Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

15/08/2022

Bruxelas contra Europa | Bruselas contra Europa



«A Europa é uma coisa. A União europeia é outra coisa. A União europeia devia estar ao serviço da sobrevivência colectiva da Europa, das suas nações, dos seus cidadãos. Por desgraça, o que vemos é o contrário: a União europeia pôs ao seu serviço os cidadãos e as nações da Europa para construir algo que já não se pode chamar Europa, porque renunciou expressamente à sua identidade histórica, e que mais se parece uma espécie de parque temático do mundo global. De modo que ser crítico da União europeia não significa ser “eurocéptico” nem, muito menos, “eurófobo”. Pelo contrário.

O projecto da União europeia é sem dúvida um dos grandes factos do mundo contemporâneo, de acordo. Com razão iludiu a milhões de europeus desde a Escandinávia a Algeciras. Por desgraça, a deriva da União, nos últimos anos, conduziu a uma situação em que, mais que construir a Europa, Bruxelas está a destruí-la. Porque a Europa não é uma amálgama burocrática de instituições que ninguém elege, essa amálgama que hoje parece ter estabelecido como única meta o desmantelamento das soberanias nacionais e a dissolução da nossa identidade colectiva. A Europa é muito mais do que isso. E se as instituições da UE deixam de representar os interesses objectivos das nações e dos cidadãos da Europa, então é legítimo perguntar-se se não será preciso rectificar todo o caminho. […]

A política recente da União europeia não tem consistido tanto em “fazer a Europa” como em desfazê-la. Porque desfazer a Europa é ignorar a identidade cultural das nossas nações, negar as nossas raízes históricas comuns, alterar arbitrariamente a composição étnica das nossas sociedades, subordinar a nossa economia às exigências de um mercado global alheio aos nossos interesses particulares e impor um sistema de decisão autocrático e sem rosto baseado em instituições que ultrapassam o enquadramento real da soberania, que não é outro senão o Estado nacional. Sim, o Estado-nação: porque esse é o único enquadramento no qual ainda se pode falar verdadeiramente de democracia, o único em que o cidadão conhece realmente quem toma as decisões e pode, eventualmente, mudá-lo ou referendá-lo. De tal maneira que, hoje, as instituições da União europeia se converteram no maior empecilho para os europeus, porque deixaram de ser propriamente europeias para se converter numa espécie de despotismo asiático envolto em presunções tecnocráticas.»

* * * * *

«Europa es una cosa. La Unión europea es otra distinta. La Unión europea debería estar al servicio de la supervivencia colectiva de Europa, de sus naciones, de sus ciudadanos. Por desgracia, lo que vemos es lo contrario: la Unión europea ha puesto a su servicio a los ciudadanos y a las naciones de Europa para construir algo que ya no puede llamarse Europa, porque ha renunciado expresamente a su identidad histórica, sino que se parece más bien a una suerte de parque temático del mundo global. De manera que ser crítico hacia la Unión europea no es ser “euroescéptico” ni, menos aún, “eurófobo”. Al revés.

El proyecto de la Unión europea es sin duda uno de los grandes hechos del mundo contemporáneo, de acuerdo. Con razón ha ilusionado a millones de europeos desde Escandinavia hasta Algeciras. Por desgracia, la deriva de la Unión en los últimos años ha conducido a una situación en la que, más que construir Europa, Bruselas la está destruyendo. Porque Europa no es una amalgama burocrática de instituciones que nadie elige, esa amalgama que hoy parece haberse fijado por única meta el desmantelamiento de las soberanías nacionales y la disolución de nuestra identidad colectiva. Europa es mucho más que eso. Y si las instituciones de la UE dejan de representar los intereses objetivos de las naciones y de los ciudadanos de Europa, entonces es legítimo preguntarse si acaso no habrá que rectificar a fondo el camino. […]

La política reciente de la Unión europea no ha consistido tanto en “hacer Europa” como en deshacerla. Porque deshacer Europa es ignorar la identidad cultural de nuestras naciones, negar nuestras raíces históricas comunes, alterar arbitrariamente la composición étnica de nuestras sociedades, subordinar nuestra economía a las exigencias de un mercado global ajeno a nuestros intereses particulares e imponer un sistema de decisión autocrático y sin rostro basado en instituciones que suplantan el marco real de la soberanía, que no es otro que el Estado nacional. Sí, el Estado-nación: porque ese el único marco en el que de verdad puede hablarse aún de democracia, el único en el que el ciudadano conoce realmente al que toma las decisiones y puede, eventualmente, cambiarlo o refrendarlo. De tal manera que, hoy, las instituciones de la Unión europea se han convertido en el mayor lastre para los europeos, porque han dejado de ser propiamente europeas para convertirse en una especie de despotismo asiático envuelto en ínfulas tecnocráticas.»

Sem comentários:

Enviar um comentário