Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

12/06/2022

O populismo | El populismo



«O que é para eles um “populista”? Simplesmente, alguém que não encaixa no modelo pré-determinado da correcção política ocidental. Ou seja, o mau.
Desde a queda do Muro de Berlim, com efeito, o Ocidente caminhou para a construção de um único espaço político válido, definido por quatro parâmetros fundamentais: democracia representativa através de partidos, economia encaixada no sistema financeiro global, progressiva abolição das identidades e fronteiras nacionais e, por fim, a engenharia social progressista, esse tipo de niilismo elevado a dogma que se manifesta através das “políticas de género”, entre outros exemplos. Estes parâmetros delimitam o espaço do aceitável, mais ainda, da única política possível, pois qualquer alternativa – dizem-nos – não passa de engano e demagogia, uma máscara que oculta as piores intenções. Tudo o que saia desse enquadramento, por qualquer dos quatro lados – político, económico, identitário ou social –, é suspeito de pecado. E receberá inevitavelmente o qualificativo de “populista” não como definição ideológica, mas como anátema moral. Pior ainda: como diagnóstico de uma doença infecto-contagiosa.
Na cultura política do segundo pós-guerra mundial, dominada pela retórica da esquerda, era comum desqualificar o adversário com o anátema maior de “fascista”, acusação incapacitante que, de forma automática, conduzia o acusado ao inferno de quem não tem direito à vida pública. Assim hoje, os líderes de opinião, geralmente herdeiros dos velhos mandarins progressistas e nutridos ideologicamente com o seu leite, sentenciam o mau com o estigma “populista”. Estigma ao qual, com frequência, se acrescenta o de “fascista”, claro.»

* * * * *

 «¿Qué es para ellos un “populista”? Simplemente, alguien que no encaja en el molde prediseñado de la corrección política occidental. O sea, el malo.
Desde la caída del Muro de Berlín, en efecto, Occidente ha caminado hacia la construcción de un único espacio político válido definido por cuatro parámetros fundamentales: democracia representativa de partidos, economía encajada en el sistema financiero global, progresiva abolición de las identidades y fronteras nacionales y, en fin, ingeniería social progresista, ese tipo de nihilismo elevado a dogma que se manifiesta a través de las “políticas de género”, entre otros ejemplos. Estos parámetros delimitan el espacio de lo aceptable, aún más, de la única política posible, pues cualquier alternativa –nos dicen– no puede ser sino estafa y demagogia, máscara que oculta las peores intenciones. Todo el que se salga de ese marco, por cualquiera de los cuatro lados –el político, el económico, el identitario o el social–, es sospechoso de pecado. E inevitablemente recibirá el calificativo de “populista” no como definición ideológica, sino como anatema moral. Aún peor: como diagnóstico de una enfermedad infecto-contagiosa.
En la cultura política de la segunda posguerra mundial, dominada por la retórica de la izquierda, era común descalificar al adversario con el anatema mayor de “fascista”, acusación incapacitante que de forma automática conducía al acusado al infierno de quien no tiene derecho a la vida pública. Así hoy, los líderes de opinión, generalmente herederos de los viejos mandarines progresistas y criados ideológicamente a sus pechos, sentencian al malo con el estigma “populista”. Estigma que, con frecuencia, se suma al de “fascista”, por supuesto.»

Sem comentários:

Enviar um comentário