Crónicas do Grande Despertar | Crónicas del Gran Despertar

27/06/2022

Capitalismo de emergência (1) | Capitalismo de emergencia (1)

 «“A aceleração do paradigma da emergência a partir de 2020 tem um propósito simples mas amplamente discutido: ocultar o colapso sócio-económico”, argumenta Fabio Vighi, professor da Universidade de Cardife, ao esboçar a sua tese sobre como se utilizam as diversas crises bio e geopolíticas para travar o colapso do sistema capitalista. […]

As “ameaças” que nos vendem não passam de uma “projecção ideológica do limite interno e da desintegração constante do modelo capitalista actual”. Num sentido sistémico, “a dependência da emergência mantém artificialmente vivo o corpo comatoso do capitalismo”. Por isso, as imagens do inimigo já não se constroem para justificar a expansão do império, mas “para encobrir a bancarrota de um economia mundial endividada”.

A globalização erodiu gradualmente as próprias condições de oportunidade do capital, afirma Vighi. Por fim, a única cura que se encontrou para esta tendência mórbida foi o “desencadeamento de emergências globais”, que se complementaria com “injecções cada vez maiores de medo, caos e propaganda”. […]

Agora, que parece ter começado uma nova e ainda mais amarga Guerra Fria, Vighi está muito consciente das causas e consequências do curso dos acontecimentos: “quanto mais se aproxima o colapso do sistema, mais crises externas são necessárias para distrair e manipular a população, enquanto se adia o colapso e se assentam as bases para uma renovação autoritária do sistema”.

A História demonstra que quando os impérios estão no limiar do colapso, solidificam-se em sistemas opressivos de gestão da crise.» (Markku Siira / Fabio Vighi)

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«“La aceleración del paradigma de la emergencia a partir de 2020 tiene un propósito simple pero ampliamente discutido: ocultar el colapso socioeconómico”, argumenta el profesor de la Universidad de Cardiff Fabio Vighi, esbozando su tesis sobre cómo se están utilizando diversas crisis bio y geopolíticas para frenar el colapso del sistema capitalista. […]

Las “amenazas” que nos venden no son más que una “proyección ideológica del límite interno y de la desintegración constante del modelo capitalista actual”. En un sentido sistémico, “la dependencia de emergencia mantiene artificialmente vivo el cuerpo comatoso del capitalismo”. Por lo tanto, las imágenes del enemigo ya no se construyen para justificar la expansión del imperio, sino “para encubrir la bancarrota de una economía mundial endeudada”.

La globalización ha erosionado gradualmente las propias condiciones de oportunidad del capital, sostiene Vighi. Al final, la única cura que se encontró para esta tendencia enfermiza fue el “desencadenamiento de emergencias globales”, que se complementaría con “inyecciones cada vez mayores de miedo, caos y propaganda”. […]

Ahora parece que ha comenzado una nueva y aún más amarga Guerra Fría. Vighi es muy consciente de las causas y consecuencias del curso de los acontecimientos: “cuanto más se acerca el colapso del sistema, más crisis externas se necesitan para distraer y manipular a la población, mientras se pospone el colapso y se sientan las bases para una renovación autoritaria del sistema”.

La historia demuestra que cuando los imperios están al borde del colapso, se solidifican en sistemas opresivos de gestión de crisis.» (Markku Siira / Fabio Vighi)

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