Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

20/05/2023

A ideologia liberal e o pensamento único (e 2) | La ideología liberal y el pensamiento único (y 2)



«Quando a Rússia aceitou formar parte do mundo ocidental, esforçando-se até desesperadamente por fazê-lo, assimilámos tudo: a modernização, a digitalização, a pós-modernização. Assim, fomos perdendo rapidamente o que era peculiar da nossa civilização russa. Este processo destrutivo também se viu facilitado pelo período soviético da nossa história. A ciência e a educação estavam então dominadas pelo materialismo, pelo ateísmo, pelo culto cego ao progresso técnico e pelo desprezo pelos fundamentos religiosos e pela identidade subjacente. Mas, ali, tudo se levava a cabo em nome da sociedade no seu conjunto. O liberalismo, por sua vez, enquanto preservava o materialismo e o ateísmo, começou também a destruir a sociedade. [...]

Desenvolveu-se, assim, uma situação paradoxal. Já estamos em guerra, mas ainda não compreendemos plenamente a nossa função nesta guerra de civilizações. Nem sequer podemos falar em construir sobre a sua base uma epistemologia digna desse nome, toda uma série de teorias científicas, que constituiriam então a base das disciplinas humanísticas. Mas o Ocidente e o liberalismo combatem-nos precisamente nesta capacidade. Entendem muito bem quem realmente somos, e atacam inclusivamente aquilo que ainda não se estabeleceu. De certo modo, entendem-nos melhor do que nós próprios. E por isso nos odeiam -- não tanto pelo presente, mas pelo passado e pelo futuro, que é nosso, profundo e eterno.»

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«Cuando Rusia aceptó formar parte del mundo occidental, incluso esforzándose desesperadamente por hacerlo, lo asimilamos todo: la modernización, la digitalización, la post-modernización. Así fuimos perdiendo rápidamente lo que era peculiar de nuestra civilización rusa. Este proceso destructivo también se vio facilitado por el periodo soviético de nuestra historia. Entonces la ciencia y la educación estaban dominadas por el materialismo, el ateísmo, el culto ciego al progreso técnico y el desprecio por los fundamentos religiosos y la identidad subyacente. Pero allí todo se llevaba a cabo en nombre de la sociedad en su conjunto. El liberalismo, al tiempo que preservaba el materialismo y el ateísmo, también empezó a destruir la sociedad. [...]

Así que se ha desarrollado una situación paradójica. Ya estamos en guerra, pero aún no hemos comprendido plenamente nuestra función en esta guerra de civilizaciones. Ni siquiera podemos hablar de construir sobre su base una epistemología en toda regla, toda una serie de teorías científicas, que constituirían entonces la base de las disciplinas humanísticas. Pero Occidente y el liberalismo nos combaten precisamente en esta capacidad. Entienden muy bien quiénes somos realmente, y atacan incluso lo que aún no se ha establecido del todo. En cierto modo, nos entienden mejor que nosotros mismos. Y por eso nos odian - no tanto por el presente, sino por el pasado y el futuro, por nuestro profundo y eterno.»

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