Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

26/05/2023

O embuste eleitoral | El engaño electoral


«O monumental escândalo da compra de votos [...] põe-nos, de modo brutal, perante uma realidade incómoda e inquietante. É o tipo de coisas que acaba por invalidar a legitimidade das democracias liberais, nas quais não acreditam sequer os que vivem delas.

Afirmam por um lado a sacralidade da soberania popular e da vontade do povo, a seguir compram miseravelmente os votos para distorcer os resultados eleitorais. A vontade do povo não passa da manipulação das massas pelo poder. Assim, sustentando-se na transferência de vontades por troca de interesses espúrios, conseguem os seus objectivos. Não dizem eles que o povo é sábio e que nunca se engana? E, no entanto, dedicam-se a manipulá-lo, porque não confiam em votantes que escolhem os seus representantes pelas razões mais peregrinas e efémeras. O povo foi convertido no esgoto de todos os detritos morais que o poder destila através dos seus terminais mediáticos. Por isso, são políticos imundos os que actuam num sistema imundo.

Já Ortega y Gasset tinha profetizado, em 1927, que "este homem-massa é o homem previamente esvaziado da sua própria história, sem entranhas de passado e, por esse facto, dócil para com todas as disciplinas chamadas «internacionais». Mais que um homem, é apenas uma carapaça de homem constituída por meros idola fori [NT: ídolos do mercado, conceito que remete para as falácias originadas pela manipulação da linguagem]: carece de um «dentro», de uma intimidade sua, inexorável e inalienável, de um «eu» que não se possa revogar. Por isto mesmo, está sempre disponível para fingir ser qualquer coisa. Só tem apetites, acredita que só tem direitos e não acredita ter obrigações: é o homem sem a nobreza que obriga -- sine nobilitate --, snob.” Os amos da gentalha que nos governa tomaram boa nota de tudo isto, e alcançaram objectivos muito além das suas expectativas. [...]

Assim, os programas eleitorais, e os correspondentes debates entre os candidatos, parecem todos iguais, porque o que verdadeiramente nos interessa já foi decidido: as crianças que abortarão, os doentes que eutanasiarão, os adolescentes que castrarão, os jovens que perverterão e os impostos com que nos empobrecerão. E decidiram-no sem nos perguntar, uma vez que nos desprezam.»

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«El monumental escándalo de la compra de votos [...] nos pone con brutalidad ante una realidad incómoda e inquietante. Este tipo de cosas acaba invalidando la legitimidad de las democracias liberales, en las que ni siquiera creen los que viven de ellas.

Afirman por un lado la sacralidad de la soberanía popular y de la voluntad del pueblo, y luego compran miserablemente los votos para torcer los resultados electorales. La voluntad del pueblo no es más que la manipulación de las masas por el poder. Así, a base de enajenar voluntades a cambio de espurios intereses consiguen sus objetivos. ¿No dicen ellos que el pueblo es sabio y nunca se equivoca? Y, sin embargo, se dedican a manosearlo, porque no se fían de unos votantes que eligen a sus representantes por las razones más peregrinas y pasajeras. El pueblo ha sido convertido en el sumidero de todos los detritus morales que destila el poder a través de sus terminales mediáticas. Por ello, son políticos basurizados que actúan en un sistema basura.

Ya profetizó Ortega y Gasset en 1927 que “este hombre-masa es el hombre previamente vaciado de su propia historia, sin entrañas de pasado y, por lo mismo, dócil a todas las disciplinas llamadas «internacionales». Más que un hombre, es sólo un caparazón de hombre constituido por meros idola fori; carece de un «dentro», de una intimidad suya, inexorable e inalienable, de un yo que no se pueda revocar. De aquí que esté siempre en disponibilidad para fingir ser cualquier cosa. Tiene sólo apetitos, cree que tiene sólo derechos y no cree que tiene obligaciones: es el hombre sin la nobleza que obliga --sine nobilitate--, snob.” Los amos de la gentuza que nos gobierna tomaron buena nota de todo ello y lo han conseguido más allá de sus expectativas. [...]

Así pues, los programas electorales y los debates correspondientes entre los candidatos parecen todos iguales, porque lo que verdaderamente nos interesa ya lo han decidido: los niños que abortarán, los enfermos que eutanasiarán, los adolescentes que castrarán, los jóvenes que pervertirán y los impuestos con los que nos esquilmarán. Y lo han decidido sin preguntarnos, ya que nos desprecian.» (Alerta Digital)

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