Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

26/10/2023

Sem olhos para Gaza | Ciegos en Gaza


«Depois da II Guerra Mundial, os Estados Unidos continuaram a estratégia britânica de domínio e controlo no Médio Oriente, em favor dos seus próprios interesses geopolíticos, que, tal como antes, continuaram a influenciar a sua política para a região, até aos dias de hoje. [...]

Para tal foi essencial a promoção da instabilidade regional, através de choques entre os países árabes e os judeus no Médio Oriente. Isto implicou a alimentação de conflitos que levaram à rivalidade entre estados, como os casos de Iraque e Irão, Paquistão e Índia, Arábia Saudita e Irão, ou a criação de grupos terroristas como a Al-Qaeda e outros. A construção desses elementos de desestabilização, para o controlo da balança do poder, permitiu-lhes exercer uma liderança regional baseada na ameaça. Como é o caso da possessão da arma nuclear por Israel, sem que o mesmo seja permitido a outros. [...]

Se observarmos com atenção, cada vez que o Hamas realiza uma acção contra Israel, a resposta do governo sionista é assimétrica quanto à destruição de infra-estruturas e quantidade de vidas humanas, sobretudo de crianças palestinas. Estas acções servem-lhe à medida como desculpa para o desterro genocida dos palestinos, e para a acumulação de uma força militar cada vez mais destrutiva. Especula-se muito se, desta vez, os serviços de inteligência não teriam conhecimento antecipado do ataque deste mês, mas, como resposta, o governo sionista ameaçou 1,5 milhões de habitantes de Gaza: ou abandonavam o território ou lamentá-lo-iam por toda a vida -- continuando assim a sua estratégia de expulsão e usurpação do território palestino.

Em conclusão, foi a Inglaterra, os Estados Unidos e o capital judeu global que facilitaram a "Terra Prometida" a Abraão à custa do martírio e do extermínio do povo palestino. Armaram-no até aos dentes e permitem-lhe cometer genocídio, de forma impune, contra esse povo. Por esse motivo, até aos dias de hoje, Israel tem-se dado ao luxo de não acatar 95% das resoluções da ONU com vista a permitir o retorno à sua terra de milhões de palestinianos dispersos por todo o lado, e muito menos a construção de um Estado Palestino. O holocausto palestino continua, e a sua resistência também.»

* * * * *

«Después de la Segunda Guerra Mundial, continuó con la estrategia de dominio y control británica. Estados Unidos desarrolló sus intereses geopolíticos en el Medio Oriente que de igual manera han influido en su política en la región hasta hoy día. [...]

Algo esencial ha sido la promoción de la inestabilidad regional a través de choques entre los paises árabes y los judíos en el Medio Oriente. Esto implicó la alimentación de conflicto que llevaron a la rivalidad entre estados como los casos de Irak vs Irán, Pakistán vs la India, Arabia Saudita vs Irán o creación de grupos terroristas como Al-Queda y otros más. La construcción de esos elementos de desestabilización para el control de la balanza de poder les permitió ejercer un liderazgo amenazante regional. Como es el caso de la posesión del arma nuclear por Israel sin permitirles a otros poseerlas. [...]

Si observamos con atención cada vez que Hámas, realiza una acción contra Israel, la respuesta del gobierno sionista es asimétrica en cuanto a destrucción de infraestructura y cantidad de vidas humanas sobre todo el de niños palestinos. Estas acciones le sirven de excusa a la medida para el genocidio destierro de los palestinos y acumular una fuerza militar cada vez más destructiva. Se especula mucho, que esta vez los servicios de inteligencia no vieron venir el ataque de este mes, pero como respuesta el gobierno sionista amenazó, que si 1.5 millones de sus pobladores no salían de Gaza lo lamentarían toda la vida continuando asi su estrategia de desocupación y usurpación del territorio palestino.

