izquierdas y valores de derechas, y por ideas de izquierdas entiendo la defensa del trabajo y la solidaridad, la comunidad y los intereses de las clases trabajadoras. Por derecha entiendo la patria y la familia, el honor y la trascendencia. Nada de esto se puede encontrar hoy en día ni en la derecha de un azul desvaído ni en la izquierda rosa neoliberal, que son simples apéndices de la cultura de la nada del capital cosmopolita.

La lucha de clases existe y, como dicen las propias clases dominantes, la están ganando en forma de masacre de clase en un solo sentido. La lucha de clases existe hoy en día, pero no en la forma en que Marx la pensó: la nueva composición de clases presenta de hecho en la cima el bloque oligárquico financiero capitalista, en la base la unión de la burguesía media y las clases trabajadoras. En palabras de Hegel, el amo global elitista frente al siervo nacional popular. Pero la diferente lucha de clases de nuestro presente tiene que ver también con el hecho de que no es sólo una lucha material y económica, como ciertamente lo es. También se trata de una lucha cultural y espiritual, porque el elitista Amo Global está enraizado en el relativismo posmoderno y nihilista, en la cultura de la cancelación y en el nuevo orden mental que refleja la nada de la forma mercantil globalizadora. El Siervo Nacional del Pueblo, en cambio, sigue enraizado en la historia y en la cultura, en la tradición y en la comunidad, en los lazos con los territorios y con las personas, con lo Sagrado y con la trascendencia, por lo que la lucha de clases es también una lucha cultural, que se presenta también como una lucha entre los flujos del territorio, y la regulación, entre la desregulación y las normas que pueden dar sentido al mundo y a la existencia. La llamada cultura de la cancelación, que no es una cultura del borrado, sino que consiste en borrar toda la cultura, es lo que mejor expresa la civilización de la nada de la actual clase plutocrática mundial, así como el movimiento de desarrollo del capital que precede como la nada de la conocida película y libro La historia interminable. Combatir en la lucha de clases hoy en día significa defender los intereses de las clases medias y trabajadoras, tratar de ir más allá de la cosificación del capitalismo; pero también tratar de detener el avance de la nada tecno-capitalista valorando nuestra civilización, nuestra historia, nuestra cultura. Por eso, hoy en día, defender a Platón y Aristóteles no es, para Dotti, un gesto aristocrático de bulto, sino el gesto fundamental de defender nuestra civilización.»

07/10/2022

O totalitarismo democrático | El totalitarismo democrático



«Sem dúvida que o fenómeno mais positivo da ciência jurídica moderna, e das legislações democráticas elaboradas após os regimes totalitários do século passado, foi o desenvolvimento doutrinal e normativo dos direitos fundamentais, o que contribuiu para colocar no centro da realidade jurídica o seu verdadeiro protagonista, que não é o Estado mas a pessoa, com a sua inalienável dignidade e liberdade.

Mas é um facto paradoxal que, desde a segunda metade do século passado, está a prevalecer o princípio jurídico-positivo, fruto do relativismo moral, segundo o qual, numa sociedade democrática a racionalidade das leis dependeria única e exclusivamente daquilo que a maioria dos votos decida que seja estabelecido. Estamos assim frente àquilo que foi justamente designado como uma deriva totalitária e absolutista da democracia.

São sistemas democráticos nos quais, como nos tempos do absolutismo monárquico, se pretende atribuir ao legislador, ou seja, ao povo soberano representado nos parlamentos, um poder ilimitado, absoluto: uma autoridade capaz de limitar os direitos inerentes e inalienáveis enunciados na Declaração dos Direitos Humanos, e de inventar novos direitos, propugnados por confusas ideologias libertárias. […]

Não devemos ter uma visão negativa ou pessimista do futuro. É necessário recuperar o autêntico conceito de liberdade pessoal, que não pode ser separado da verdade objectiva. É necessário sobrepor a verdade à justiça; a verdade da mulher e do homem, a verdade sobre o início e sobre o valor da vida humana, a verdade sobre o único conceito possível de tolerância e ordem, a verdade sobre o próprio conceito de lei, que deve tutelar sempre o bem comum da sociedade, e não os presumíveis direitos pessoais ou de um grupo de carácter arbitrário ou supérfluo. Numa palavra, a verdade sobre a dignidade da pessoa e dos seus direitos fundamentais e institucionais naturais, que procedem da lógica de qualquer ordenamento jurídico positivo e de qualquer poder político.»

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«No hay duda de que el fenómeno más positivo de la ciencia jurídica moderna y de las legislaciones democráticas elaboradas después de los regímenes totalitarios del siglo pasado ha sido el desarrollo doctrinal y normativo de los derechos fundamentales, lo que ha contribuido a poner en el centro de la realidad jurídica a su verdadero protagonista, que no es el Estado sino la persona, con su inalienable dignidad y libertad.

Pero es un hecho paradójico que, desde la segunda mitad del siglo pasado, está prevaleciendo el principio jurídico-positivo, fruto del relativismo moral, según el cual, en una sociedad democrática la racionalidad de las leyes sola y únicamente dependería de aquello que de la mayoría de votos decida que sea establecido. Estamos así, frente a la que ha sido justamente llamada una deriva totalitaria y absolutista de la democracia.

