Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

15/07/2022

A Ucrânia real | La Ucrania real




«Os Estados Unidos já fizeram um bom negócio com esta guerra: venderam o seu pestilento gás líquido, caro e inútil, às suas colónias europeias, que dependem agora de tão custoso combustível. Também logrou aumentar a despesa militar nos países da OTAN, que comprarão material bélico e peças de substituição americanas, e quebrou definitivamente qualquer veleidade europeia de autonomia: Bruxelas já não é vassalo, é escrava. Sem a sua potência natural – Rússia – a Europa não passa de uma cabeça-de-praia do império ianque e da sua oligarquia dominante. Ficará para outra ocasião analisar a razão pela qual a Inglaterra, fora da União dita “Europeia”, é mais influente, em Bruxelas e entre os seus sócios comunitários do Este, do que a Alemanha ou França, presumíveis potências dirigentes da suposta União. […]

A queda do regime de Maidan garantiria o futuro de uma Ucrânia neutral, mas independente e economicamente associada à Europa. Durante estes últimos oito anos, a Ucrânia tratou de se mutilar, de arrancar de si própria a sua condição de povo russo – surgido da Rus medieval, como os bielorrussos e os russos –, de apagar mais de trezentos anos de história e cultura comum.

Nikolai Gogol, Dmitri Bortniansky, Mikhail Bulgakov – são ucranianos ou russos? Pergunta absurda entre povos irmãos. As tentativas irracionais e selvagens das autoridades ucranianas de proibir música russa ou de destruir os livros de Tolstói, Dostoievski ou Tchekhov apenas servem para demonstrar, na intensidade e força da sua raiva, a profundidade dessa História partilhada. Milhões de ucranianos vivem e trabalham na Rússia sem serem incomodados pela sua origem. Os casamentos “mistos” são mais que habituais e a origem de ambos os povos é a mesma: um ucraniano não deixa de ser descendente dos russos que colonizaram os “campos selvagens” nos séculos XVI e XVII e que mostraram o seu desejo de independência não contra Moscovo, mas contra os polacos. Essa Ucrânia real – não o país anti-russo que pretendem construir os sicários do Ocidente – acabará por se fazer sentir. O escritor Oles Buzina, torturado e assassinado pelo regime de Maidan em Abril de 2015, foi o porta-voz mais brilhante desse conceito de Ucrânia associada aos povos irmãos da antiga Rus, que mais tarde ou mais cedo deverá impor-se para salvar a existência da sua nação.»

* * * * *

«Estados Unidos ya ha hecho un buen negocio con esta guerra: ha vendido su pestilente gas líquido, caro e inútil, a sus colonias europeas, que dependen ahora de tan costoso combustible. También ha logrado aumentar el gasto militar en los países de la OTAN, que comprarán material y repuestos americanos, y ha quebrantado decisivamente cualquier veleidad europea de autonomía: Bruselas ya no es vasalla, es esclava. Sin su potencia natural —Rusia— Europa es una simple cabeza de playa del imperio yanqui y de su oligarquía dominante. Quedará para otra ocasión el analizar cómo Inglaterra, fuera de la Unión llamada “Europea”, es más influyente en Bruselas y entre sus socios comunitarios del Este que Alemania o Francia, presuntas potencias rectoras de la supuesta Unión. […]

La caída del régimen del Maidán garantizaría el futuro de una Ucrania neutral, pero independiente y económicamente asociada a Europa. Durante estos últimos ocho años, Ucrania ha tratado de mutilarse, de arrancarse su condición de pueblo ruso —surgido de la Rus medieval, como los bielorrusos y los rusos—, de borrar más de trescientos años de historia y cultura común.

Nikolai Gógol, Dmitrii Bortnianski, Mijaíl Bulgákov…, ¿son ucranianos o son rusos? Pregunta absurda entre pueblos hermanos. Los intentos irracionales y salvajes de las autoridades ucranianas de prohibir la música rusa o de destruir los libros de Tolstói, Dostoyevski o Chéjov sólo sirven para demostrar, en la intensidad y fuerza de su rabia, lo profundo de esa historia compartida. Millones de ucranianos viven y trabajan en Rusia sin ser molestados por su origen. Los matrimonios “mixtos” son más que habituales y el origen de ambos pueblos es el mismo: un ucraniano no deja de ser el descendiente de los rusos que colonizaron los Campos Salvajes en los siglos XVI y XVII y que mostraron su deseo de independencia no contra Moscú, sino contra los polacos. Esa Ucrania real, no el país antirruso que pretenden construir los sicarios de Occidente, acabará por hacerse sentir. El escritor Olés Buziná, torturado y asesinado por el régimen del Maidán en abril de 2015, fue el portavoz más brillante de ese concepto de Ucrania asociada a los pueblos hermanos de la antigua Rus, que tarde o temprano deberá imponerse para salvar la existencia de su nación.»

Sem comentários:

Enviar um comentário