En conclusión, ha sido Inglaterra, los EEUU y el capital judío global, los que han facilitado la “Tierra Prometida” a Abraham a costa del martirio y exterminio del pueblo palestino. Lo han armado hasta los dientes y permitido que cometa los niveles de genocidio de manera impune contra ese pueblo. Por eso hasta hoy día Israel se ha dado el gusto y antojo de no acatar el 95% de las resoluciones de la ONU a favor de permitir el retorno a su tierra de millones de palestinos disgregados por todo el planeta y mucho menos de la construcción de un Estado Palestino. El holocausto palestino continua y su resistencia también.»
[artigo completo]

03/10/2023

O problema da Arménia (e 2) | El problema de Armenia (y 2)


«Pashinyan afirma que a Arménia será defendida pelos Estados Unidos e por França, logo agora que acabámos de contemplar a impotência de Paris para defender os seus maiores interesses estratégicos no Níger. Se não é capaz de impor-se na defesa do seu urânio vital em África, como é que a França vai fazer frente aos interesses combinados da Turquia e Azerbaijão? [...] Surpreende e indigna a negação dos arménios à defesa dos seus compatriotas e, também, a sua cegueira.

O Irão faz fronteira com a Arménia e é um país irreconciliável com os azaris; os arménios vão mesmo trocar um aliado fiável pela protecção de um Ocidente muito distante, que é sócio da Turquia na OTAN, que demonstra não ser capaz de se arriscar pela Ucrânia, e que utiliza sempre outros países como peões que mais tarde sacrifica? É estupidez ou traição? Talvez seja ambas. Não é preciso ser um grande diplomata para intuir que a Arménia foi vendida e que, de resto, os arménios se deixaram mercadejar ao desbarato. Lamentarão, sem dúvida, a mudança nas alianças. A geopolítica não tem leis nem fórmulas matemáticas, mas os mapas marcam o destino e as fronteiras das nações, e o único seguro eficaz para a Arménia é a ajuda do Irão e, não menos importante, a da Rússia, à qual insulta e difama. Os deuses cegam aqueles que querem perder.

A Arménia é uma nação indo-europeia e cristã, entalada entre duas potências turânicas e islâmicas em plena expansão. Para cúmulo dos males, os corredores necessários para que o gás e o petróleo do Azerbaijão cheguem à Turquia e à Europa, passam próximo do seu território. Parece inevitável, a continuar o actual regime em Erevan, que as forças russas instaladas na Arménia deixem o país num futuro próximo, o que é muito necessário para a União Europeia executar a sua política de redução da dependência energética da Rússia. Como vemos, Pashinyan foi o homem adequado, o clássico liberal apátrida, para executar uma missão na qual os interesses da Arménia não têm peso.

O que acontece na Arménia em breve se passará numa Europa que não se quer defender, pede a outros que combatam por ela, e é indiferente ao apagamento da sua identidade. Bem pelo contrário, deseja esquecer-se de si própria, gozar um presente efémero e morrer sem dor. [...] E, claro, deixará ruir catedrais e mosteiros (com a colaboração indispensável de Roma, sem dúvida). Stepanakert não fica assim tão longe.»

* * * * *

«Pashinián afirma que Armenia será defendida por los Estados Unidos y Francia, justo cuando acabamos de contemplar la impotencia de París para defender sus intereses estratégicos clave en Níger. Si no es capaz de imponerse para defender su vital uranio en África, ¿qué va a hacer Francia frente a los intereses combinados de Turquía y Azerbaiyán? [...] Sorprende e indigna la negativa de los armenios a defender a sus compatriotas y, también, su ceguera.

Irán hace frontera con Armenia y es un país irreconciliable con los azeríes, ¿de verdad van a renunciar a un aliado fiable por la protección de un Occidente muy lejano, que es socio de Turquía en la OTAN, que está demostrando que no es capaz de jugarse el tipo por Ucrania y que siempre usa a otros países como peones que más tarde sacrifica? ¿Es estupidez o es traición? Puede que las dos cosas. No hace falta ser un diplomático experto para intuir que Armenia ha sido vendida y que, además, los armenios se han dejado mercadear como trasto de almoneda. Sin duda alguna, lamentarán el cambio de alianzas. La geopolítica no tiene leyes ni fórmulas matemáticas, pero los mapas marcan el destino y las fronteras de las naciones, y el único seguro eficaz para Armenia es la ayuda de Irán y, en medida no menor, de una Rusia a la que insulta e infama. Los dioses ciegan a quienes quieren perder.

