Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

07/10/2022

O totalitarismo democrático | El totalitarismo democrático



«Sem dúvida que o fenómeno mais positivo da ciência jurídica moderna, e das legislações democráticas elaboradas após os regimes totalitários do século passado, foi o desenvolvimento doutrinal e normativo dos direitos fundamentais, o que contribuiu para colocar no centro da realidade jurídica o seu verdadeiro protagonista, que não é o Estado mas a pessoa, com a sua inalienável dignidade e liberdade.

Mas é um facto paradoxal que, desde a segunda metade do século passado, está a prevalecer o princípio jurídico-positivo, fruto do relativismo moral, segundo o qual, numa sociedade democrática a racionalidade das leis dependeria única e exclusivamente daquilo que a maioria dos votos decida que seja estabelecido. Estamos assim frente àquilo que foi justamente designado como uma deriva totalitária e absolutista da democracia.

São sistemas democráticos nos quais, como nos tempos do absolutismo monárquico, se pretende atribuir ao legislador, ou seja, ao povo soberano representado nos parlamentos, um poder ilimitado, absoluto: uma autoridade capaz de limitar os direitos inerentes e inalienáveis enunciados na Declaração dos Direitos Humanos, e de inventar novos direitos, propugnados por confusas ideologias libertárias. […]

Não devemos ter uma visão negativa ou pessimista do futuro. É necessário recuperar o autêntico conceito de liberdade pessoal, que não pode ser separado da verdade objectiva. É necessário sobrepor a verdade à justiça; a verdade da mulher e do homem, a verdade sobre o início e sobre o valor da vida humana, a verdade sobre o único conceito possível de tolerância e ordem, a verdade sobre o próprio conceito de lei, que deve tutelar sempre o bem comum da sociedade, e não os presumíveis direitos pessoais ou de um grupo de carácter arbitrário ou supérfluo. Numa palavra, a verdade sobre a dignidade da pessoa e dos seus direitos fundamentais e institucionais naturais, que procedem da lógica de qualquer ordenamento jurídico positivo e de qualquer poder político.»

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«No hay duda de que el fenómeno más positivo de la ciencia jurídica moderna y de las legislaciones democráticas elaboradas después de los regímenes totalitarios del siglo pasado ha sido el desarrollo doctrinal y normativo de los derechos fundamentales, lo que ha contribuido a poner en el centro de la realidad jurídica a su verdadero protagonista, que no es el Estado sino la persona, con su inalienable dignidad y libertad.

Pero es un hecho paradójico que, desde la segunda mitad del siglo pasado, está prevaleciendo el principio jurídico-positivo, fruto del relativismo moral, según el cual, en una sociedad democrática la racionalidad de las leyes sola y únicamente dependería de aquello que de la mayoría de votos decida que sea establecido. Estamos así, frente a la que ha sido justamente llamada una deriva totalitaria y absolutista de la democracia.

Son sistemas democráticos en los que como en los tiempos del absolutismo monárquico se pretende atribuir al legislador, es decir, al pueblo soberano representado en los Parlamentos, un poder ilimitado, absoluto: una potestad capaz de limitar los derechos inherentes e inalienables enunciados en la Declaración de los Derechos Humanos, y de inventarse nuevos derechos, propugnados por confusas ideologías libertarias. […]

No hemos de tener una visión negativa o pesimista del futuro. Es necesario recuperar el auténtico concepto de libertad personal, que no puede ser separado de la verdad objetiva. Es necesario anteponer a la justicia la verdad; la verdad de la mujer y del hombre, la verdad sobre el inicio y sobre el valor de la vida humana, la verdad sobre el único posible concepto de tolerancia y orden, la verdad sobre el mismo concepto de ley, que debe siempre tutelar el bien común de la sociedad, y no los presuntos derechos personales o de un grupo de carácter arbitrario o superfluo. En una palabra, la verdad sobre la dignidad de la persona y de sus derechos fundamentales e instituciones naturales, que proceden de la lógica de cualquier ordenamiento jurídico positivo y de cualquier poder político.»

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