Son sistemas democráticos en los que como en los tiempos del absolutismo monárquico se pretende atribuir al legislador, es decir, al pueblo soberano representado en los Parlamentos, un poder ilimitado, absoluto: una potestad capaz de limitar los derechos inherentes e inalienables enunciados en la Declaración de los Derechos Humanos, y de inventarse nuevos derechos, propugnados por confusas ideologías libertarias. […]

No hemos de tener una visión negativa o pesimista del futuro. Es necesario recuperar el auténtico concepto de libertad personal, que no puede ser separado de la verdad objetiva. Es necesario anteponer a la justicia la verdad; la verdad de la mujer y del hombre, la verdad sobre el inicio y sobre el valor de la vida humana, la verdad sobre el único posible concepto de tolerancia y orden, la verdad sobre el mismo concepto de ley, que debe siempre tutelar el bien común de la sociedad, y no los presuntos derechos personales o de un grupo de carácter arbitrario o superfluo. En una palabra, la verdad sobre la dignidad de la persona y de sus derechos fundamentales e instituciones naturales, que proceden de la lógica de cualquier ordenamiento jurídico positivo y de cualquier poder político.»

01/10/2022

Dois pesos e duas medidas | El doble rasero


«Os estado-unidenses, que, evidentemente, nunca bombardearam civis (Hiroshima), nem atacaram um país soberano (Iraque), nem atravessaram ilegalmente as suas fronteiras (Afeganistão, Líbia, Síria, Somália), e muito menos bombardearam recentemente uma capital europeia (Belgrado), reagiram segundo a habitual táctica anglo-saxónica: mediante sanções e embargos, que são a versão moderna do bloqueio, mediante a desqualificação moral, a inversão acusatória, a imbecilização da opinião pública, mediante a propaganda emocional, o bombardeio mediático e a criminalização do inimigo (Putin como um ditador louco, um criminoso de guerra paranóico, um novo Hitler, um carniceiro sanguinário, etc.). Esta táctica torna impossível o regresso à paz por intermédio de uma solução negociada do conflito, pois não se negoceia com um “criminoso” ou um “louco”.

À maneira da cultura do cancelamento, a russofobia imperante desacredita agora tudo o que é russo, desde Dostoievski a Soljenítsin, passando por Gagarin, todos eles vítimas do mesmo reductio ad Putinum. Os tenistas, os músicos, os deficientes e até os gatos russos são excluídos dos espectáculos, dos museus e das competições. O objectivo é converter o povo russo num novo povo pária. Sempre que seja anti-russo, o “discurso do ódio”, antes denunciado, está agora permitido até nas redes sociais.

O objectivo é claro. Se não se pode vaporizar a Rússia, o objectivo é colocá-la no banco dos réus das nações, estigmatizá-la para a eternidade, isolá-la definitivamente da Alemanha, França e Europa Ocidental, através de um cordão sanitário que a isole do resto do mundo. Desde este ponto de vista, interessa aos estado-unidenses que a guerra dure o máximo de tempo possível. Em Washington estão dispostos a lutar até ao último ucraniano. Em 1956, os insurgentes de Budapeste não receberam tal apoio.»

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«Los estadounidenses, que por supuesto nunca han bombardeado a civiles (Hiroshima), ni han atacado a un país soberano (Irak), ni han cruzado ilegalmente sus fronteras (Afganistán, Libia, Siria, Somalia), y menos aún han bombardeado recientemente una capital europea (Belgrado), reaccionaron según la habitual táctica anglosajona: mediante sanciones y embargos, que son la versión moderna del bloqueo, mediante la descalificación moral, la inversión acusatoria, el atontamiento de la opinión pública, mediante la propaganda emocional, el bombardeo mediático y la criminalización del enemigo (Putin como un dictador loco, un criminal de guerra paranoico, un nuevo Hitler, un carnicero sanguinario, etc. ). Esta táctica hace imposible volver a la paz mediante una solución negociada del conflicto, ya que no se negocia con un "criminal" o un "loco".

A la manera de la cultura de la cancelación, la rusofobia imperante desacredita ahora todo lo ruso, desde Dostoievski hasta Solzhenitsyn, pasando por Gagarin, todos ellos víctimas de la misma reductio ad Putinum. Los tenistas, los músicos, los discapacitados e incluso los gatos rusos son excluidos de los espectáculos, los museos y las competiciones. El objetivo es convertir al pueblo ruso en un nuevo pueblo paria. Siempre que sea antirruso, el "discurso del odio", antes denunciado, está ahora incluso permitido en las redes sociales.

El objetivo es claro. Si no se puede vaporizar a Rusia, el objetivo es ponerla en el banquillo de las naciones, estigmatizarla para la eternidad, aislarla definitivamente de Alemania, Francia y Europa Occidental, mediante un cordón sanitario que la aísle del resto del mundo. Desde este punto de vista, a los estadounidenses les interesa que la guerra dure el mayor tiempo posible. En Washington están dispuestos a luchar hasta el último ucraniano. En 1956, los insurgentes de Budapest no habían recibido semejante apoyo.»