Armenia es una nación indoeuropea y cristiana que se halla embutida entre dos potencias turanias e islámicas en plena expansión. Para colmo de males, los corredores necesarios para que el gas y el petróleo de Azerbaiyán lleguen a Turquía y a Europa pasan cerca de su territorio. Parece inevitable, si sigue el actual régimen en Yereván, que las fuerzas rusas instaladas permanentemente en Armenia se marchen en un futuro próximo, lo que es muy necesario para que la Unión Europea ejecute su política de desconexión energética con Rusia. Como vemos, Pashinián ha sido el hombre adecuado, el clásico liberal apátrida, para ejecutar una misión en la que los intereses nacionales de Armenia tienen muy poco que ver.

Lo que sucede en Armenia pronto pasará en una Europa que no quiere defenderse, que pide a otros que combatan por ella y que es indiferente al borrado de su identidad. Más bien al contrario, desea olvidarse de sí misma, gozar de un presente efímero y morir sin dolor. [...] Y, por supuesto, dejará que se vengan abajo catedrales y monasterios (con la colaboración indispensable de Roma, sin duda). Stepanakert no nos queda tan lejos.»

02/10/2023

O problema da Arménia (1) | El problema de Armenia (1)


«As ruas desoladas de Stepanakert, a capital de Artsaque (Alto Carabaque ou Nagorno-Karabakh), já não albergarão a população que as edificou e povoou. As igrejas abandonadas em breve serão mesquitas, e letreiros em turco dominarão as praças vazias que, há algumas horas eram arménias. O Islão conquista um novo território e a cristandade oriental continua a ser retalhada como um pedaço de couro. Iraque, Palestina, Egipto... Nos países onde surgiram em primeiro lugar, as igrejas diminuem a olhos vistos, especialmente desde que os americanos intervieram nos conflitos do Próximo Oriente. É interessante assinalar que os únicos países seguros para os cristãos, na zona, são a Síria e o Irão, estados que a política externa ianque considera membros do Eixo do Mal. Desde que os estado-unidenses "libertaram" o Iraque, a povoação caldeia e assíria, descendente dos primeiros seguidores do Evangelho, tiveram de fugir do país num êxodo que nem os sassânidas, nem os companheiros do Profeta, nem os otomanos tinham provocado. [...]

O Líbano maronita é uma fortaleza assediada e, na Palestina, a emigração cristã deixou numa reduzidíssima minoria aqueles que eram anteriormente uma porção importante da demografia da Terra Santa. Ao leste das suas fronteiras, agora, os arménios só poderão orar nas belas igrejas de Yolfa, ao sul de Isfahan (Irão): desde 1915 foram expulsos da Anatólia e da Síria, e as suas grandes catedrais da Idade Média estão neste momento em ruínas ou servem de triste museu arqueológico nas costas do lago de Van. Isto, não só não interessa absolutamente nada à Europa, como parece ser visto com prazer pelos seus dirigentes woke. Aqueles que rasgam as vestes pela aculturação de uma qualquer tribo na Amazónia, não prestam o menor interesse à erradicação de uma cultura quase duas vezes milenar. Não é esse o Oriente que guia a política da Europa na zona.

