Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

29/02/2024

Mozart, censurado


«Segundo a página web especializada Forum Opera, o colectivo alemão Critical Classics modificou o libreto da ópera A Flauta Mágica, de Mozart. Qual o objectivo? Expurgar toda a linguagem discriminatória, sexista ou racista e sensibilizar a opinião pública sobre estes temas. A reputada violinista chinesa Zhang Zhang explica-o nesta entrevista.

“Vivemos tempos estranhos. É já verdadeiramente inquietante que se tenha proposto, e aceitado, as modificações para fazer uma nova versão de A Flauta Mágica. Mas, ainda mais grave, é que estas mudanças reflictam um violento antagonismo para com as artes clássicas em geral e a música em particular. Este colectivo logrou a proeza de censurar uma das maiores obras-primas da História.

“Para mais, este colectivo é formado por apenas três músicos, cujas carreiras não podem considerar-se suficientemente consistentes ou prestigiadas para fazer parte do grupo. Também não podem pretender falar em nome de toda a comunidade da música clássica, pois não são representativos da mesma. Os próximos objectivos, se dermos crédito aos seus anúncios, serão A Paixão Segundo São Mateus, de Bach, Madame Butterfly, de Puccini, e Carmen, de Bizet.

“A arte é um reflexo da vida e do mundo. E a nossa sociedade não é a da violência zero, da ofensa zero, da vítima zero… Pelo contrário. A música sempre foi a expressão — ou uma das expressões — da nossa humanidade, das nossas esperanças, dos nossos medos, dos nossos sonhos e das nossas recordações. Negar este testemunho, herdado do passado, seria um perda para nós e para as gerações futuras.”»
* * * *

«Según la web especializada Forum Opera, el colectivo alemán Critical Classics ha modificado el libreto de La flauta mágica, de Mozart. ¿Con qué objetivo? Con el de expurgar todo lenguaje discriminatorio, sexista o racista y sensibilizar a la opinión pública sobre estos temas. La reputada violinista china Zhang Zhang lo explica en esta entrevista.

“Vivimos tiempos extraños. Ya es realmente inquietante que se hayan propuesto y aceptado cambios para hacer una nueva versión de La flauta mágica. Pero lo que aún es más grave es que estos cambios reflejan una violenta animadversión hacia las artes clásicas en general y la música en particular. Este colectivo ha logrado la proeza de censurar una de las mayores obras maestras de la historia.

“Además, este colectivo sólo está formado por tres músicos, cuyas carreras no pueden considerarse lo suficientemente consistentes o prestigiosas como para que se les considere miembros del grupo. Tampoco pueden pretender hablar en nombre de toda la comunidad de la música clásica, ya que no son representativos de la misma. Los próximos objetivos, si damos crédito a sus anuncios, serán la Pasión de San Mateo de Bach, Madame Butterfly de Puccini y Carmen de Bizet.

“El arte es un reflejo de la vida y del mundo. Y nuestra sociedad no es la de la violencia cero, la ofensa cero, la víctima cero... Todo lo contrario. La música siempre ha sido la expresión —o una de las expresiones— de nuestra humanidad, de nuestras esperanzas, de nuestros miedos, de nuestros sueños y de nuestros recuerdos. Negar este testimonio, heredado del pasado, sería una pérdida para nosotros y para las generaciones venideras.”»[artigo integral]

Sem comentários:

Enviar um comentário