A tragédia de Artsaque, a limpeza étnica de uma população cristã, não chamou a atenção da ONU, nem das ONGs, nem de ninguém. Não é de estranhar, pois é o resultado de uma política intencional do próprio governo da Arménia que, em vez de defender os seus nacionais, entregou-os indefesos aos azeris, sem um protesto ou uma ameaça do governo de Erevan. Recordemos que o actual presidente da Arménia, Nikol Pashinyan, chegou ao poder em 2018, após a habitual revolução de cores, e dedicou todas as suas energias a separar a Arménia dos dois únicos estados que podem garantir, de facto, a sua independência: o Irão e a Rússia. O cinismo do homem de Soros no Cáucaso chegou ao extremo de atirar as culpas da catástrofe à Rússia, que há trinta anos serve de mediador, evitando o agravamento da situação, e cujas forças de interposição, muito pouco numerosas e sem armamento pesado, conseguiram um cessar-fogo que permite a fuga da população arménia de Artsaque, antes das tropas azaris entrarem à força num território que o governo da Arménia não defende e abandona. É normal que Moscovo lave as mãos, apesar da Rússia contar no seu seio com mais de um milhão de arménios, mas não vai sacrificar à toa os seus interesses no Cáucaso e no Cáspio — as relações entre o Kremlin e o Azerbaijão são boas — para salvaguardar a política anti-russa promovida pela Arménia.»

* * * * * 

«Las desoladas calles de Stepanakert, la capital de Artsaj (Nagorno-Karabaj), ya no albergarán a la población que las edificó y pobló. Las abandonadas iglesias serán pronto mezquitas, y letreros en turco dominarán las plazas vacías que hasta hace unas horas fueron armenias. El islam conquista un nuevo territorio y la cristiandad oriental continúa siendo recortada como una incesante piel de zapa. Irak, Palestina, Egipto… Los países que dieron lugar a las primeras iglesias disminuyen a ojos vista, en especial desde que los americanos han intervenido en los conflictos de Oriente Próximo. Es interesante señalar que los únicos países seguros para los cristianos en la zona son Siria e Irán, los Estados que la política exterior yanqui considera miembros del Eje del Mal. Desde que los estadounidenses “liberaron” Irak, la población caldea y asiria, descendientes de los primeros seguidores del Evangelio, ha tenido que huir de su país en un éxodo que ni los sasánidas, ni los compañeros del Profeta, ni los otomanos pudieron provocar. [...]

El Líbano maronita es una fortaleza asediada y en Palestina la emigración cristiana ha dejado en reducidísima minoría a quienes antes eran una porción importante de la demografía de Tierra Santa. Al este de sus fronteras, los armenios sólo podrán orar en las hermosas iglesias de Yolfa, al sur de Isfahán: desde 1915, han sido borrados de Anatolia y Siria, y sus grandes catedrales de los siglos medios están ahora en ruinas o sirven de triste museo arqueológico en las costas del lago de Van. Esto no sólo no importa nada en Europa, sino que parece ser visto con placer por sus dirigentes woke. Quienes se rasgan las vestiduras por la aculturación de cualquier tribu en la Amazonía no prestan el menor interés a la erradicación de una cultura casi dos veces milenaria. No es ese Oriente el que guía la política de Europa en la zona.

La tragedia de Artsaj, la limpieza étnica de una población cristiana, no ha llamado la atención ni de la ONU, ni de las organizaciones no gubernamentales, ni de nadie. No es de extrañar, pues es el resultado de una política intencionada del propio gobierno de Armenia, que en vez de defender a sus connacionales los ha entregado inermes a los azeríes sin que medie ni siquiera una protesta o una amenaza del gabinete de Yereván. Recordemos que el actual presidente de Armenia, Pashinián, llegó al poder en 2018, tras la consabida revolución de colores, y dedicó todas sus energías a separar a Armenia de los dos únicos Estados que pueden garantizar de hecho su independencia: Irán y Rusia. El cinismo del hombre de Soros en el Cáucaso ha llegado al extremo de echar la culpa de la catástrofe a Rusia, que lleva treinta años mediando para que la cosa no vaya a peor y cuyas tropas de interposición, muy poco numerosas y sin armamento pesado, han conseguido un alto el fuego que permite la huida de la población armenia de Artsaj, antes de que las tropas azeríes entren por la fuerza en un territorio que el gobierno de Armenia no defiende y abandona. Es normal que Moscú se lave las manos, pese a que Rusia cuenta en su seno con más de un millón de armenios, pero no va a sacrificar a lo loco sus intereses en el Cáucaso y en el Caspio —las relaciones entre el Kremlin y Azerbaiyán son buenas— por salvaguardar la política antirrusa que promueve Armenia.»